Maria Deolinda Martins de Carvalho
(5.º Ano)
NÃO deixes padecer
meu coração
Na hora amarga da despedida;
Não maltrates, amor, esta paixão
Que para mim tem o valor da vida.
Não partas... oh, não partas já,
Deixa-me olhar bem os olhos teus
Deixa o castanho do teu belo olhar
Fundir-se com o azul dos olhos meus.
Depois... adeus. Podes partir
Porque a tristeza que há-de vir
Será sofrida com maior saudade,
Ao recordar o tempo tão risonho.
Que a triste realidade forme sonho
E que sonho será, na Eternidade. |