O mandato 2009/2011 corresponde a um período de
continuidade e conclusão
do ciclo directivo iniciado em 2007.
Mais do que novos projectos ou metas, tratou-se
sobretudo de consolidar o trabalho desenvolvido nos
dois anos anteriores e garantir para o futuro as
condições de uma associação adaptada aos tempos
actuais mas fiel aos princípios que norte aram a sua
fundação em 1979.
A ADERAV registou um incremento significativo do
número de adesões e sobretudo regularizou o
funcionamento associativo (por exemplo foi reatada a
cobrança de quotas).
Como parte da reorganização administrativa e
funcional da ADERAV, foi finalmente preparado e
submetido o processo para atribuição do estatuto de
utilidade pública o qual, entre outros, levou à
aprovação de novos Estatutos e de Regulamento
Interno (em anexo). Estes novos documentos acolheram
a nossa experiência associativa no sentido de
conferir maior funcionalidade e agilidade na gestão
associativa assegurando o enquadramento para os
instrumentos de gestão que se tornem necessários.
Constituição dos órgãos sociais no biénio 2009/2011
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A direcção no biénio 2009/2011: da esquerda para a
direita, João Paulo Rodrigues, Maria Teresa Ramos,
Luís Souto, Fátima Alves, Patrícia Sarrico e Paulo
Morgado. Não presente na foto, Hugo Calão |
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192 /
Assembleia Geral
Presidente: Delfim Bismarck
Ferreira
1º Secretário: Amaro Neves
2º Secretário: Oliveira Cardoso
Direcção
Presidente: Luís Souto
Vice-Presidente: Fátima Alves
Vice-presidente: Paulo
Morgado
Secretário: Patrícia Sarrico
Tesoureiro: João Paulo Baeta
Vogal: Hugo Calão
Vogal: Maria
Teresa Ramos
Conselho Fiscal
Presidente: M: da Luz
Nolasco
Secretário: Sérgio Azeredo
Relator: Graciano Pinto
Comemorações dos 30 anos da
ADERAV
O ano 2009 foi um marco para a associação ao atingir
os 30 anos.
O Programa das comemorações incluiu várias
iniciativas, entre as quais se
destacam a Gala Comemorativa, realizada no dia 3 de
Maio de 2009 no Centro Cultural e de Congressos de
Aveiro, ocasião única de reencontro de antigos
associados e dirigentes e de convívio com sócios e
amigos actuais.
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Gala comemorativa do
XXXº aniversário da ADERAV: O
presidente da direcção efectua a entrega do título
de Sócio Honorário ao fundador da ADERAV, Dr. Amaro
Neves |
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193 /
Podemos afirmar que se alcançaram os objectivos com
grande adesão e
certamente se reforçou o espírito associativo.
Na sede da associação conseguimos com o apoio da
Câmara Municipal de
Aveiro a colocação de um painel alusivo aos 30
anos, o qual mantendo-se na fachada do
edifício Fernando Távora, sede da ADERAV, permitiu
uma privilegiada visibilidade
pública.
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Gala comemorativa do
XXXº aniversário da ADERAV: Os
elementos da direcção e dos corpos
sociais presentes sopram as velas alusivas |
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Entre as restantes iniciativas englobadas nas
comemorações, destacam-se: o
Concurso de Trabalhos Escolares para o ensino
básico, o Congresso Internacional História e
Património de Aveiro (em parceria com as
comemorações dos 250 anos da cidade de
Aveiro) em 4 e 5 de Junho e o Rally bike paper do
património em 31 de Maio.
Concurso de Trabalhos escolares Aveiro 250 anos de
cidade
Com o objectivo de fomentar a envolvência dos jovens
nas questões da
valorização do Património e da História de Aveiro,
através da sua participação em
trabalhos escolares que reforcem a ligação à matriz
identitária aveirense valorizando em
especial o Património histórico, artístico e
cultural do concelho de Aveiro, a ADERAV e
a Câmara Municipal de Aveiro organizaram um concurso
no âmbito das comemorações
dos 250 anos da cidade de Aveiro e do trigésimo
aniversário da ADERAV.
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194 /
O concurso com o tema História e Património de
Aveiro foi aberto a jovens estudantes de qualquer
escola do concelho de Aveiro, do 1°, 2° e 3° ciclos
do ensino básico nas seguintes categorias: Ensaio e
Artes Plásticas.
Os Prémios variando entre os 250
e os 50 euros distinguiram três escalões, 1º
ciclo Básico, 2º ciclo Básico e 3º ciclo Básico.
O júri teve a seguinte composição: Énio Semedo,
Delfim Bismarck, Lúcia Seabra e Madalena Pinheiro.
Destacou-se a participação dos alunos da Escola E B
2,3 Aires
Barbosa de Esgueira.
Defesa do Património
A ADERAV manteve a sua participação na
Comissão
Consultiva do Património do
Município de Aveiro (CCPE).
Em 3 de Novembro de 2009 face ao não funcionamento
efectivo da comissão desde 2 de Julho de 2009, a
ADERAV manifestou à Câmara Municipal de Aveiro, a
sua preocupação atendendo a intervenções previstas e
outras já realizadas em áreas sensíveis para o
património no concelho de A veiro, apontando
exemplos em concreto que, na nossa opinião,
mereceriam consulta à CCPE.
Já no ano de 2010, em 9 de Fevereiro, a ADERAV
reuniu com a Sr.ª Vereadora, Dr.ª Maria da Luz
Nolasco. Nessa reunião foram abordados vários temas,
entre os quais a preocupação e estranheza da ADERAV
pelo não funcionamento efectivo da Comissão
Consultiva do Património Edificado. Sobre esta
preocupação foi-nos na mesma reunião adiantado que a CCPE não tinha suporte legal com entrada em vigor do
PUCA, Plano de
Urbanização da Cidade de Aveiro, e o facto de o
mesmo não prever a existência da Comissão Consultiva
do Património, instrumento que havia sido criado com
enquadramento do PDM, Plano Director Municipal. Foi
no entanto avançado que a Câmara Municipal iria
certamente apresentar um novo modelo de comissão
consultiva.
Posteriormente através de comunicado de 21 de Junho
tomamos posição pública e posterior reforço de
posição em Julho. Preocupações semelhantes às da
ADERAV foram aliás manifestadas igualmente por
outros elementos da CCPE, designadamente
representante de Núcleo de Arquitectos de Aveiro e
representante da Direcção Regional de Cultura do
Centro, salientando mesmo o facto de avançarem
demolições e obras em edifícios sobre os quais
existiu prévio parecer negativo da Comissão.
Para além daquela Comissão, foram realizadas
chamadas de atenção pontuais
como nos exemplos seguintes.
Destruição de painel de azulejos em Aveiro
A ADERAV motivou um alerta público face à
destruição de um painel de
azulejos de Na Sr.ª da Conceição em Aveiro.
