Um ano volvido e cá estamos, de
novo, a trazer a público mais um número da
"Patrimónios", desta vez o décimo. Dez edições de
uma revista muito diversificada, que sempre
conseguiram apresentar artigos inéditos de grande
interesse para a salvaguarda e valorização do
Património Natural e Cultural da Região de Aveiro.
Sem a Patrimónios, a nossa região
estaria muito mais pobre. Sem a Patrimónios, algum
do nosso melhor Património ter-se-ia perdido
irremediavelmente. Sem a Patrimónios, muitos dos
resultados das investigações dos nossos
colaboradores teriam ficado na gaveta, teriam ficado
por concluir ou pura e simplesmente não se teriam
realizado pois não haveria local onde os publicar.
Só por isso, já valeu a pena.
E uma vez mais, assim como nos
números anteriores, pudemos contar com um conjunto
de investigadores que connosco quiseram partilhar os
resultados dos seus trabalhos. A esses autores,
alguns dos quais colaboradores habituais da
Patrimónios, aqui expressamos publicamente o nosso
agradecimento.
Com todos esses contributos, foi
possível trazer agora a público o décimo número da
Patrimónios. Geograficamente abrangente, abarca
diversos concelhos, desde Albergaria-a-Velha a
Aveiro, passando por Mealhada, Oliveira do Bairro,
Ovar, São João da Madeira e Vale de Cambra.
Tematicamente diversificado, aborda temáticas que
vão da arquitectura à arte-sacra, passando pela
arqueologia industrial, pela pintura, pelo
planeamento e urbanismo, pela religião, pelo ensino
e pela história da indústria, bem como pelo
património natural, estudando casos específicos de
fauna e flora na nossa região.
Desta forma, esperamos ter
cumprido, uma vez mais, os objectivos traçados
aquando do lançamento deste projecto há cerca de dez
anos atrás. Ao longo desse tempo, foram sempre
muitas as situações a clamarem pela intervenção da
ADERAV, na maior parte das quais a associação
conseguiu evitar, travar ou demover intervenções que
prejudicariam irremediavelmente o património natural
e cultural da região de A veiro, essa região única e
com características ímpares que faz dela um
ecossistema de elevado valor patrimonial. Se os
solos são únicos e dos melhores existentes em toda a
Europa, também a cultura e o património são ímpares
pela sua especificidade e origem.
Por tudo isto, a Associação para
o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural
da Região de Aveiro continuará a pugnar pelos
valores que nortearam o seu aparecimento. Agora, à
semelhança de ontem, o Património continua a
necessitar de defensores.
Delfim Bismarck Ferreira |