Do dever ser
ao querer ser
Fica o espaço do
desejo de alguém inacabado
por mérito
ou demérito.
Mas em balanço
de sonho
pensamento palpitante
joga gigante jogo
na vida que se lhe prende.
Uma. Outra.
No fundo a mesma.
Ser em ausência
sucessiva ou intercalada
de ardência
morosa, mordente, dormente
o caos complexo
em plaino prolongado.
Suavizado algures,
talvez alguma vez
definitiva figura formada.
Porque conexa.
Quando emersa.
Porque idêntica.
Quando aceite e assumida.
Aí será o fim.
Possível princípio.
Agora permanece só
passado apoquentado
em luta identificadora
dum presente cristalino.