Manuel M. de Pina
(7.º ano)
... Estendi a mão, suja, a quem passava,
roguei, chorei,
chorei, roguei
e a mão voltou tão negra quanto estava,
mais suja ainda, mesmo, do que a dei...
... sonhava,
pensava,
acordei...
...soberba, a Sorte
nem me olhou e a vida, tão diligente
ia, que me esqueceu de todo – e em frente,
em minha frente, a Grande
Dona apenas,
a Morte,
princesa augusta, jovem sempre, nova
e grande, parou.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
linda, linda, linda
e o olhar d'Ela é um sorriso, casto – trova
serena a um reino inteiro de alegrias...
Espero... e, ao longe, escuto, já, as enxada das frias
de alguém que, à pressa, ande abrindo humilde cova...
Espero, espero. |