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"Patrimónios" – n.º 3, Setembro 2003, Ano XXIV, 2ª série, 160 páginas.


EDITORIAL

Conforme prometido no último número da nossa revista, aqui damos à estampa a terceira "Patrimónios". No entanto, apesar de todos os esforços, não foi possível a sua edição no final de 2002, de acordo com a periodicidade a que nos tínhamos proposto, já que a dificuldade em encontrar os apoios financeiros necessários a isso nos obrigou.

Apesar de todas essas contrariedades, algumas empresas e instituições acreditaram na continuidade deste projecto editorial e apoiaram-no, cooperando, assim, para a subsistência de relevante interesse regional.

Desta forma, que remos deixar bem expresso o nosso agradecimento, às entidades que através do suporte financeiro dispensado contribuíram para este número da "Patrimónios", e a todos os autores que connosco colaboraram graciosamente e que aqui trazem a público os resultados dos seus mais recentes trabalhos de investigação.

Os objectivos principais desta associação que apontam para o estudo e a defesa do património natural e cultural da região de A veiro, foram durante o ano transacto de 2002, relembrados e reafirmados, já que a catástrofe ambiental que assolou a vizinha Galiza, poderia, não fossem ventos e marés, ter afectado também os ecossistemas da nossa rica região. Hoje foram os nossos vizinhos. Amanhã, poderemos ser nós. Também relativamente ao património cultural, a forma como tem sido tratado por alguns proprietários e câmaras municipais, para além de alguma indiferença manifestada por parte de outros, faz-nos sentir ainda com mais vontade de continuar, já que constatamos que no início do século XXI, o atraso que se vive, comparativamente a outros estados europeus, em termos de educação ambiental, patrimonial e cultural, é ainda enorme, parecendo que, o fosso que nos separa, aumenta quando deveria diminuir.

A região de Aveiro, possui ao nível do património natural e cultural uma relevante riqueza, que urge inventariar, estudar, potencializar e divulgar, de forma a chegar às gerações vindouras, possibilitando uma maior e melhor oferta turística da região. A genuinidade irá, com certeza, num futuro próximo, ser a mais valia turística para qualquer região, aliada, naturalmente, a conceitos de qualidade nas prestações de serviços, seja qual for a sua natureza. Com a proximidade de eventos que trarão à região de Aveiro um maior número de visitantes, seria bom que as autarquias investissem no seu património, seja ele qual for, pois será esse o grande pelo atractivo nos próximos tempos.

As manifestações de congratulação que continuamos a receber pela continuidade da ADERAV, e da nossa "Patrimónios", fazem-nos redobrar as nossas motivações para continuar esta lenta mas profícua caminhada. Esperamos que, com mais este contributo para o conhecimento da região de A veiro, estejamos, também, a contribuir para o seu engrandecimento.

Delfim Bismarck Ferreira


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