José Paulo Vieira da
Silva
(2.º ano)
Certo dia, andando os
valentes pescadores na sua faina do mar, levantou-se uma forte
ventania e o mar começou a rugir como leões esfomeados. Faziam
todos os possíveis para voltar para terra. Em terra, muitas
pessoas, a maior parte da família, gritavam de desespero sem nada
poderem fazer, e começaram então a rezar, pedindo a Deus que
salvasse os pescadores. O mar levava tudo: embarcações, barracas,
e outras coisas.
O povo fazia o que podia por
salvar aquilo que era seu ganha pão. Aquela barca conseguiu chegar a terra, mas havia outra, mais pequena, que corria muito perigo.
Toda a aldeia estava na
praia.
Então aconteceu uma
coisa horrorosa: virou-se a outra barca que levava dois homens não muito
novos e uma mulher. Os dois salvaram-se, com a ajuda de alguns valentes que estavam em terra, mas
a mulher morreu.
Ao outro dia, passados quilómetros do sítio do desastre,
apareceu
arrolado o corpo daquela mulher que morrera afogada.
Assim é a vida do mar. Assim é a vida dos pescadores.
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Mariano Pires
(2.º ano)
De manhã cedo do
dia 5 de Abril lá partimos nós, os alunos do 1.º ciclo, alegres e
bem dispostos, a afinar as goelas, pois sabíamos que iríamos gritar
até
enrouquecer, para a Vila da Feira. Era dia grande, dia de excursão.
Durante todo o caminho,
uma orquestra improvisada molestava
os ouvidos com os seus agudos
sons, mesmo dos que fossem surdos como pedras.
Chegámos à fábrica de vidros
de Oliveira de Azeméis, fábrica
de esta de grande prestígio, não
só no nosso País mas também no
estrangeiro. Corremo-la de ponta a ponta, e saímos maravilhados, mas
não sem primeiro levar algumas lembranças de tão magnífica fábrica.
Mas era tempo de retomar
a marcha e lá fomos, com a barriga a dar horas, embora fosse ainda bastante cedo.
Andámos e gritámos e, por fim
avistámos o lugar marcado para
o almoço. Apre, parecia que não chegava mais.
Descemos da camioneta e
apreciámos a beleza do parque de
«La Sallete», tirando fotografias,
ora aqui, ora acolá.
Enfim, foi dada a ordem para comer. Então, parecia
uma alcateia de
lobos esfomeados a correr para as cestas.
Comemos, mas, confesso, mais dos outros
do que da nossa!
Em dez minutos estava, como se costuma dizer, o prato limpo. Houve
mesmo quem comesse com fome de uma semana...
Embarcámos novamente, desta vez para
o castelo da linda Vila da
Feira. Em cima de uma colina apareceu majestoso e imponente o
castelo, lembrando os combates que ali se deram, tempos atrás.
Ameias, galerias, torres, etc.,
foram percorridas por nós como se conhecêssemos o castelo perfeitamente, e
até pensámos ter descoberto numa fenda da rocha um tesouro escondido, dos tempos passados!...
Visto o castelo, partimos para o Furadouro onde realizámos um
excelente desafio de futebol, que "terminou com a vitória da
equipa do segundo ano, (a culpa foi do árbitro, disseram os do 1.º ano!). E lá fomos outra vez, mas,
agora, em direcção ao ponto de partida: Aveiro! |