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                O 
                conceito de Gramática e sua origem. Diferentes tipos de 
                gramática: a gramática tradicional, normativa ou prescritiva; a 
                gramática estrutural; a gramática gerativa ou generativa. O 
                conceito de comunicação. |  |  |  
        Sob a designação Gramática da Comunicação poderemos englobar um 
        vastíssimo campo de conhecimentos que ultrapassa, de longe, tudo quanto 
        se encontra incluído na síntese programática. A nossa reflexão deverá 
        começar desde logo pelos vocábulos presentes no título proposto, ou 
        seja, deveremos começar por ver o que se entende por Gramática e 
        por Comunicação. 
          
        
        GRAMÁTICA 
        Palavra de origem grega (grammatiké), cujo sentido era, 
        originalmente, o mesmo de literatura. Divergindo posteriormente para 
        dois campos diferentes, o vocábulo apresenta actualmente diversos 
        sentidos, ainda que relacionados entre si. 
        Um simples dicionário da língua portuguesa apresenta‑nos as seguintes 
        definições:   
          
        «(Lat. grammatica < gr. grammatiké) – 
        estudo dos factos da linguagem falada e escrita, bem como das leis que a 
        regulam; arte de bem escrever e falar; livro que contém  as regras 
        peculiares a uma língua.» 
          
        Vejamos outras definições de gramática, recorrendo a dicionários 
        especializados de carácter linguístico. 
          
        Diz‑nos o Dicionário de linguística e gramática de 
        J. Mattoso Câmara Jr.[1]: 
        «Estudo de uma língua examinada como "sistema de meios de expressão" 
        (Saussure, 1922, 185). 
        Mais estritamente é o estudo dos morfemas ou morfologia, e dos processos 
        de estruturação do sintagma. Pode‑se acrescentar o estudo dos traços 
        fónicos, e da grafia correspondente, que permitem a apreensão 
        linguística pela distinção acústica dos elementos enunciados, na língua 
        oral, e, na língua escrita, a leitura do texto. Trata, portanto, a 
        gramática: a) dos fonemas e sua combinação; b) dos morfemas e sua 
        estruturação no vocábulo (sintagma lexical); c) dos sintagmas de 
        vocábulos. Daí as suas três partes gerais, respectivamente: a) 
        Fonologia; b) Morfologia; c) Sintaxe. 
        Ao lado desta
        gramática propriamente dita, chamada 
        descritiva[2], 
        porque se propõe fazer a descrição da língua, há a tradicional 
        gramática normativa, apresentação do que 
        estabelece numa língua dada a sua disciplina gramatical; é neste sentido 
        que se diz de alguém que – fala ou escreve sem gramática. 
        Finalmente, nos estudos de diacronia linguística chama‑se
        gramática histórica à apresentação metódica da história 
        interna de uma língua; isto foi feito, pela primeira vez para o 
        português, pelo professor suíço Jules Cornu (Cornu, 1888). Ainda no 
        estudo diacrónico há a gramática comparativa, quando se 
        aplica metodicamente o comparatismo a uma família linguística, restrita 
        ou lata. A língua portuguesa entra na gramática comparativa das línguas 
        românicas (família restrita) e na gramática comparativa das línguas 
        indo‑europeias (família lata).»   
        Se consultarmos o Dictionnaire 
        de Linguistique[3], 
        vamos encontrar diferentes sentidos para gramática. Vejamos o que nos é 
        dito nesta obra: 
        «O termo gramática tem várias acepções de acordo com as 
        teorias linguísticas; podem‑se reter quatro principais. 
        1 ‑ A gramática
        é a descrição completa da língua, isto é, dos princípios de 
        organização da língua. Comporta diferentes partes: uma fonologia (estudo 
        dos fonemas e das suas regras de combinação), uma sintaxe (regras de 
        combinação dos morfemas e dos sintagmas), uma lexicologia (estudo do 
        léxico) e uma semântica (estudo dos sentidos dos morfemas e suas 
        combinações). A gramática é o modelo de competência. 
        2 ‑ A gramática
        é a descrição dos morfemas gramaticais  e lexicais, o estudo das suas 
        formas (flexão) e das suas combinações para formar palavras (formação de 
        palavras) ou frases (sintaxe). Neste caso, a gramática opõe‑se à 
        fonologia (estudo dos fonemas e das suas regras de combinação); 
        confunde‑se com o que se chama também uma morfossintaxe. 
        3 ‑ A gramática
        é a descrição dos morfemas gramaticais (artigos, conjunções, 
        preposições, etc.), excluindo os morfemas lexicais (nomes, adjectivos, 
        verbos, advérbios de modo), e a descrição das regras que regem o 
        funcionamento dos morfemas na frase. A gramática confunde‑se então com a 
        sintaxe e opõe‑se à fonologia e ao léxico; ela comporta o estudo das 
        flexões, mas exclui o estudo da formação das palavras (derivação). 
        4 ‑ Em 
        linguística gerativa, a gramática de uma língua é o modelo da 
        competência ideal que estabelece uma certa relação entre o som 
        (representação fonética) e o sentido (interpretação semântica). A 
        gramática duma língua  L  gera um conjunto de pares  (S, I)  em que  S é 
        a representação fonética de um certo sinal (o Som) e I a interpretação 
        semântica ligada a esse sinal pelas regras da linguagem. A gramática 
        gera um conjunto de descrições estruturais que englobam cada uma uma 
        estrutura profunda, uma estrutura de superfície, uma interpretação 
        semântica da estrutura profunda e uma representação fónica da estrutura 
        de superfície.» 
          
