Mário Simões Cordeiro nasceu em Cacia em
19 de Fevereiro de 1947. Foi um excelente praticante da modalidade
de atletismo, tendo alcançado a internacionalização.
Entrou na Companhia Portuguesa de
Celulose em 1961, como paquete, conseguindo depois valorizar-se,
chegando a desenhador nas instalações da Fábrica de Embalagens de
Cartão.
Iniciou a actividade na modalidade e
atletismo em
1963 numa prova integrada nas festas de S. José Operário, que a
empresa (CPC) vinha realizando de alguns anos atrás (ficou apenas em
décimo lugar). Na mesma prova participou também um outro colega, o
Vítor Silva, este classificado na 2.ª posição, o que terá levado a
ser convidado para integrar a equipa do Clube Desportivo de
Estarreja, a despontar então na modalidade. Vítor Silva desafiou-o a
acompanhá-lo. E deste modo passou a representar aquele clube de 1964
a 1968, ano em que foi chamado para prestar o serviço militar, em
Lisboa.
No Estarreja, desde logo Mário Cordeiro
começou a dar nas vistas. Ainda júnior, com 18 anos, no campeonato
nacional deste escalão etário, foi 2.º na prova de 1.500 metros
obstáculos, e de seguida sagrar-se-ia campeão de 2.ªs categorias na
prova de 3.000 metros obstáculos.
Na sua estreia como sénior, foi campeão
regional de corta-mato, prova da Associação de Atletismo do Porto.
Iniciava aqui a sua posição de melhor atleta de meio-fundo do norte
do país.
Em 1968, no Grande Prémio de Estarreja,
prova que vinha contando com os melhores especialistas de Espanha,
atletas do Celta de Vigo, um deles ex-recordista mundial de 3.000
metros obstáculos, Manuel Alonso, bem secundado pelo seu colega
Ruben Sanmartim, dar-lhes-ia boa luta, classificando-se logo a
seguir a tão consagrados pedestrianistas.
Na capital, já a fazer a recruta
militar, Sporting e Benfica, sabedores desta façanha, começaram a
assediá-lo. Preferiu o Sporting, por ser o clube da sua simpatia.
Representou o Sporting nos anos de 1969 e
1970, onde atingiu a notoriedade na modalidade, chegando a
representar a selecção nacional.
Terminado o serviço militar, regressou
ao seu clube de origem, o C. D. de Estarreja.
Nos dois anos seguintes, continuou a
ser o melhor atleta de meio-fundo do norte do país, com particular
incidências nas provas com obstáculos, com resultados que o incluíam
nos três melhores do país. E foi assim que, em 1971, foi o único
atleta da então Associação de Desportos de Aveiro a participar nos
campeonatos nacionais, com resultados que levaram a que fosse
pré-seleccionado para o encontro Marrocos-Portugal desse ano.
No final da época de 1972, foi convidado
para treinador das equipas de atletismo do Sport Clube Beira-Mar,
não deixando de dar o seu contributo ainda como atleta.
Terminou a sua carreira como atleta no
Beira-Mar. Não deixaria contudo a modalidade, pois continuou como
técnico e como dirigente.
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