Conforme prometido no último
número da nossa revista, aqui damos à estampa a
terceira "Patrimónios". No entanto, apesar de todos
os esforços, não foi possível a sua edição no final
de 2002, de acordo com a periodicidade a que nos
tínhamos proposto, já que a dificuldade em encontrar
os apoios financeiros necessários a isso nos
obrigou.
Apesar de todas essas
contrariedades, algumas empresas e instituições
acreditaram na continuidade deste projecto editorial
e apoiaram-no, cooperando, assim, para a
subsistência de relevante interesse regional.
Desta forma, que remos deixar bem
expresso o nosso agradecimento, às entidades que
através do suporte financeiro dispensado
contribuíram para este número da "Patrimónios", e a
todos os autores que connosco colaboraram
graciosamente e que aqui trazem a público os
resultados dos seus mais recentes trabalhos de
investigação.
Os objectivos principais desta
associação que apontam para o estudo e a defesa do
património natural e cultural da região de A veiro,
foram durante o ano transacto de 2002, relembrados e
reafirmados, já que a catástrofe ambiental que
assolou a vizinha Galiza, poderia, não fossem ventos
e marés, ter afectado também os ecossistemas da
nossa rica região. Hoje foram os nossos vizinhos.
Amanhã, poderemos ser nós. Também relativamente ao
património cultural, a forma como tem sido tratado
por alguns proprietários e câmaras municipais, para
além de alguma indiferença manifestada por parte de
outros, faz-nos sentir ainda com mais vontade de
continuar, já que constatamos que no início do
século XXI, o atraso que se vive, comparativamente a
outros estados europeus, em termos de educação
ambiental, patrimonial e cultural, é ainda enorme,
parecendo que, o fosso que nos separa, aumenta
quando deveria diminuir.
A região de Aveiro, possui ao
nível do património natural e cultural uma relevante
riqueza, que urge inventariar, estudar,
potencializar e divulgar, de forma a chegar às
gerações vindouras, possibilitando uma maior e
melhor oferta turística da região. A genuinidade
irá, com certeza, num futuro próximo, ser a mais
valia turística para qualquer região, aliada,
naturalmente, a conceitos de qualidade nas
prestações de serviços, seja qual for a sua
natureza. Com a proximidade de eventos que trarão à
região de Aveiro um maior número de visitantes,
seria bom que as autarquias investissem no seu
património, seja ele qual for, pois será esse o
grande pelo atractivo nos próximos tempos.
As manifestações de congratulação
que continuamos a receber pela continuidade da ADERAV,
e da nossa "Patrimónios", fazem-nos redobrar as
nossas motivações para continuar esta lenta mas
profícua caminhada. Esperamos que, com mais este
contributo para o conhecimento da região de A veiro,
estejamos, também, a contribuir para o seu
engrandecimento.
Delfim Bismarck Ferreira |