Enviamos, com grande eco na imprensa, o seguinte
comunicado:
SOS para os azulejos de Aveiro: ADERAV CONDENA
DESTRUIÇÃO DE PAINEL DE AZULEJO EM OBRA DA
RESPONSABILIDADE DO. MUNICÍPIO DE AVEIRO
/
195 /
A ADERAV tomou conhecimento no dia 6 da destruição
de um painel de azulejo com invocação de N.ª Sr.ª da
Conceição num edifício devoluto adjacente à capela
do Seixal, situado na rua Guilherme Gomes Fernandes,
em Aveiro, ao que tudo indica um imóvel propriedade
da Câmara e cuja demolição é da sua
responsabilidade.
O referido painel de fabrica da Aleluia corresponde a
uma série que nos anos 40 do século XX foi
produzida para assinalar o tricentenário da
proclamação de Nossa Senhora da Conceição como
Padroeira de Portugal em 1946, existindo vários
exemplares, nomeadamente na região de Aveiro.
O facto traduz uma chocante falta de sensibilidade
pelo património azulejar municipal, numa atitude
totalmente incompreensível quanto é certo que a
Câmara de Aveiro foi uma das pioneiras na criação de
um "banco de azulejos" possuindo um Plano de
Preservação do Azulejo de Aveiro, iniciativa que
mereceu da ADERAV um rasgado elogio público aquando
do seu anúncio.
A ADERAV, sem querer de forma alguma ver-se
envolvida em polémicas eleitorais, não pode pelo
simples facto de nos encontrarmos num período de
campanha, considerar que se vive um período de
laxismo na defesa do nosso Património, deixando
passar uma falha que consideramos de extrema
gravidade. A ADERAV deu conhecimento à Câmara
Municipal das suas preocupações perante este caso e
salienta que o mais importante neste momento é que,
caso não haja recuperação possível, sejam tomadas
medidas para que não se repitam situações como a
presente.
Recorde-se que qualquer intervenção, incluindo as
demolições, sobre o edificado existente dentro de "Zonas de Protecção" de monumentos classificados,
necessita de autorização da tutela do património. O
edifício em causa está dentro da ZP da Denominada
Casa do Seixal, classificado como IIP (Imóvel de
Interesse Público) pelo nº 67/97, do Diário da
República 301 de 31 de Dezembro de 1997, com
proposta de ZEP (Zona Especial de Protecção) pela
Direcção Regional da Cultura do Centro em 22 de
Julho de 2009.
A ADERAV reforça ainda nesta como em outras
ocasiões a pertinência do acompanhamento por
técnicos devidamente credenciados (nomeadamente da
valência da arqueologia) sempre que estejam em causa
áreas historicamente sensíveis, não deixando ao
critério das empresas de construção civil
contratadas, a responsabilidade exclusiva dos
trabalhos a efectuar, sendo certo que não cabe a
estas uma
"cultura do património" que é obrigação das
autoridades.
A ADERAV pretende, com esta chamada de atenção,
alertar para a necessidade de toda a sociedade
aveirense e em particular das entidades públicas,
impedirem a delapidação de uma das formas mais
expressivas do património português e de Aveiro, em
particular, os azulejos.
As fachadas da cidade começam elas próprias a ficar
deploravelmente desprovidas de azulejos contribuindo
para uma calamidade ao nível do património, situação
esta que justificou a nível nacional a criação pela
Polícia Judiciária de um programa – SOS Azulejo – do
qual tivemos aliás já uma apresentação em Aveiro.
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196 /
Moinhos de Aveiro
Em 2009, assinalámos o dia dos moinhos, 7 de Abril,
a ADERAV chamou a atenção para o estado de abandono
dos dois últimos exemplares em perímetro urbano em
Aveiro, com o seguinte comunicado:
Em Aveiro os moinhos são antros de lixo e
degradação.
Comemorando-se a 7 de Abril o Dia Nacional dos
Moinhos, a ADERAV não pode deixar de chamar a
atenção pública para o estado de abandono e
degradação em que se encontram os dois únicos
moinhos da cidade de Aveiro.
O moinho "Bom Jardim", conhecido por moinho dos
Bóias, situado logo à entrada da cidade no final da
A25, próximo do pavilhão do S. C. Beira-Mar, na
margem norte do canal do Paraíso, tem sofrido um
total desprezo, estando aberto e exposto ao
vandalismo, pejado de lixo e cheiros nauseabundos,
sendo resguardo de quem ali se recolhe para vergonha
dos aveirenses.
O moinho "Bom Jardim" é um moinho de vento construído
em pedra vermelha de Eirol e cantarias de granito. A ADERAV defende que, pelo menos este exemplar, uma
vez recuperado e requalificado, poderia ser um
excelente cartão-de-visita de Aveiro e um memorial
da actividade tradicional de moagem
na zona da Ria de Aveiro.
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197 /
A ADERAV, a exemplo do que ensaiou nos anos 80,
retomará uma campanha pela recuperação
deste património molinológico,
O outro moinho de Aveiro, o de Esgueira, é no
entender de especialistas, talvez a construção mais
antiga de Aveiro (documentada desde o reinado de D.
Dinis e só por isso mereceria algum carinho e
atenção.
Barreiro de Aveiro
Sobre a preservação do Barreiro da antiga fábrica
Jerónimo Pereira Campos,
emitimos o seguinte comunicado de imprensa:
O BARREIRO NÃO SABE NADAR
ADERAV PREOCUPADA COM DEPOSIÇÃO DE ENTULHOS NO
BARREIRO DE AVEIRO, DEFENDE A SUA MANUTENÇÃO COMO
ELEMENTO
FUNDAMENTAL DO PATRIMÓNIO NATURAL E INSTRUMENTO DE
EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA.
A ADERAV tomou conhecimento do avanço de deposição
de entulhos na área anteriormente vedada
do Barreiro da antiga fábrica Campos, precisamente
junto aos serviços da Câmara Municipal de Aveiro – Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.
O antigo barreiro da fábrica Jerónimo Pereira de
Campos, do qual se extraíram durante décadas as
argilas para a produção de telhas e tijolos, tem
sido reconhecido como um local de importância
patrimonial, como memória paleontológica e geológica
do período Cretácico, sendo considerado o "único e
último" testemunho dessa época na nossa região por
personalidades científicas como o Prof. Galopim de
Carvalho.
A ADERAV considera que o barreiro de Aveiro deve
ser preservado e utilizado para fins educativos,
de divulgação científica e mesmo turísticos,
devidamente contextualizado.
A eventual destruição do Barreiro, ou mesmo o
comprometimento da sua leitura por força de
projectos
imobiliários, constituiria um acto grave de desprezo
pela cultura científica e pelos valores
civilizacionais
actualmente considerados por instituições como a
UNESCO.
A ADERAV apela assim à Câmara de Aveiro para que
não permita a descaracterização do barreiro
e promova antes a sua salvaguarda e fruimento pelos
aveirenses e visitantes, nomeadamente os estudantes.
Recordando a célebre campanha cívica que levou à
preservação da arte rupestre do Côa, afirmamos
também que o "Barreiro não sabe nadar" e precisa da
ajuda de todos os cidadãos para que se respeite
uma memória geológica de milhões de anos que Aveiro
tem o privilégio de ainda possuir.
