QUANDO na manhã da dia 2
de Maio partimos para Lisboa sentíamo-nos já satisfeitos com a
oportunidade que se nas oferecia de actuar na capital.
Sabíamos já que a equipe seleccionada, a melhor, iria
a Madrid, mas a nosso pensamento era Lisboa e só Lisboa.
A viagem, naquela manhã chuvosa, decorreu normalmente. A chegada a
Lisboa, à hora prevista, pelas 6 horas da tarde, não nos deu ocasião de passear pela cidade.
O regulamento era rígido
e as instalações no motel de Oeiras, o
forte de Catalazete, com o ping-pong, bilhar e mesmo uma praia
privativa, ocupavam as horas livres e não nos deixavam prevaricar.
No dia seguinte visitámos Sintra e alguns de nós, que já a conheciam,
encontraram novos encantos naquele paraíso que era outrora o local
de férias escolhido pelos nossos reis.
Mais uma noite chegou, uma noite repousante como a anterior. Chegou
finalmente o dia da nossa exibição.
Depois de um leve treino na Tapada da Ajuda, foi-nos
oferecido um
almoço pela M. P.. Mais outro passeio nos foi proporcionado, este à
Praia Grande. Nem tudo estava a nosso favor: o frio e o vento impossibilitaram-nos de tomar um banho naquela belíssima
piscina e, lentamente, tomámos o caminho de regresso.
À noite, na Tapada da Ajuda, teve lugar a nossa actuação. Eram
oito
liceus de várias cidades do país e algumas escolas técnicas. Depois
da actuação das primeiras equipes verificámos que estaríamos entre
as melhores. A nossa actuação, a penúltima, saiu perfeita e
agradou plenamente. Apesar disso, longe estaríamos da vitória e,
quando, já hora avançada, foi feita a classificação, o júri, por unanimidade concedeu
o primeiro lugar ao Liceu Nacional de
Aveiro.
Era a vitória!
Vencemos!
Carlos Manuel Santos
Borges
Henrique Manuel Vaz Duarte |