Como desterro que se deseja,
Assim era o arrebatado impulso
Que este canto produzia
Em cada intervalo de aula,
Catalizador de arcanos e intrigas,
D'ingénuas e temporãs emoções,
Paixonetas fortes, mas fugazes,
Marcadas por auréolas de ansiedade.

Era a forma para exorcizar
A lei, a ordem, o método
E o real e impressivo discurso
Dos torcionários da liberdade
Sempre correntada e sufocada
Por mentes doentias e perversas,
A transbordarem iniquidades

Neste canto norte, acoitados,
Ia lavrando, surda-muda,
A subliminar revolta
Dos que tudo queriam
Sem nada pedir,
Dos que tudo deviam
Sem contracção de dívidas,
Aos que escondiam o que tinham;

O refúgio na resignação, e
O reverencia! temor
Alimentavam a esperança.