Albergaria-a-Velha, adaptação do Palacete da Boa
Vista a Biblioteca
Municipal
O projecto da nova Biblioteca Municipal, da autoria
do arquitecto Eduardo
Costa Ferreira, implicando a adaptação do antigo
palacete da Boa Vista, onde se destacam nove telas de
Domingos da Costa (1910), mereceu a nossa atenção,
tendo sido contactada
a Câmara Municipal que forneceu garantias de
preservação do património ali existente,
sem prejuízo da importante intervenção a efectuar:
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198 /
Em Junho de 2010, face a receios sobre o projecto de
remodelação "não acautelar a defesa do seu
património", a ADERAV manifestou junto do
presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha "a sua
preocupação".
Na resposta, o presidente da Câmara de Albergaria,
João Agostinho garantiu que "as obras de arte de
interesse irão ser preservadas" e os trabalhos
acompanhados por "técnicos especializados com
experiência no restauro de obras dos mesmos
autores".
A ADERAV salientou que vê "de forma positiva" o
envolvimento do Estado, autarquias ou de privados em
"dar novas utilizações para edifícios com valor
estético, histórico ou arquitectónico", desde que
acautelado o património.
As novas funcionalidades podem ser, assim, "uma
forma realista de contribuir para a defesa do
património, desde que acautelados os valores em
causa".
Em comunicado, a ADERAV aproveitou para apelar às
entidades municipais para promoverem as
classificações como imóveis de interesse municipal,
"processo que garante a manutenção do património que
constitui uma mais-valia para qualquer
concelho".
Obras na Capela de S. Gonçalinho em Aveiro
Alertada por associados preocupados com avanço de
obras na Capela de S.
Gonçalinho em Aveiro, integrada em Zona Especial de
Protecção desde 2003, a ADERAV comunicou o facto em
22 de Junho de 2010 junto da Direcção Regional de
Cultura do Centro. A nossa intervenção motivou uma
deslocação dos serviços da DRCC ao local tendo sido
realizada uma reunião in loco, envolvendo Câmara
Municipal de Aveiro; Paróquia; Fábrica da Igreja;
Empresas adjudicatárias: CACO3 e Bolamar e a
Direcção Regional de Cultura do Centro.
Na reunião realizada no local, pode verificar-se que
estavam a decorrer, entre outros, os seguintes
trabalhos: restauro dos elementos pétreos;
reparação/consolidação da cúpula; reparação de
revestimento azulejar da cúpula; substituição de
pavimento da capela; reparação de rebocos; remoção
de elementos metálicos da fachada e cobertura.
Encontrava-se instalado um andaime envolvendo
integralmente este imóvel quer interiormente que na
parte exterior.
Os técnicos da DRCC pronunciaram-se no sentido de
que, estando este imóvel se classificado como
Património Nacional, qualquer intervenção que se
encontra sujeita a aprovação prévia do Ministério da
Cultura através das entidades que exercem essa
função, no entanto consideraram as intervenções
efectuadas "adequadas", sugerindo a
suspensão até competente regularização formal.
Parque da Sustentabilidade
Na sequência da campanha desenvolvida pela ADERAV em
prol da recuperação
do monumento nacional constituído pelas igrejas
geminadas de St.º António e de S. Francisco em
Aveiro (vd. Patrimónios Nº 7) e como corolário de
múltiplas reuniões e contactos com diversas
entidades entre as quais a Câmara Municipal de
Aveiro, a Diocese de Aveiro, a Direcção Regional de
Cultural IGESPAR, o Governo Civil de
/
199 /
Aveiro, a Universidade Católica do Porto, entre
outras, as nossas propostas foram
acolhidas em sede de candidatura Parque da
Sustentabilidade apresentada pelo município
de Aveiro ao QREN e aprovada.
O Parque da Sustentabilidade é um projecto vasto de
intervenção apoiado pelo
QREN / Mais Centro – Programa Operacional Regional
do Centro Eixo 2 –
Desenvolvimento das Cidades e dos Sistemas Urbanos,
Parcerias para a Regeneração
Urbana cujo valor global é de 13 995,785 € (estando
previstos na candidatura 800 000 € para a recuperação
das igrejas "geminadas").
A ADERAV é assim uma das entidades parceiras do
Parque da Sustentabilidade,
que integra ainda: Câmara Municipal de Aveiro,
Universidade de Aveiro, Junta de
Freguesia da Glória, Inova-Ria, Clube de Ténis de
Aveiro, Filarmónica das Beiras,
Associação Comercial de Aveiro, na qualidade de
Parceiros Investidores e ainda
Companhia de Teatro "O Efémero", Amigos do Parque,
Associação Água Triangular,
Conservatório de Música de Aveiro, Florinhas do
Vouga, Ordem Terceira de S. Francisco, QUERCUS
Aveiro e finalmente os "Actores Nacionais", IHRU
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana,
IGESPAR Instituto de Gestão do Património
Arquitectónico e Arqueológico, LP.
O Projecto suscitou em Aveiro um amplo debate, tendo
o presidente da direcção da ADERAV efectuado uma
intervenção na discussão realizada na sessão
especial da Assembleia Municipal Municipal de
Aveiro. A posição da ADERAV foi contrária a
rejeição do projecto realçando a oportunidade única
para a resolução do problema da degradação do
monumento nacional igrejas de St.º António e de S.
Francisco, sem prejuízo dos ajustamentos parciais a
fazer ao projecto.
Face ao repto lançado por um grupo de cidadãos,
"Plataforma Cidades", a direcção enviou a resposta
seguinte:
Resposta a Plataforma Cidades:
A Direcção da ADERAV reunida em 16 de Junho
apreciou, entre outros assuntos, o Apelo aos
Parceiros no Parque da Sustentabilidade, o qual nos
merece os seguintes comentários:
1. A ADERAV é uma instituição com 30 anos,
congregando já diferentes gerações, na defesa dos
valores do Património e da Cultura da Região de
Aveiro.
2. Aquando da candidatura ao QREN, fomos convidados
para entidade parceira, como consequência
natural do nosso empenhamento na recuperação do
património, em particular das igrejas geminadas de
St.º António e de S. Francisco em Aveiro, conjunto
situado no âmbito da intervenção Parque da Sustentabilidade.
2. A ADERAV viu e vê na candidatura aprovada uma
oportunidade única de recuperação de um
monumento nacional de outra forma condenado ao
abandono e degradação, mais agora neste contexto
recessivo em que o país vive.
3. O Parque da Sustentabilidade foi objecto de
discussão pública e as entidades da parceria foram
conhecidas do grande público. Aceitando que as
opções constantes dos vários projectos podem ser
discutíveis, de acordo com as diferentes
sensibilidades estéticas e até técnicas, valorizamos
o todo e o
benefício da intervenção perante um cenário de
decadência quase irreversível do parque infante D.
Pedro.
/
200 /
3. Como entidade parceira, é nosso entendimento que,
estando embora atentos ao pulsar, às sugestões e
criticas que vão emanando de certos actores da
sociedade civil, será no âmbito da relação
institucional que devemos pautar a nossa actuação.
