Pela positiva. Não
queremos vir a ser conhecidos, no futuro, como a Geração Destrutiva, mas
sim como a Geração Regeneradora.
De facto separar o lixo não é assim tão difícil.
Existem apenas três contentores diferentes, com cores bastante
distintas.
O contentor amarelo é para as embalagens (vulgares
plásticos), a esferovite limpa, entre outros. O azul é o local ideal
para pôr o papel e o cartão do género jornais, revistas e todo o tipo de
publicidade que recebemos no correio, principalmente nesta altura do
ano. O verde é para material de vidro do tipo garrafas de cerveja,
vinho, refrigerantes, água, etc. mas sem as respectivas tampas. Chegámos
ao ponto, em que existem baldes para o lixo caseiros com os respectivos
separadores.
O argumento que muita gente usa: "Não existe nenhum
ecoponto perto de minha casa" não é plausível. Será que custa assim
tanto empilhar os jornais, revistas e cartas antigas e levá-las
semanalmente, ou até mesmo de quinze em quinze dias, ao ecoponto mais
próximo? O problema aqui não é a falta de ecopontos, é a preguiça. Mas,
reparem no seguinte. Para além de estarem a contribuir para um ambiente
melhor, também estão a contribuir para o vosso estado físico, porque
andar exercita o corpo, faz-nos bem! E se nos lembrarmos que muitos de
nós passam horas e horas sentados, sem fazer nada, à frente de uma
televisão ou de um computador, levar o lixo ao ecoponto será até uma
dupla vantagem..
Existem inúmeras campanhas de sensibilização para
este tema. Falemos da mais recente. O espaço publicitário mostra-nos
várias crianças, que dizem como separar o lixo, que tipo de materiais se
devem colocar em cada ecoponto e que falam, inclusive, do ecoponto
doméstico, ou seja, dos tais baldes de lixo que tornam tão cómodo
reciclar e ajudar o ambiente. Recuando um pouco mais no tempo, quem não
se lembra do Gervásio, o macaco que conseguia separar o lixo em cerca de
duas horas? Decerto que aqui ninguém é mais ignorante que um macaco ou
uma simples criança de 5, 6 anos, que não consiga perceber que é
necessário separar o lixo e que, mais do que isso, é o nosso dever.
Organizações mundiais, tais como a Greenpeace, lutam
diariamente para que os meros mortais se preocupem com o futuro do
planeta. Não são as nossas vidas que estão em risco. São as dos nossos
descendentes. Cremos que ninguém gostaria que, num futuro talvez não tão
remoto, os seus filhos, netos e familiares não tivessem um local onde
viver.
São estas pequenas ideias que fazem a diferença. Tal
como dizia o grande cientista: «Duas coisas são infinitas: o universo e
a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri
a certeza absoluta.»
Não nos deixemos cair na ignorância. Aprendamos todos
a reciclar e a reutilizar. E, nessa altura, o mundo terá uma nova
oportunidade para sorrir.
Afonso Graça, 11º C – 24/11/2005