ADÁGIO – provérbio, ditado, sentença moral.
ADUBAR – lançar à terra adubo ou
fertilizante.
ALFAIA – pode ser uma pá ou enxada que serve
para cavar a terra, o sal e outros materiais.
ALGIBÉ – nome que os marnotos também chamam
aos rectângulos onde se faz o sal.
AMURA – corda que prende a vela a uma
argola.
ARIEIRINHO – localidade junto à laguna
(ria).
ARRAIAL – festa popular.
ASTROLÁBIO – aparelho redondo em metal que
serve para os marinheiros saberem onde estão.
AVENCA – planta utilizada, entre outras
coisas, para fazer chá.
BAJUNÇA – planta que nasce nos muros das
marinhas.
BARLAVENTO – borda do barco que fica do lado
do vento.
BARROCAS – terra com árvores que pertence a
Seixo, Mira.
BENTO – santo, benzido, frade.
BIARRITZ – praia entre a Barra e a Costa
Nova.
BICA – peça recurvada na frente do barco
moliceiro.
BICO DA MURTOSA – terra mais a Sul do
concelho da Murtosa e que é banhada pela Ria.
BOCA – largura dos barcos.
BÔCO – rio que passa pela vila de Vagos.
BOLINA – corda que dá inclinação à vela para
aproveitar o vento.
BOLINÃO – corda que liga a parte superior da
vela à bica (caracol).
BOMBA – porta que sobe e desce para a água
da ria entrar nas marinhas de sal ou nos viveiros de peixe.
BORBURINHO – reboliço, pancadaria.
BUJIGANGA – coisa ou brinquedo sem valor.
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BULHAS – terra à beira da laguna (ria) que
pertence à vila da Murtosa.
CABEDELOS – pequeno monte de areia no meio
da água.
CAÇADEIRA – bateira para pesca e para caça
com 7,30 m de comprimento por 1,15 m de largura.
CAIS – trapiche, local onde encostam os
barcos para carregar ou descarregar.
CAMARADA – companheiro que anda no mesmo
barco.
CANAIS – regos de água com menos de 2,5 m de
fundo.
CANOA – pequeno barco.
CARBONETO – marinha onde se faz o sal.
CARRASCÃO – vinho de fraca qualidade.
CATRE – cama pobre em madeira.
CEPA – tronco de videira que dá cachos.
CHANÇA – recorte decorativo do leme na
aresta exterior (pode ser para ajudar a subir o leme com uma corda;
também há um rio com o mesmo nome, mas como o Moliceirinho era muito
convencido, que é o mesmo que vaidoso, assenta-lhe como uma luva).
CHINCHA – bateira para muitas artes de
pescar, variando entre 8 m e 9 m de comprimento.
CÍRCIO – cilindro de madeira com que se toma
rijo e liso o chão onde se faz o sal.
CONE – é o feitio dos montes de sal, que são
redondos no chão e terminam em bico.
DESCOBRIMENTOS – encontrar ou achar novas
terras onde nunca se tinha ido antes.
DESFRALDAR – soltar a vela do barco ao
vento.
DEVOÇÃO – adorar Deus ou um santo.
DEVOTO – pessoa muito admiradora de um
santo.
DRAKKAR – barco antigo que existia na
Suécia, Noruega e Dinamarca; igual ao do Asterix.
ERVEIRA – bateira, barco para transporte de
erva, mato, etc. com 5 m de comprimento e 0,80 m de largura.
ESCOTA – corda ligada à parte de baixo da
vela e que dá mais ou menos pano para o barco navegar.
ESPINHEIRO – canal da laguna (ria) que vai
da cidade da Gafanha para Norte.
ESTALEIRO – local da construção dos barcos.
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ESTEIRO – canal estreito da ria que entra
pela terra dentro.
ESTIBORDO – lado direito de um barco para
quem olha da parte de trás para a frente do mesmo.
ESTRUMAR – adubar as terras para semear e
depois colher, por exemplo, batatas.
EX-LIBRIS – livro (imagem ou objecto típico)
pertencente a um lugar ou a alguém (como é o caso do moliceiro para
Aveiro).
FENÍCIOS – antigo povo comerciante e
marinheiro, do mar Mediterrâneo.
FERTILIZANTE – adubo para aumentar a
produção, por exemplo, do milho.
FESTIVALEIROS – pessoas que gostam muito de
ir à festa.
FOLGUEDO – brincadeira.
FOLSA – talvez derive de fóssula que é uma
fossa ou cova pequena.
FOLSAS NOVAS – cais próximo da vila de Vagos
onde atracam os barcos.
GALIZA – província de Espanha.
GAMELA – vasilha onde se dá de comer aos
animais, tronco de árvore escavada.
GRADE – ripas para segurar as cepas.
GRAMATO – erva que dá o nome a uma ilha que
fica no meio da laguna (ria).
GRAU – no caso do sal, é para saber se a
água tem mais ou menos grau.
GRINALDA – coroa de flores.
HECTARE – é como um campo com 10.000 m2, ou
seja, um pouco maior do que um campo de futebol.
HORIZONTE – quando se olha da praia para
onde o mar acaba, olha-se para o horizonte.
HORTELÃ – planta aromática, utilizada
normalmente para fazer chá.
ÍLHAVA – barco de Ílhavo parecido com o
moliceiro mas com mais pontal.
LABREGA – bateira, barco para vários tipos
de pesca com 9,10 m de comprimento por 1,35 m de largura.
LAGUNA – extensão de água salobra ou salgada
separada do mar por um cordão de areia, a Ria de Aveiro recebe água do
Rio Vouga e do Oceano Atlântico.
