Henrique J. C. de Oliveira, Por terras de Arouca. Quatro antigas oficinas oleícolas, In: Separata da revista "Estudos Aveirenses", n.º 2, ISCIA, Aveiro, 1994.

 

<<<

Figura 20: Esquema representando o sistema de funcionamento do moinho do lagar de Anterronde, no concelho de Arouca. Legenda: 1-roda d'água;  2-copos;  3-linha d'eixo;   4-rodas dentadas;  5-moinho;  6-mós;   7-conduta.

 

O sistema de accionamento está esquematizado na figura 20. À semelhança do que poderemos encontrar em grande número de azenhas movidas a água, é constituído por uma enorme roda de madeira, a chamada roda d'água, que acciona todo o sistema. No entanto, apresenta a particularidade de ficar dentro do próprio lagar, ao contrário do que é habitual. O fluxo da água, que chega ao lagar por meio de uma conduta, é controlado do interior por meio de uma alavanca. A água, caindo nos copos da «roda d'água», faz accionar esta, sendo o movimento desmultiplicado por um sistema de rodas dentadas e transmitido ao moinho por meio de «uma linha d'eixo. Engata naquela [roda] e vem aquele veio p'ra cima e faz andar isto», ou seja, faz accionar as galgas.


Página anterior    Página inicial    Página seguinte