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"Patrimónios" – n.º 10, Julho 2013, Ano XXXIV, 2ª série, 240 pág. 5


EDITORIAL

Um ano volvido e cá estamos, de novo, a trazer a público mais um número da "Patrimónios", desta vez o décimo. Dez edições de uma revista muito diversificada, que sempre conseguiram apresentar artigos inéditos de grande interesse para a salvaguarda e valorização do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro.

Sem a Patrimónios, a nossa região estaria muito mais pobre. Sem a Patrimónios, algum do nosso melhor Património ter-se-ia perdido irremediavelmente. Sem a Patrimónios, muitos dos resultados das investigações dos nossos colaboradores teriam ficado na gaveta, teriam ficado por concluir ou pura e simplesmente não se teriam realizado pois não haveria local onde os publicar. Só por isso, já valeu a pena.

E uma vez mais, assim como nos números anteriores, pudemos contar com um conjunto de investigadores que connosco quiseram partilhar os resultados dos seus trabalhos. A esses autores, alguns dos quais colaboradores habituais da Patrimónios, aqui expressamos publicamente o nosso agradecimento.

Com todos esses contributos, foi possível trazer agora a público o décimo número da Patrimónios. Geograficamente abrangente, abarca diversos concelhos, desde Albergaria-a-Velha a Aveiro, passando por Mealhada, Oliveira do Bairro, Ovar, São João da Madeira e Vale de Cambra. Tematicamente diversificado, aborda temáticas que vão da arquitectura à arte-sacra, passando pela arqueologia industrial, pela pintura, pelo planeamento e urbanismo, pela religião, pelo ensino e pela história da indústria, bem como pelo património natural, estudando casos específicos de fauna e flora na nossa região.

Desta forma, esperamos ter cumprido, uma vez mais, os objectivos traçados aquando do lançamento deste projecto há cerca de dez anos atrás. Ao longo desse tempo, foram sempre muitas as situações a clamarem pela intervenção da ADERAV, na maior parte das quais a associação conseguiu evitar, travar ou demover intervenções que prejudicariam irremediavelmente o património natural e cultural da região de A veiro, essa região única e com características ímpares que faz dela um ecossistema de elevado valor patrimonial. Se os solos são únicos e dos melhores existentes em toda a Europa, também a cultura e o património são ímpares pela sua especificidade e origem.

Por tudo isto, a Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro continuará a pugnar pelos valores que nortearam o seu aparecimento. Agora, à semelhança de ontem, o Património continua a necessitar de defensores.

Delfim Bismarck Ferreira


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