JORNAL N.º 2

JUNHO 1989
25 ALUNOS


ESCOLA SECUNDÁRIA HOMEM CRISTO - AVEIRO
COLABORA NO ENRIQUECIMENTO DO TEU JORNAL

SUMÁRIO

 

Editorial

 

Nota de Abertura

 

Um conto de
Eça de
Queirós

 

Parábola
Reflexão
Hora de crime

 

Momento de
Poesia

 

Desporto
Baile de
finalistas

 

Passatempos

 

Fac-símile
da 1ª página

 
 
 











MOMENTO DE POESIA

            A RIA

A ria, uma aguarela
Com lindas margens de montes brancos
Por mãos de artista já foi posta em tela.

Sobre as águas tranquilas
Desliza o moliceiro
Que traz pintados a peixeira, a moça e o barqueiro.

Quem das origens traz
O lindo reflexo azul
Faz a festa a S. Brás
Para que a morte da Ria
Seja coisa inventada e mal contada.

ANA TERESA, N.º 5, 8-H

UM MOLICEIRO NA RIA

Para quem tem saudades dos moliceiros da ria,
Da sua beleza e tradição,
Para quem tem medo da agonia,
Da morte do coração,
Para quem quer ser forte
E em terras longínquas disso se quer esquecer,
Não, não pode, eu digo,
Tem que voltar às origens,
Tem que voltar a ver,
Um dia reflectida a imagem, que maravilha,
Um Moliceiro na Ria!...

(Palavras dedicadas a minha irmã)
Maria da Conceição Cristo Santos Lopes, 8º H, N.º 16


SONHO PURO

Tricanas da Beira-mar,
Tricanas de cá de Aveiro,
Vinde ver aqui na Ria, 
O reflexo do Moliceiro.

Toda suja está a água,
E nem todos temos culpa!
Digo-vos com muita mágoa,
Que devemos entrar na luta.

Uma luta ecológica
P’ra acabar com o mau cheiro,
E tudo isto tem lógica
Pois é para o bem de Aveiro.

Tudo isto é muito feio,
Mas nem sempre foi assim.
E se assim continuar,
Brevemente chegará o fim.

Um fim, uma morte certa
Devido a esta sujidade,
Que trará epidemias.
Esta é que é a verdade!

Enquanto Aveiro era
Uma aldeia de pescadores,
Desde a Lapa a ria era
Uma inspiração aos escritores.

A água era azul celeste,
Como um lago do Paraíso...
Quem destruiu esta beleza,
Tem é falta de juízo!

Na origem da destruição
Deste belo património,
De certeza que estão
Os malditos dos esgotos.

É sonho de todos nós
Ver bem limpa a nossa ria,
Para podermos escutar
Pureza, da nascente ao mar..

Paula,  N.º 20, 8-H

 

SONHOS

Um dia pensei ser enfermeira. Um dia! Talvez na primeira classe.

Um dia pensei em ser detective. Outro dia!

Outro ainda, pensei em ser herói.

Um dia isto, um dia aquilo, sempre com ideias novas!

Às vezes penso se não é do dia, se não é da idade ou até mesmo do programa televisivo.

Sonhos?! Será correcto querermos ser alguma coisa sem nada sabermos da vida? Será correcto vivermos de sonhos? Diferentes da noite para o dia? Talvez sim, talvez não!

Cada um escolhe a resposta, mas no fundo o sonho é a vida. O sonho é o emprego. No fundo está certo escolhermos um emprego de sonho,..

Sandra Cristina, N.º 30, 7º H


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