        No final do verbete sobre os conceitos de gramática, a mesma obra manda 
        o leitor consultar o dicionário acerca dos diferentes conceitos: 
        gramática gerativa, gramática contrastiva, gramática de correspondência, 
        gramática descritiva, gramática do emissor, de interpretação de frases, 
        normativa, do receptor, etc.  
        Além destes diferentes tipos de gramática referidos e para os quais a 
        obra consultada nos remete, encontramos ainda outros modelos, tais como 
        a gramática funcional, a gramática estrutural, a gramática valencial 
        e a gramática relacional. 
        De maneira bastante sucinta, vamos ver em que consistem apenas as 
        gramáticas tradicional, estrutural e gerativa. 
          
        Gramática tradicional 
        ou também normativa ou prescritiva, embora o primeiro 
        rótulo seja actualmente o mais utilizado, é um modelo de gramática que 
        propõe ou prescreve regras para um bom uso da língua. Dentro deste 
        rótulo de tradicional podem‑se incluir todas as gramáticas escritas 
        desde há vinte séculos atrás, como a Arte Gramatical de 
        Dionísio de Trácia, até aos nossos dias. São designadas tradicionais 
        porque utilizam os mesmos princípios utilizados na descrição da língua 
        grega e latina e que se mantiveram, com as devidas alterações, nas 
        línguas novi‑latinas. 
        Segundo os modernos linguistas, as gramáticas tradicionais falham em 
        vários aspectos, quer pelo seu carácter nocional e essencialista, quer 
        pela grande multiplicidade de critérios utilizados nas definições, as 
        quais não são mais do que um conglomerado de dados nocionais, formais e 
        funcionais. 
        Além de inconsistentes e confusas, segundo os especialistas, falham por 
        diversos aspectos, de entre os quais se destaca: não têm em conta a 
        língua em uso, impondo uma norma que é geralmente a dos escritores do 
        século passado; não têm em conta o código oral; dão predominância à 
        morfologia, negligenciando a sintaxe; apresentam definições, regras e 
        explicações de carácter lógico‑semântico pouco explícitas ou mesmo pouco 
        aceitáveis; etc.  Embora sejam consideradas pouco satisfatórias por 
        estas e outras razões invocadas, a verdade é que constituem ainda, 
        segundo pensamos, um valioso auxílio e um ponto de partida para quem 
        pretenda aprofundar os conhecimentos linguísticos. 
        Por gramática estrutural 
        entende‑se uma nova concepção de encarar os problemas linguísticos. O 
        vocábulo estrutural aplica‑se não só à gramática, mas à linguística em 
        geral, englobando diversas correntes. As gramáticas estruturais 
        constituem uma etapa evolutiva entre as gramáticas tradicionais e a 
        gramática gerativa. 
        Há uma grande variedade de gramáticas estruturais; no entanto, todos os 
        estruturalistas têm como característica comum considerarem que a 
        linguagem deverá ser estudada por si própria com métodos especificamente 
        elaborados. 
        A designação de estrutural provém de estrutura que, no domínio 
        linguístico, designa um conjunto constituído por elementos que mantêm 
        relações entre si. Os estruturalistas consideram unicamente as 
        combinações sintácticas dos vários elementos constituintes das frases, 
        tendo em conta apenas as relações formais. Consideram a frase como o 
        conjunto passível de estudo, constituído por elementos cujas relações 
        procuram definir. Assim sendo, consideram dois tipos de relações: 
        paradigmáticas ou formais e sintagmáticas ou funcionais. 
        Dentro do estruturalismo, deverá referir‑se o estruturalismo 
        distribucionista, 
        corrente linguística norte‑americana representada por Bloomfield e 
