João Raposo
(4.º ano)
REALIZOU-SE
no passado domingo dia 13 de Março a excursão do 3.º ciclo, na qual
tomaram parte os Ex.mos Senhores Dr. Alberto Resende Pires e Dr.
Manuel Alberto Amaral e cerca de 50 alunos do 3.º e do 4.º anos.
A partida foi retardada em cerca de meia hora, em virtude do atraso
da camioneta que transportava para Aveiro os colegas de Ílhavo.
Por volta das sete horas e meia iniciou-se a primeira parte da
viagem, com destino a Coimbra, onde se fez uma paragem. A sua
curta duração apenas permitiu que se comprassem alguns postais e
que se tomassem algumas bebidas.
Recomeçada a viagem, dirigimo-nos
– já com sol brilhante – a
Tomar, onde chegámos por volta das onze e meia. O nevoeiro que
envolvia a estrada até Coimbra desaparecera completamente. Fizemos
uma visita ao Convento de Cristo, onde um guia nos mostrou a igreja
dos Templários, construção cujo centro é ocupado por um altar de
forma octogonal. À volta desse altar dispunham-se todos os que
assistiam aos ofícios divinos. Passamos depois ao Claustro de D.
Afonso III e vimos a Janela da Sala do Capítulo. Subimos ao Terraço da Cerca e a visita terminou no Claustro do Cemitério.
Em seguida, no jardim em frente ao Convento, teve lugar o
almoço, que decorreu em ambiente de franca amizade e alegria.
Desceu-se depois à cidade, onde tivemos cerca de meia hora para
passear. Junto de Tomar tivemos oportunidade de ver uma capela e um
padrão comemorativos da junção das tropas de D. João I às de D. Nuno
Álvares Pereira, em vésperas da Batalha de Aljubarrota. Perto
existe uma fonte de chafurdo (fonte de S. Lourenço).
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A paragem seguinte foi em Fátima. Nos escassos minutos de que
dispusemos, tivemos oportunidade de visitar o santuário e a capela
das aparições, situadas na Cova da iria.
A viagem foi novamente interrompida na Batalha, para a visita ao
Mosteiro.
O guia mostrou-nos a capela do Fundador, na qual se encontram os
túmulos de D. João I e de sua esposa, de D. João II, de seu filho
D. Afonso, de D. Afonso V e de sua mulher D. Isabel e dos filhos do
fundador do Mosteiro: D. Pedro, D. Henrique, D. João e D. Fernando.
Na capela dos Mártires observámos o túmulo de mosaico de D. Lojo
Dias de Sousa e, na parede oposta, os vestígios que os franceses
deixaram, quando queimaram as alfaias da capela para lhes tirarem o
ouro, depois de terem mutilado e violado o túmulo a que acima me
referi.
Entrando na Sala do Capítulo, pudemos apreciar a magnífica abóbada
cuja construção se deve ao arquitecto Afonso Domingues e o túmulo
do Soldado Desconhecido da 1.ª grande guerra mundial.
Antes de passarmos às Capelas imperfeitas, visitámos o refeitório,
actualmente transformado em museu, onde pudemos comprar recordações
da visita. O acesso às capelas a que acima me referi é feito através
de um portal de magnífica ornamentação.
Fomos depois visitar a capela de S. Jorge, a pouca distância da
Batalha, erguida no terreno onde se dispunha a ala do nosso
exército, que D. João I comandava.
Daí seguimos para Leiria, onde visitámos o castelo. Descemos
à cidade onde tivemos uns escassos momentos para passear.
A paragem seguinte fez-se
na Figueira da Foz. Era já noite. A
temperatura estava amena e fazia-se sentir uma brisa agradável.
Dispusemos de meia hora para passear.
A última etapa da viagem (Figueira da Foz–Aveiro) decorreu
normalmente. À semelhança das anteriores, gritou-se, cantou-se,
houve risos, fizeram-se brincadeiras, reinou a boa disposição.
A chegada a Aveiro fez-se por volta das dez horas.
O passeio foi do agrado geral e o único inconveniente que teve
foi o pouco tempo de que dispusemos, o que impossibilitou a visita
ao Mosteiro de Alcobaça e o regresso pela serra da Boa Viagem, que
oferecia, sem dúvida, um espectáculo de grandiosa beleza, atendendo
à luminosidade esplendorosa do dia. |