Emília Gomes de Carvalho
EM vão tento fugir ao
teu poder,
Em vão tento afastar-me da magia
Que envolve o teu olhar de nostalgia,
Ligando-o eternamente ao meu viver.
És a existência viva do meu ser
Que acompanha a minh'alma e a vigia,
Na tristeza ou em lances de alegria,
De manhã ou no escuro entardecer...
A ti sempre buscou meu coração,
Sem mesmo conhecer a tua imagem,
Apenas por sentir que tu o amas!
E, às vezes, quando sinto a doce aragem,
Se tento perguntar como te chamas,
Os ecos me respondem: – «Solidão»!
LANA |