4. A ADERAV manifesta desde já a sua abertura e
disponibilidade para fazer eco das preocupações dos
cidadãos signatários na sede própria.
Museu Etnográfico de Requeixo
Numa acção concertada com a Confraria dos Ovos Moles
de Aveiro, o
presidente da ADERAV, Luís Souto e o
vice-presidente daquela confraria, Dr. Pedro Melo
Freitas deslocaram-se em 1 de Outubro a Requeixo a
convite dos responsáveis pelo Museu Etnográfico de
Requeixo. Este espaço museológico municipal lançado
em 1997 encontra-se hoje bastante degradado e a
necessitar de claramente de ser repensado devendo
desde já ser salvaguardado o seu espólio.
Outras iniciativas
–
Formação para facilitadores de Ecoclubes
A ADERAV promoveu em 24 de Janeiro de 2009 no
Centro Universitário Fé e
Cultura, uma acção de formação de um1 dia inteiro,
abrangendo os seguintes tópicos:
– Rede Internacional de Ecoclubes
– Diagnóstico de problemas locais ambientais e
sociais
– Metodologia de projecto.
– Promoção e financiamento de actividades.
– Ecoclubes na região centro.
A acção contou com a colaboração do movimento
ecoclubes internacional.
OTL
Em 2009 retomámos a nossa participação no programa
de Ocupação de Tempos
Livres destinado a jovens, tendo participado 4
jovens durante 2 semanas em tarefas de catalogação
dos fundos bibliográficos da ADERAV.
Roteiros e Visitas
Visita Guiada à exposição "Aveiro: dos Artefactos à
Escrita"
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201 /
A exposição integrada nas Comemorações dos 1050 anos
da primeira referência escrita a Aveiro, que está
patente na galeria da sede da Assembleia Municipal,
edifício da Antiga Capitania de Aveiro, no dia 21 de
Março de 2009 pelas 15:00h, orientada pelos
Comissários Científicos, Sónia Filipe e Paulo
Morgado.
Visita guiada ao Museu de Aveiro
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202 /
O Museu de Aveiro constitui uma instituição
incontornável quando se pensa o património de Aveiro
e até do país. Tendo presentes as importantes obras
de remodelação efectuadas entre 2006 e 2008,
impunha-se uma visita aberta aos associados da ADERAV, o que se efectuou em 30 de Janeiro de 2010 sob a
orientação da directora, Dr.ª Ana Margarida Serra
Ferreira.
Bike-Paper – À Descoberta do Património de Aveiro
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/ 203 / |
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O "Bike-Paper – À Descoberta do Património de
Aveiro" foi uma iniciativa conjunta da Associação
para o Estudo e Defesa do Património Natural e
Cultural da Região de Aveiro (ADERAV) e da
Associação de Antigos Alunos da Universidade de
Aveiro (AAAUA).
Os objectivos deste evento são: contribuir para a
divulgação e valorização do património cultural e do
ambiente urbano de Aveiro, bem como para a promoção
da
utilização da bicicleta enquanto veículo de
transporte sustentável, não poluidor,
perfeitamente enquadrado na cidade de Aveiro. Esta
iniciativa conta ainda com o apoio
da Câmara Municipal de Aveiro, da Junta de Freguesia
da Glória e da Massa Critica.
Organizámos já duas edições do Bike-paper. em 7 de
Junho de 2009 e atendendo
ao sucesso da primeira edição, realizou-se em 11 de
Julho de 2010, nova prova.
O Bike-Paper constitui uma actividade
cicloturística, de recreio, que visa testar os
conhecimentos dos participantes sobre a cultura
local, bem como testar a sua
capacidade de orientação e improviso face às
dificuldades e desafios que o guião-questionário suscita.
Contámos com apoio, entre outros, da Junta de
Freguesia da Glória.
O percurso do bike-paper ao longo de 6kms, desde o
Centro da Cidade,
iniciando na Praça da República junto à sede da
ADERAV, terminando no Campus
Universitário.
A iniciativa teve referências nos seguintes locais
de divulgação pública: em massa
crítica, facebook; AAAUA (facebook, website
institucional); Câmara Municipal de
Aveiro (website institucional); Portal Ecclesia;
Jornal O Concelho de Estarreja;
Go2Aveiro (Blog); Amigos do Cáster (website); Portal
de Aveiro além de cobertura na imprensa local.
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204 /
Congresso Internacional de História Local –
Património Histórico e
Documental de Aveiro e Jornadas de História e
Património
As Jornadas constituem um ponto de encontro dos
historiadores e
investigadores da história local com os aveirenses
interessados na memória
Em 2009, as Jornadas integraram-se nas comemorações
dos 250 anos sob a elevação de Aveiro a cidade,
assumindo estatuto de Congresso "Congresso
Internacional de História e Património de Aveiro -
Aveiro 250 anos" realizando-se nos dias 4 e 5 de
Junho, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.
O Programa do congresso foi o seguinte:
Quinta-feira, 4 de Junho
8.30 Horas – Recepção da documentação.
9.00/9.30 Horas – Sessão de Abertura
– Presidente da Câmara Municipal de Aveiro
– Presidente da ADERAV
– Governador Civil de Aveiro
10.00 Horas – Orador Convidado: José Mattoso – Entre
mouros e cristãos no século XI.
