5 - O LAGAR DE
ANTERRONDE
Figura
18: Chegada da azeitona ao lagar de Anterronde, no concelho de
Arouca.
Em
toda a nossa digressão por terras de Arouca, foi o lagar de
Anterronde, na freguesia de Santa Eulália, o único que tivemos a
oportunidade e o privilégio de ver trabalhar, acompanhando todas as
operações de fabrico de azeite, desde a chegada da azeitona até à
sua saída, já transformada no tão apreciado óleo de Minerva. Visitámos
este lagar em plena época de laboração, a 12 de Janeiro de 1970,
onde nos deslocámos expressamente, antes de seguirmos para terras do
interior transmontano.
Situado
no lugar de Anterronde, freguesia de Santa Eulália, no concelho de
Arouca, pertence este engenho à viúva
de Albano Alves, encontrando-se,
segundo informações colhidas, cancelado desde 1973. Era um
lagar bastante mais moderno que os anteriormente analisados. Embora em
muitos aspectos já tecnologicamente ultrapassado, possuía um moinho
de tracção hidráulica e uma prensa de parafuso, que analisaremos à
medida que formos acompanhando o fabrico do azeite. Teremos, para tal,
de recuar no tempo até à altura em que ainda funcionava, para
podermos reviver toda a sua antiga actividade, bem assim a entrevista
que então tivemos com os senhores José Teixeira e Augusto Teixeira,
dois irmãos que eram, respectivamente, o mestre do lagar e o
encarregado. O primeiro, trabalhava no enseiramento; o segundo, nas
restantes actividades, tendo por ajudantes mais dois rapazes, os
chamados moços do lagar ou ajudantes. Recuemos, pois, no tempo e
vejamos como tudo ali se processava.