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Perdido
o meu olhar no horizonte imenso,
Nas vagas alterosas de espuma coroadas,
Quero ver além das águas revoltadas,
Mas só encontra o nevoeiro denso.
Além,
mais além, quisera ver,
Quisera ir mais além... mas não consigo:
Tenho o cérebro cansado, entorpecido,
Meu corpo quer tombar, quer já morrer.
Ó
vida cruel de desenganos!
Agora, que já vejo o fim chegar
E meu sonho morrer no esquecimento,
Inutilmente
quero atrás voltar
Para viver, outra vez, aqueles anos
Que, louco, perdi em divertimento.
Sem data |