10.30 Horas – Intervalo para café
História Local
Moderador: Silvestre Lacerda – Director da Direcção
Geral de Arquivos
11.00 Horas – Manuel Carvalho – José Estêvão
11.20 Horas – João Viana Machado – Manuel Mendes
Leite
11.40 Horas -– Manuel Fernandes Thomaz – João Jacinto
de Magalhães: fabricante de instrumentos, inventor,
agente e filósofo
12.00 Horas - Paulo Morgado, Isabel Pereira,
Fernando Almeida e Sónia Filipe – O arqueosítio da
Agra do Crasto
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205 /
12.20 Horas – Debate
14.00 Horas – João Luís Carrilho da Graça, Maria da
Luz Nolasco e Margarida Almeida
– Recuperação da Capela de S. Tomás de Aquino – um
projecto de instalação de arte contemporânea
em espaço sagrado
14.20 Horas – António Vieira – Fundação Museu
Nacional Ferroviário (FMNF) entidade
agregadora em Portugal no projecto Europeana Local
14.40 Horas – António Augusto Simões Rodrigues – Para outras leituras da História da Educação
– o
papel da arquitectura escolar
15.00 Horas – António Manuel Matoso Martinho – Nascimento e crescimento do ensino técnico
– A Escola Industrial de Aveiro
15.20 Horas – Isabel Dâmaso Santos – Bilocação de
Santo António: o santo, o milagre e a tela (a
propósito de uma Pintura do Museu de Aveiro)
16.00 Horas – Intervalo para café
14.00 Horas – Paulo Celso Monteiro – Estratégias de
divulgação do Arquivo Distrital de Aveiro
16.35 Horas – Ana Clara Correia – Aveiro memória do feriado municipal
16.55 Horas – Turismo Centro de Portugal
17.15 Horas – Administração do Porto de Aveiro
17.15 Horas – Debate Final
Sexta-feira, 5 de Junho
9.30 Horas – Orador Convidado: Galopim de Carvalho –
Dois Tipos de Património que se completam Património
Natural
Moderador: Luís Souto – Presidente da ADERAV
10.15 Horas – Clara Sarmento – O Barco Moliceiro: Um
Património em Perpétuo Movimento
10.30 Horas – Vítor Carvalho – A indústria da
construção naval na afirmação da área económica
de Aveiro
10.45 Horas – Filomena Martins – As "Vidraças"
Partidas do "Palácio do Céu" ou a Morte
anunciada dum património natural
11.00 Horas – Intervalo para café
11.15 Horas – Francisco Coelho – Microbiologia
ambiental. potencial biotecnológico da Ria de
Aveiro
11.30 Horas – Adelaide Almeida, A. Cunha, N. Gomes,
L. Santos, S. Salvador e A. Gomes – Evaluation of the impact of two aquaculture
systems on bacterial communities of the estuarine
system Ria de Aveiro
11.45 Horas – Celso Gomes – Argila, chão de Aveiro,
factor importante de desenvolvimento
económico e social
12.00 Horas – Rosa Pinho e Lísia Lopes – Herbário da
Universidade de Aveiro – Um Valioso
Património
12.15 Horas – Helena Silva – Património aforístico
da região de Aveiro: identificação de plantas ao
alcance de todos
12.30 Horas – Debate final
12.50 Horas –Sessão de Encerramento
Presidente da ADERAV
Presidente da CMA
14.00 Às-17.30 horas – Visita de Estudo
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206 /
Em 2010 dia 15 de Outubro pelas 9h30 foi o
centenário da República o tema central.
O Programa das jornadas 2010 foi o seguinte:
09.30 Horas – Abertura solene dos trabalhos
presidida pela Vereadora do Pelouro da Cultura e
pelo Presidente da ADERAV – Associação para o
Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da
Região de Aveiro.
09.50 Horas – Intervalo
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Momento das Jornadas de História e Património Local
em 2010: da esquerda para a direita, Luís Souto,
Flávio Sardo, Paulo Morgado e Mons. João Gaspar.
(Foto do Diário de Aveiro, adaptada). |
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207 /
I Sessão de Trabalho: Manhã
Moderador: João Paulo Rodrigues – ADERAV
5 de Outubro – os homens e as ideias
10.20 Horas – João da Rocha Pinho (Autoridade
Florestal Nacional) – "As Florestas, República e o
Distrito de Aveiro";
1 0.40 Horas – Intervalo para café
11.00 Horas – Ana Paula Lima e Helena Isabel
Medeiros – (Arquivo Histórico Parlamentar) – "A 1ª República no Arquivo Parlamentar"
11.20 Horas – Manuel Ferreira Rodrigues – "Cidadania, Caridade, Desprezo social atávico nas
primeiras creches em Aveiro, Murtosa e Ovar".
11.40 Horas – Debate
II Sessão de Trabalhos: Tarde
Moderador: Paulo Morgado (ADERAV)
14.30 Horas – Luís Souto – "Ilusões e Desilusões
de um republicano: traços do percurso da vida
pública de Alberto Souto entre o final da monarquia
e o Estado Novo"
14.50 Horas – João Gonçalves Gaspar – "A República em Aveiro"
15.10 Horas – Flávio Sardo – "A República em Aveiro e seus antecedentes".
15.20 Horas – Debate
Encontro Santo António e S. Francisco, vida, arte e
património. As Igrejas
geminadas de Santo António e S. Francisco em Aveiro
Sábado 18 Julho CUFC Aveiro.
Este Encontro, destinado a manter a atenção sobre o
conjunto das igrejas
geminadas de Aveiro, teve o seguinte Programa:
9.00 Horas – Abertura e A intervenção da ADERAV na
defesa do património das igrejas
de St.º António e S. Francisco. Doutor Luís Souto
Presidente da ADERAV.
9.30 Horas – St.º António na iconografia. Dr.ª Isabel
Dâmaso dos Santos, Universidade de Lisboa.
10.00 Horas – A Ordem Terceira, passado e presente
(membro da OT)
11.00 Horas – Isabel da Luz de Figueiredo por Dr.
Amaro Neves
11.15 Horas – Visita guiada às igrejas geminadas.
Protocolos e Representação
Teatro Aveirense
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208 /
Foi realizado um protocolo com o TAV o qual permite
a frequência das actividades em condições vantajosas
para sócios e dos amigos do teatro aveirense em
relação a acções da ADERAV, bem como a divulgação
de actividades.
Aveiro City Point e ADERAV
Princípios provisórios de gestão dos livros e
revistas à consignação
O presente documento serve para reger os princípios
subjacentes à
comercialização de publicações na Loja Aveiro City
Plinto, afecta ao Museu da Cidade de Aveiro
provenientes da ADERAVe que se pautam pelos
seguintes parâmetros, previstos
nas Normas Regulamentares do Museu da Cidade de
Aveiro.
Escola Secundária Mário Sacramento
A ADERAV viu reconhecida a sua participação no
Conselho Geral Transitório
da Escola Secundária Mário Sacramento como elemento
co-optado da comunidade local,
sendo novamente convidada a participar no Conselho
Geral da mesma escola.
Participação nas comemorações dos 250 anos da
freguesia da Glória
Em 2010 a ADERAV foi uma das instituições
convidadas pela Junta de
Freguesia da Glória presidida pelo Sr. Fernando
Marques para as comemorações do seu 175º
aniversário. A ADERAV esteve presente na sessão
realizada no Teatro Aveirense e o presidente da
nossa direcção publicou um texto alusivo à efeméride
(disponível em
http://www.prof2000.pt/users/avcultur/GloriaAv/175Anos/page220.htm
Audiências
Com Vereadora Ana Vitória, com objectivo de
esclarecer atrasos de verbas a
favor da associação, em 27 de Julho 2010.
Reunião com vereadora de cultura e serviços de
cultura sobre comemorações da
República em Aveiro, 22 de Setembro de 2010.
Edições e Publicações
Em 2009 a ADERAV teve uma actividade editorial
considerável, tendo sido
publicadas a Revista "Patrimónios" Número 7; o livro
Terras do Vouga, da autoria de Delfim Bismarck; o
livro Isabel da Luz de Figueiredo: me cenas e
benemérita de Amaro Neves; o livro O Apelido Gamellas um património histórico e sociológico de
Aveiro da autoria de Francisco Gamelas.
/
209 /
Note-se que foram organizados eventos de lançamento
para todas estas
publicações, com elevada participação de associados
e público em geral.
Também importa referir o importante trabalho de
angariação de patrocínios e de apoios, sendo certo
que no caso das obras de autor, os mesmos foram
parte activa na mobilização de financiamentos que
viabilizassem a edição.