LAMEIRO – terreno de lama onde cresce erva.
LAVRAR – abrir sulcos ou rêgos na terra, mas
no caso do poema, o lavrar significa que há muitas coisas que
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temos de conseguir.
LAZER – descanso.
LODO – lama fecunda, boa terra da ria
fertilizante.
LOTA – local onde se vende peixe.
LORPA – totó, apalermado.
LUFADA – um sopro de vento.
MAGOTE – muita gente.
MAQUETTE ou MINIATURA – pequeno barco igual
aos grandes.
MARINHA – local onde se faz sal.
MARINHOA – bateira, barco para pesca com
8,50 m de comprimento e 1,75 m de largura.
MARNOTO ou MARNOTEIRO – o homem que trabalha
nas marinhas de sal.
MAROLA – onda pequena.
MATOLA – barco moliceiro todo pintado de
negro e que é construído na região de Vagos.
MATRÍCULA – número e letras Pintados à proa
para saberem quem somos.
MEDITERRÂNEO – mar entre a Europa e a
África.
MEIA-LUA – barco a remos da pesca da
sardinha, carapau, etc., com o método do cerco (há quem lhe chame Arte Xávega).
MERCADO ANTIGO – local onde se vendem
objectos iguais aos de antigamente.
MERCANTEL – barco para transporte de
diversos materiais com 20 m de comprimento e 3 m de largura.
MOIRÃO – vara com 6 m que se espeta no fundo
da laguna para amarrar o barco.
MOLDE – cércia, curva de madeira para ajudar
a fazer o desenho dos barcos.
MOLÉSTIA – doença.
MOLICEIRA ou BATEIRA DE CANELAS – barco que
transporta mercadorias e moliço com 9,30 m de comprimento e 1,15 m de
largura.
MOLIÇO – ervas que crescem no fundo da
laguna (ria) e que servem para estrumar.
MONTE FARINHA – ilha no meio da laguna
(ria).
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MOTA – muro em terra à volta das marinhas.
MUGIGANGA – arte de pescar com uma rede com
35 m de comprimento.
NÁUTICO – marinheiro que sabe andar de barco
no mar.
NÓNIO – instrumento de medida.
OCASO – pôr-do-sol.
OSTAGA – corda que serve para levantar a
vela do barco.
PÁ DE AMANHAR – utensílio (objecto que serve
para alguma coisa) com rebordos laterais para trabalhar nas marinhas.
PAGANISMO – pagão, termo que se refere a
várias religiões não Judaico-cristãs.
PAJÃO – pá para alisar os montes de sal.
PAPALVO – pessoa que facilmente é enganada.
PARDILHÓ – terra próxima da laguna (ria) que
pertence à vila da Murtosa.
PARREIRA – cepa de cachos cujos ramos se
estendem em latada.
PATACHA – bateira, barco parecido com a
caçadeira, tem 4,40 m comprimento e 1,25 m largura.
PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE – desde 1972, a
UNESCO começou a escolher as coisas mais importantes da terra e o
moliceiro devia ser escolhido.
PATRONO – padroeiro, afago, santo, que se
escolheu para pedir pelos humanos junto de Deus.
PAU DE PONTOS – bitola, pau com marcações
que serve para dar o feitio ao barco.
PAU PARA TODO O SERVIÇO ou PAU PARA TODA A
OBRA – pessoa para todo o trabalho.
PAINEL – pinturas dos dois lados da proa e
da ré.
PETROMAX – candeeiro utilizado antigamente.
POEMA – escrita que merece ser cantada.
PONTAL – altura mais baixa dos barcos.
PREGAÇÃO – falar às pessoas acerca dos
feitos de Deus e dos santos.
PRÉ-HISTÓRICOS – homens e mulheres que
viveram há mais de 5.000 anos.
PROA – bica, parte da frente dos barcos.
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PRESERVAR – defender.
QUE TEÇO – que faço.
QUILHA – é um barrote em madeira (ou ferro)
que corre todo o fundo exterior dos barcos.
RAPÃO – pá para rapar e apanhar o sal das
marinhas.
RASTRO ou RASTO – foco de luz que o pôr do
sol projectou no chão.
RAZOILA – ancinho para varrer o sal.
RÉ – popa, parte de trás dos barcos.
RECURVA – no moliceiro, na parte da frente
é para cima e para trás.
REMANSOSA – mansa, vagarosa.
RETESOU – esticou a corda.
RIZES – ilhós abertos na costura da vela,
por onde passam cordéis para reduzir a superfície da mesma vela.
ROLETA – jogo de sorte.
ROMEIRO – pessoa que vai a festas ou lugar
de devoção a um santo.
SALINA – local que há na Ria onde se faz o
sal.
SUMÉRIA – antiga civilização que surgiu no
Norte da Mesopotâmia, hoje o lraque.
SUOR – é o líquido que escorre da testa e
outras partes do corpo, quando corremos ou brincamos muito.
TEÇO – tecer, fazer.
TIO – forma carinhosa de tratar pessoas mais
velhas.
TORREIRA – localidade com praia junto à
laguna (ria).
TRAZEIRO – popa, ré, parte de trás dos
barcos.
UGALHO – apagar com o ugalho as pegadas nas
salinas com o chão ainda mole e limpeza das lamas.
VELA – pano grosso que agarrado ao mastro
faz com que o vento faça andar o barco.
VIRINHA / CRUZADO – dança.
VIKING – povo antigo dos seguintes países:
Suécia, Noruega e Dinamarca.
VIVEIRO – é onde crescem os peixes.
XÁVEGA – arte de pesca por cerco com um
barco chamado "calão".
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