Esta sociedade preconizou
desde o início instalar na fábrica maquinismos modernos, que tivessem a
capacidade de produzir bastante para satisfazer as necessidades da
região, tais como a produção de farinha, massas e bolachas.
A fábrica de moagem ficou
localizada próxima da estação ferroviária dos Leões. Segundo fontes
consultadas, a estação dos Leões viria a ser construída posteriormente à
fábrica de moagem, facilitando assim o transporte das matérias-primas.
A partir da escritura, os
eborenses tomaram conhecimento de que o principal objectivo dos
promotores seria o exercício da indústria de moagem e a exploração de
todos os negócios que lhe fossem correlativos.
A gerência da Sociedade
ficaria a cargo de José Miguel d´Almeida e de António Joaquim Caeiro, os
quais teriam também o poder de adquirir ou comprar através do nome da
Sociedade, tal como o de dirigir as várias explorações e o de nomear ou
de demitir trabalhadores.
No entanto, caso a
Sociedade passasse por problemas difíceis de resolver, os gerentes
deviam ouvir os conselhos do sócio Manuel Dias Rodrigues Descalço, que
tinha o direito total de fiscalização quer da fábrica, quer dos negócios
sociais.
Criada por iniciativa de
grandes proprietários e lavradores da região de Évora, em Agosto de
1920, esta sociedade passou para as mãos dos industriais moageiros
Eugénio Alvarez e de Manuel Rivera Alvarez, elevando o capital social
para 800 contos.
O industrial Vítor Júlio
Caeiro e o comerciante Carlos Costa e Silva, que, entretanto, entraram
para a Sociedade, foram nomeados seus procuradores em Évora. Até à
década de 1950, esta fábrica sofreu várias alterações de capital social
e, nos anos 80, acabou por desaparecer.