Já em Novembro de 2010 foi lançada a obra de Delfim
Bismarck Ferreira e Rafael Marques Vigário
"Albergaria-a-Velha 1910 – da Monarquia à
República". Dirigiu a sessão o vereador da Câmara
Municipal de Albergaria-a-Velha, Dr. José Licínio
Pimenta, o qual usou da palavra para enaltecer o
trabalho dos autores e felicitá-los por mais esta
obra. Seguiu-se a intervenção do Dr. Luís Souto,
presidente da ADERAV (Associação para o Estudo e
Defesa do Património Natural e Cultural da Região de
Aveiro), o qual na qualidade de editor fez a
apresentação biográfica dos autores. De
imediato interveio o Dr. Rafael Vigário, dando uma
panorâmica geral de como era o país em 1910, e
fazendo uma breve análise da população do concelho
naquela época, bem como uma síntese sobre a
emigração e suas características. A concluir, foi a
vez do Dr.
/
210 /
Delfim Bismarck Ferreira, o qual fez uma
apresentação com projecção de dezenas de imagens de
Albergaria-a-Velha da época, sintetizando o estudo
apresentado e culminando com uma breve análise da
famílias e alcunhas albergarienses, o que foi de
grande agrado para as mais de centena e meia de
pessoas que encheram completamente o Salão Nobre.
Conversas à volta do Património
Em 2010 A ADERAV, com o apoio do Diário de Aveiro,
propôs aos aveirenses
uma série de "conversas", discussões no formato
informal de tertúlia em volta de temas relacionados
com o Património. As lançámos as tertúlias Conversas
à volta do Património.
A tertúlia Museus e Espaços Museológicos em Aveiro,
Que futuro? realizou-se na Casa Municipal da
Cultura, Edifício Fernando Távora em 19 de Março de
2010 pelas 21 horas contando com a participação da
directora do Museu de Aveiro, Dr.ª Ana Margarida, da
vereadora da câmara municipal de Aveiro, Maria da
Luz Nolasco e da responsável pela Fábrica - Ciência
Viva, a professora da Universidade de Aveiro, Ivone Delgadilho. A discussão teve por base a intenção do
governo de transferir a gestão de alguns museus para
autarquias e outras entidades, aproveitando para uma
reflexão sobre o futuro que se perspectiva para os
museus e espaços museológicos em Aveiro.
A segunda Conversa à Volta do Património incidiu
sobre o tema A árvore e os espaços verdes no meio
urbano. Há biodiversidade na cidade?
Os animadores desta tertúlia foram: Nuno Lecoq,
Arquitecto Paisagista, Ricardo Vieira de Melo,
Presidente do Núcleo de Arquitectos da Região de
Aveiro, José Carlos Mota, Mestre em Planeamento e
Projecto do Ambiente Urbano, Rosa Pinho, Bióloga,
Responsável pelo Herbário do Departamento de
Biologia da UA, Luís Souto, Presidente da ADERAV e
Maria da Luz Nolasco, vereadora da Câmara Municipal
de Aveiro.
ADERAV nas notícias (alguns exemplos)
ADERAV apresenta em Albergaria o livro
"Albergaria-a-Velha 1910 – da Monarquia à
República" [ln Noticias Ribeirinhas].
No ano em que se comemoram os 100 anos da
implantação da República, a Associação para o Estudo
e Defesa do Património Natural e Cultural da Região
de Aveiro (ADERAV) apresenta, no Salão Nobre dos
Paços do Município, no dia 6 de Novembro (17h00) o
livro "Albergaria-a-Velha 1910 –
/
211 / da Monarquia à República"
da autoria dos
historiadores Delfim Bismarck Ferreira e Rafael
Marques Vigário.
O dia 5 de Outubro de 1910 na
Vila de Albergaria-a-Velha foi igual a tantos outros. Só no
dia 6,
pelas 11h00 da manhã, foi recebida a notícia da
proclamação da república em Portugal, mas isto por
meio de informações particulares, pois na altura as
comunicações telegráficas e postais eram fracas na
região.
No dia seguinte, chegaram as primeiras notícias
oficiais e pelas 16h15, alguns rapazes içaram uma
bandeira republicana nos Paços do Concelho, atiraram
alguns foguetes e a Philarmonica Albergariense
percorreu as ruas da Vila. Mas será que o povo se
juntou à festa?
Esta obra, que resulta de um estudo profundo
da época e conta com o apoio da Câmara Municipal,
revela dados curiosos sobre como os Albergarienses
viveram a queda da Monarquia e o nascer de uma nova
era, que se esperava mais próspera.
07-07-2010
Aveiro: ADERAV quer vigilantes a defender
património [Diário de Aveiro]
Associação denuncia "saque" de peças com
"significado histórico" e apela ao "reforço da
vigilância de toda a comunidade".
A Associação para o Estudo e Defesa do Património
Natural e Cultural da região de Aveiro (ADERAV) defende a criação de equipas de "vigilantes do
património urbano e natural" para combater o roubo
ou a destruição de bens públicos.
A par com o roubo de azulejos, visto como um
"verdadeiro flagelo nacional', a instituição
presidida por Luís Souto denuncia o "saque
inadmissível de elementos do património urbano
plenos de significado histórico".
É o caso do "desaparecimento" de uma das placas
colocadas junto à estátua de José Estêvão, onde se
destacava uma coroa em bronze com a inscrição "A
José Estêvão Coelho de Magalhães. Agosto. O Grande
Oriente Lusitano Unido. 1889:
Este "roubo" já foi comunicado à Polícia Judiciária,
revelou a ADERAV, que pediu igualmente
"esclarecimentos" à Câmara de Aveiro.
ADERAV sugere criação de corpo de vigilantes do
património urbano.
Aveiro 2010-07-07 [Rádio Terra Nova]
A Associação para o Estudo e Defesa do Património
Natural e Cultural da região de Aveiro sugere a
criação de vigilantes do património urbano
aproveitando a crise de desemprego. Proposta
apresentada na sequência de um pedido de
esclarecimento sobre o "desaparecimento de uma das
placas memoriais junto à estátua de José Estêvão
onde se destacava uma Coroa em bronze com a
inscrição: A José Estêvão Coelho de Magalhães.
Agosto. O Grande Oriente Lusitano Unido. 1889": A ADERAV
diz ter a informação de que se tratou de um
roubo, já reportado à Polícia Judiciária.
Ainda durante o dia de ontem, a ADERAV disse ter
apelado à Câmara de Albergaria-a-Velha para que
cuide dos elementos do antigo palacete da Boa Vista,
um exemplar datado de 1900, a transformar agora em
Biblioteca Municipal. Diz que a opção é positiva mas
pede atenção aos estuques e pinturas de um dos
ex-líbris do concelho. O autarca João Agostinho terá
garantido que "as obras de arte de interesse irão
ser preservadas e as obras acompanhadas por técnicos
especializados com experiência no restauro de obras
dos mesmos autores".
/
212 /
Aveiro: Carrilho da Graça recupera capela em ruínas
na Fonte Nova [Diário de Aveiro, citada no site
arquitectura.pt]
Arquitecto vencedor do Prémio Pessoa 2008 elabora
projecto de reabilitação. Edifício irá albergar
colecção de arte contemporânea.
