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Galopa guerreiro monge
Sobre a fogosa montada, e
Deixa que o teu alvo manto
Manchado de vermelho, pela cruz,
Se enfune nessa corrida
Como vela panda
A impulsionar o teu espírito
De espada desembainhada,
Cavaleiro monge,
Vais ferindo de morte
Os feros demónios de hoje
Acoitados no charme, na sedução,
Entre a aleivosia e o desdém
Abrigando na insaciável pança,
Todos os males do mundo
Ditando proféticas sentenças,
Fidedignas, claras, convincentes,
Para ludibrio dos incautos.
Corre guerreiro monge
Iluminado pela luz do teu segredo,
Porque hoje, o Moiro é outro
Está aqui ao teu lado,
E tu tens que combatê-lo.
Quem é?
– " Quem vende falsas verdades, sorrindo, e
O que ainda é mais grave, matando,
Escravizando, destruindo".
Vai, vai cavaleiro monge, e
Que a força do teu braço
Nunca deixe de ser a força
Da Razão, do Amor e da Justiça. |