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Fumando "Paris", presumo,
Carrancudo, angustiado,
Sem saber nome d'aluno,
Às notas muito agarrado,
Apontadas, sem critério,
Parecia dormir na forma,
O sereno Doutor Rogério,
Ou, simplesmente, o Sorna.
Saul Pires Machado,
Doutor Saul, nome formal,
Mas p'ra nós, o que contava,
Era somente o Banana.
Com ele, tudo tremia
Quando gozando, soltava
A chocha piada, cínica,
Repetida e desumana;
Era o dono da "clínica"!!!
E a Malta, a medo, sorria
Fingindo lisura,
E a Malta, alegre, sorria
Deglutindo tristura.
Entrados em certo ano,
Pouco ou nada angelical
Chegou o Padre Caetano
De forma pouco formal,
Cacetada e riso ufano.
Mas qu'ameaça real
Ao fazer da cana o ceptro
Do seu poder temporal;
– "Lá vai Português a metro",
E as Doutoras, coitadas,
As de letras, já se vê,
Vozinhas doces, falsete,
Sonsinhas, angustiadas,
Tudo fazendo à mercê
Do dislate ou do ralhete,
Caprichosas, entaladas
Entre a farsa e a risota,
Tristonhas, amedrontadas
p'la Malta mais espigadota.
E os restantes Doutores?
Gente bisonha e feliz,
Pacatos, mas ditadores,
Entre a honra e a glória,
Mas deles, pouco se diz...
Desses, não reza esta estória. |