O arquitecto João Luís Carrilho da Graça, vencedor
da edição de 2008 do prestigiado Prémio Pessoa,
foi convidado pela Câmara Municipal de Aveiro a
elaborar um projecto de recuperação da antiga Capela
de S. Tomás de Aquino, na zona da Fonte Nova, que se
encontra actualmente em ruínas, afirmou o vereador
da cultura da autarquia, Miguel Capão Filipe.
A apresentação do projecto – no qual estão
envolvidas outras personalidades, como Maria da Luz
Nolasco, actual directora-geral do Teatro Aveirense
– decorrerá durante o Congresso Internacional de
História e Património de Aveiro, a 4 e 5 de Junho.
Depois de recuperada, a capela poderá acolher a
colecção de arte contemporânea confiada à Câmara de
Aveiro à luz de um protocolo celebrado com o
Ministério da Cultura.
Luís Souto, presidente da Associação para o Estudo
e Defesa do Património Natural e Cultural da Região
de Aveiro – que organiza o congresso em parceria com
a autarquia –, adverte que o edifício está
"praticamente em ruínas" e olha para a sua
reabilitação como "muito positiva "para a
salvaguarda deste
património arquitectónico local.
Os detalhes do "projecto de instalação de arte
contemporânea em espaço sagrado" apenas serão
revelados durante o congresso, disse Capão Filipe.
Não é a primeira vez que se fala na recuperação da
Capela de S. Tomás de Aquino, localizada junto à
escadaria que une a Fonte Nova ao Bairro do Liceu.
O plano de pormenor do Centro, um documento aprovado
pela Assembleia Municipal de Aveiro em Fevereiro de
2002 e ratificado em Conselho de Ministros em Março
do mesmo ano, já alude à requalificação daquele
antigo templo.
O Congresso Internacional de História e Património,
no Centro Cultural e de Congressos, visa dar
continuidade às Jornadas de História Local
organizadas em anos anteriores, proporcionando um
"espaço de debate sobre temáticas centradas nesta
região ".
Luís Souto, da ADERAV, em entrevista: "O nosso
problema é que os políticos viajam pouco" [Diário de
Aveiro]
Presidente da ADERAV desde 2007, Luís Souto
reconhece que há muito por fazer na defesa do
património local. A criação de uma Sociedade de
Reabilitação Urbana poderia ser uma solução para os
problemas urbanísticos.
Ainda há muito por fazer em Aveiro quanto à
preservação do património?
Há, O mais importante é mantermo-nos vigilantes e
despertarmos as consciências. Durante muitos anos,
na cidade e na região, houve uma ignorância para
estas questões do património; a partir dos anos 1980
houve um despertar; e depois entrámos numa fase de
algum marasmo. Neste momento, uma das
prioridades é voltarmos a colocar na agenda do dia
as preocupações com o património.
A ADERAV tem alguma influência junto do poder
político?
A influência vem da credibilidade que se atinge. A
partir do momento em que a credibilidade da
reconhecida publicamente, não precisamos de andar a
pedir licença aos políticos para intervir e para
sermos ouvidos.
A Avenida Dr. Lourenço Peixinho reentrou
recentemente na agenda política local. O diagnóstico
feito sobre a situarão desta artéria não é bom.
/
213 /
A avenida está a morrer – o comércio está anémico, há
muitos prédios devolutos, as pessoas deixaram de
lá ir... Neste momento justifica-se um SOS público.
E não devemos deixar o futuro da avenida apenas
nas mãos dos proprietários; alguém tem de pensar de
uma forma colectiva em nome dos interesses dos
aveirenses.
Viu com bons olhos a realização, por iniciativa da
Câmara, de um seminário sobre a avenida?
Vejo com muito bons olhos todas as iniciativas.
Infelizmente em Portugal não temos muito o hábito da
participação na discussão pública, somos um povo
rabugento mas que não intervém. Nesse sentido foi
importante que se tivesse desenvolvido esta
discussão, mas não é a primeira vez que se discute a
avenida e
agora é necessária acção. Motivar um fórum de
discussão para ficar bem nos jornais, isso não.
E receia que isso volte a acontecer?
O receio está instalado. Só discutir não pode ser,
queremos que se passe à acção. Muitas vezes põem-se
as
pessoas a falar e depois não se tiram consequências.
É preciso aproveitar os focos de atenção que foram
dirigidos para esta questão no sentido de arrancar
com uma acção, e há coisas pontuais que se podem
fazer sem estar à espera de um plano muito
elaborado.
Como por exemplo?
Na área do espaço urbano há pequenos gestos que se
podem fazer, como transformar o topo da avenida
em área pedonal, o que é perfeitamente viável,
promovendo actividades para começar a trazer
pessoas.
Que tipo de actividades?
Muitas vezes há a Ideia de que a cultura não traz
dinheiro no imediato, mas temos de ter a perspectiva
do longo prazo. Há actividades que a autarquia pode
dinamizar, juntamente com criadores e toda a
gente que trabalha na área cultural e artística.
Existe um eixo com dois pólos, a antiga Capitania e
a
antiga estação – que está subaproveitada, para não
dizer completamente desaproveitada –, e entre estes
dois edifícios pode haver uma programação cultural,
artística e recreativa desde já, não é preciso estar
à
espera de iniciativas megalómanas e muito
dispendiosas. As pessoas vêm atrás e com isso vem a
animação do comércio e do conjunto da avenida.
A avenida está feia. Será com iniciativas como essas
que se consegue atrair gente?
Há dois anos estive em Copenhaga, na Dinamarca, onde
há um bairro do qual as pessoas diriam que
está completamente feio e em pior estado que a
avenida, com um conjunto de prédios que foram sendo
abandonados e muitos deles ocupados por marginais.
Mas houve a inteligência de o transformar num
ponto turístico, porque há qualquer coisa de "sui
generis" que foi surgindo, manifestações culturais e
artísticas... É preciso é imaginação e ousadia da
parte de quem tem responsabilidades ou, se não as
têm,
que dêem azo a quem tenha de poder intervir.
Há uns anos a ADERAV fez um levantamento sobre os edifícios com interesse arquitectónico na
avenida. Esse estudo ainda serve de instrumento de
trabalho?
Em 1997 e 1998 a ADERAV lançou um olhar importante
e um alerta no sentido de começarmos a dar
importância a alguns edifícios da avenida. As
pessoas passavam por certos edifícios sem lhes darem
importância. Apesar das insistentes tentativas de
destruição da Casa Paris, por exemplo, que é uma
marca da avenida e da cidade, instalou-se uma
resistência, e hoje quem tem de decidir decide com
mais
precaução porque sabe que a sociedade está desperta.
Neste momento o que mais preocupa a associação?
Os desafios são muito grandes, há várias situações.
