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EM DEFESA DAS CULTURAS REGIONAIS,
DO REGIONALISMO E DA REGIONALIZAÇÃO;
HOJE E SEMPRE...

 

Luís Jordão

Ilustração de H. Mourato. Clicar para ampliar.

Subtil e paulatinamente, ano após ano, com especial incidência nos últimos tempos, a consciência de que aquela tão falada coisa do amor à terra em que nascemos, por isso mesmo, banalizou-se de tal maneira que passou a ser mais uma simples treta.

A incontrolável, dura e cilindradora globalização, que permite, ainda mais facilmente, a evolução corrosiva de todas estas acalhausadas / insensíveis / permissivas equipas de serventuários, especialmente treinados para o efeito, que nos vendem tudo o que as grandes centrais de manipulação de massas lhes encomendam, para satisfação do intangível mercado, estejamos nós onde estivermos, tornando-nos a todos e a cada um uma espécie de papagaios monocórdios e de plumagem de cor única.

Tenho dado comigo, que procuro estar atento e que me esforço desalmadamente por resistir a esta avalancha de perniciosas influencias, no Alentejo, no Minho, nas Beiras, etc., a ouvir as mesmas conversas com os mesmos argumentos no mesmo tom e com os mesmos contraditórios, chegando à conclusão de que o êxito desta gentalha é de tal ordem que já nem necessitam de grandes esforços ou ensaios.

Já, quase, não existem diferenças na maneira de ser nem na postura nem no sotaque das gentes, de região para região, nesta nossa sempre tão multifacetada nesga de terra.

Mesmo que utopicamente, ainda penso que aos agentes culturais de cada uma das regiões, a todos eles sem excepção, se impõe um trabalho enorme, urgente, organizado e cuidadoso na defesa da cultura da sua zona territorial e, por concomitância, do seu país, ao qual não devemos consentir que se esquivem.

Sem paneleirices nem esquecendo os desabafos/conversas anteriores, aqui fica mais um lembrete/desafio...

Ah!... já agora, eu, pela parte que me toca, que nunca fui pássaro de gaiola ou de poleiro nem colorido peixe de aquário, com as minhas fracas forças e possibilidades, continuarei a defender as culturas regionais, o regionalismo e a regionalização, tal como sempre fiz.

De repente lembrei-me, e por isso, em jeito de nota de rodapé, aqui fica a pergunta: O que terá acontecido ao fórum de debate chamado de Conselho Nacional das Casas Regionais, em Lisboa?...

 

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