As
origens da pintura medieval portuguesa são ainda hoje desconhecidas por
falta de documentos iconográficos que deixem ao menos entrever as fontes
de inspiração e influência. À parte raras tábuas da primeira metade do
séc. XV, a evolução da pintura nacional só pode começar a historiar-se a
partir de Nuno Gonçalves, isto é, de meados do séc. XV.
É certo
que algumas igrejas românicas do Norte têm restos de frescos, a
seu tempo estudados pelo Prof. Vergílio Correia. Mas a maior parte são
manuelinos e é menos por eles que pela pintura em tábua que a arte
nacional se prestigiou.
A recente
«Exposição dos Primitivos Portugueses» permitiu, pela primeira vez,
abraçar em conjunto a evolução da pintura dos meados do séc. XV aos do
séc. XVI, isto é, no período áureo da sua evolução. Foi ela que deixou
decisivamente marcada a importância e originalidade da chamada Escola
de Viseu, que de facto domina, não só a arte da Beira Alta, mas
irradia e se estende às margens do Mondego (Coimbra) e do Douro (Freixo
de Espada-à-Cinta).
(Continua pág. 49 após anexo com 3
imagens.
– ►►►)
________________________________________
(1)
– Por REINALDO DOS SANTOS.
|