Para este mandato elegemos a questão das igrejas
geminadas de Santo António e São Francisco, que é um
monumento nacional – dos poucos que temos em
Aveiro – e está num estado de desleixo e abandono
gritante. Essa é a nossa prioridade, mas há outras
situações: para além da questão da avenida, há
meia dúzia de casas senhoriais que também são das
/
214 / poucas marcas que temos anteriores aos séculos XIX e
XX e seria da maior importância que fossem
preservadas, mas não me parece que sf/ja esse o
caminho, porque todos os sinais apontam no sentido
contrário. Depois há situações recorrentes, como a
casa que foi da família de Eça de Queirós de que se
fala há mais de dez anos, mas o certo é que a casa
continua só à espera de ir abaixo e com ela a
memória de um espaço muito importante. É um pouco da
nossa história colectiva que vai morrendo. Também
não defendemos a manutenção de fantasmas
arquitectónicos, mas queremos revitalizar os espaços
com respeito pela sua memória. Um óptimo exemplo é a
Escola do Adro que foi reconvertida em
sede da Junta de Freguesia da Vera Cruz quando o
mais fácil era pôr abaixo. Infelizmente a sina deste
país é que não temos o património como prioridade,
mas tenho esperança que haja um tempo em que o
património não seja só um adereço que se coloca nos
programas políticos.
Sente, portanto, desinteresse do Estado perante o
património.
Em relação por exemplo às igrejas geminadas de Santo
António e São Francisco, o Ministério da Cultura
devia interessar-se, mas não se interessa
minimamente. O ano passado, o Presidente da
República fiz uma visita ao distrito sobre as
questões do património, mas não sei porquê não veio
aqui. Faria sentido criar em Aveiro uma Sociedade de
Reabilitação Urbana, como existe no Porto e noutras
cidades do país?
Penso que esse poderia ser um modelo a adoptar, ou
outro que garantisse uma gestão integrada do
problema. Já existem casos de sociedades de
reabilitação urbana em prática, e não precisaríamos
de estar a teorizar e a pensar em como se poderia
fazer. Aliás, acho que os políticos deviam viqiar
muito mais; o nosso problema é que vigiam pouco.
Quando vamos lá fora, refrescamos o nosso olhar e
trazemos novos
contributos. Não temos interesse nenhum que as
pessoas que têm a responsabilidade de nos governar
estejam sempre aqui enfiados. Vão ver o que está
feito no Porto, onde há bairros inteiros em que se
definiu um conjunto de regras de intervenção,
forneceu instrumentos às pessoas como devem intervir
e quais são as balizas de intervenção, ajudou em
termos dos financiamentos... Em Aveiro temos o
privilégio de já haver experiências noutras cidades
– Lisboa, Porto e Coimbra – e agora é uma questão de
ir avaliar como foram feitas essas intervenções e
ver se não as podemos adaptar à nossa cidade.
Quais seriam em Aveiro as áreas de intervenção?
Teriam de ser definidas unidades de intervenção. Uma
delas seria a avenida; outra o bairro da beira-mar,
que é outro ponto crítico da cidade que necessita
também de uma visão integrada. Ninguém pode pensar
em entrar no bairro da beira-mar e começar a
construir à toa. Já chega o que se passou na parte
mais antiga da cidade, que é na Glória, em que quem
olha julga que se trata da parte nova, já que tudo
foi sendo destruído a ponto de hoje estar irreconhecível e perdeu-se a identidade do espaço. A
beira-mar define uma identidade, ainda tem
características próprias, embora já não haja barcos
de pesca ou uma série de actividades que existia,
mas continuamos a sentir o cheiro da Ria. .. E isso
tem de ser mantido mesmo ao nível da construção.
Muitas vezes cometem-se asneiras e atrocidades.
Gostaria muito que a consciencialização para a ideia
do património perpassasse os vários níveis e as
várias pessoas que intervêm.
Concorda com a intervenção que está actualmente em
curso na beira-mar de requalificar as fachadas de
alguns casarios?
Acho muito bem. A cara lavada trouxe um colorido
novo, existe uma renovação que está a trazer uma
alegria importante para o bairro. Certamente vai
trazer mais pessoas, mais turistas... A nossa
preocupação tem a ver com os projectos urbanísticos,
e quem tem de gerir o interesse público tem
responsabilidade de pensar no colectivo, o que
significa travar certos ímpetos e orientar as
pessoas, o que certas vezes não acontece.
/
215 /
A ADERAV celebra 30 anos em 2009, O que será feito
para assinalar a data?
Vai ser um ano de grandes comemorações na cidade,
com os 1050 anos de história documentada de Aveiro,
os 250 anos de elevação a cidade e os 30 anos da
ADERAV Nós propusemos à Câmara um conjunto de
sugestões no sentido de associarmos as nossas
comemorações. Entre elas está por exemplo a
colocação de placas identificativas e descritivas
junto aos pontos principais do património. Por outro
lado, e entre outras actividades, queremos continuar
as jornadas do património de história local que no
próximo ano tudo indica que vai ser sob a forma de
um congresso mais ambicioso.
A ADERAV não se esgota no património edificado, mas
também no natural. Vão estar atentos ao Polis da
Ria?
A Ria de Aveiro tem de ser sempre uma prioridade e
vamos estar com muita atenção. Gostaríamos que quem
vai gerir o programa tivesse sempre presente as
várias vertentes do problema e também esta: para que
as pessoas possam valorizar a riqueza da Ria é
importante que a conheçam. Temos esperança que essa
entidade fomente os mecanismos no sentido de que as
pessoas possam fruir o património natural
percebendo a riqueza e a diversidade, e assim se
potenciam as actividades económicas.
Maria José Santana e Rui Cunha
Da igreja de S. Francisco [Diário de Aveiro, citado
blog Pela Positiva]
Em entrevista ao "Diário de Aveiro" de hoje, Luís
Souto, presidente da ADERAV, afirmou: "Os desafios
são muito grandes, há várias situações. Para este
mandato elegemos a questão das igrejas
geminadas de Santo António e São Francisco, que é um
monumento nacional – dos poucos que temos em Aveiro
–
e está num estado de desleixo e abandono gritante.
Essa é a nossa prioridade, mas há outras situações:
para além da questão da avenida, há meia dúzia de
casas senhoriais que também são das poucas marcas
que temos anteriores aos séculos XIX e XX e seria da
maior importância que fossem preservadas, mas não me
parece que seja esse o caminho, porque todos os
sinais apontam no sentido
contrário. Depois há situações recorrentes, como a
casa que foi da família de Eça de Queirós de que se
fala há mais de dez anos, mas o certo é que a casa
continua só à espera de ir abaixo e com ela a
memória de um espaço muito importante. É um pouco da
nossa história colectiva que vai morrendo,
Também não defendemos a manutenção de fantasmas
arquitectónicos, mas queremos revitalizar os
espaços com respeito pela sua memória. Um óptimo
exemplo é a Escola do Adro que foi reconvertida em
sede da] unta de Freguesia da Vera Cruz quando o
mais fácil era pôr abaixo. Infelizmente a sina deste
país é que não temos o património como prioridade,
mas tenho esperança que haja um tempo em que o
património não seja só um adereço que se coloca nos
programas políticos." |