        Harris, que procura definir as categorias gramaticais a partir dos tipos 
        de distribuição dos diferentes elementos que constituem a frase. 
        Para chegarem às diferentes categorias gramaticais, os estruturalistas 
        vão subdividindo as frases nos seus constituintes imediatos, até 
        chegarem às unidades mínimas, procurando depois estabelecer as relações 
        entre eles. Daqui resulta a obtenção de esquemas fáceis de visualizar em 
        forma de árvores, o que tem a vantagem de permitir uma fácil 
        compreensão. Todavia, quando se trata de frases mais complexas, geram‑se 
        problemas de difícil solução. 
        A gramática gerativa ou 
        generativa surgiu a partir de 1957 com a publicação da obra de 
        CHOMSKY, Syntactic Structures, [CHOMSKY, Noam‑, Structures 
        Syntaxiques, Paris, Éditions du Seuil, 1969], que resulta de uma 
        simbiose entre a gramática tradicional e a estrutural. 
        Segundo Chomsky, todos os sujeitos falantes têm a capacidade de produzir 
        frases originais, não sendo de maneira nenhuma meros repetidores de 
        frases ouvidas e memorizadas. Daí que o importante será descobrir os 
        mecanismos que permitem essa criatividade do falante. 
        Chomsky tem em conta duas teorias que pretendem explicar a enorme 
        riqueza linguística de todos os sujeitos falantes: a teoria mecanicista 
        ou materialista e a teoria mentalista  ou inatista.  
        A teoria mecanicista ou 
        materialista considera que a variedade da conduta humana se deve ao 
        facto do corpo humano constituir um sistema completo dotado de plenas 
        capacidades. A teoria mentalista ou inatista considera que 
        a variabilidade da conduta humana se deve à intervenção de um factor não 
        físico, existente em todo o ser humano desde o seu nascimento, fazendo 
        com que as respostas de um indivíduo sejam imprevisíveis. 
        Chomsky opta pela segunda teoria, considerando, portanto, que toda a 
        actividade linguística não se limita à reprodução de frases ouvidas e 
        armazenadas pela memória, mas a todo um conjunto de aptidões inatas 
        complexas, que predispõem o indivíduo para a aquisição da linguagem e 
        descoberta das regras que a regulam, tornando‑o, não um mero repetidor, 
        mas um ser dotado de criatividade. 
        A gramática gerativa apresenta um conjunto de princípios de entre os 
        quais se destacam:  
        1º ‑ o da competência 
        linguística do falante ‑ todo o sujeito falante possui um conjunto 
        de saberes que lhe permitem produzir e entender frases nunca antes 
        emitidas; 
        2º ‑ o da capacidade 
        de ele estabelecer três tipos de juízos acerca das frases emitidas: 
        a)- juízos de gramaticalidade ‑ permite saber se uma frase pertence ou 
        não à língua;  b)-juízos de sinonímia ‑ determina se duas ou mais frases 
        podem ter a mesma interpretação; c)- juízos de ambiguidade ‑ determinam 
        se a uma frase correspondem duas ou mais interpretações. 
        Além destes três tipos de gramáticas referidos, existem ainda outros 
        modelos, tais como a gramática funcional, a valencial e a relacional. 
        Para informação sobre as mesmas e também para um maior desenvolvimento 
        das informações aqui apresentadas, aconselha‑se a consulta de um 
        dicionário de linguística ou a leitura do capítulo V do trabalho de 
        Maria Ângela Resende, A Gramática e a aula de Português (Reflexões e 
        proposta de um modelo gramatical adequado), 1ª edição, Lisboa, 
        Plátano Editora, 1987, páginas 53‑73. 
        Da análise dos diferentes textos sobre o conceito de 
        gramática, para além de diferentes terminologias para conceitos afins ‑ 
        é o caso da noção de morfema, cujo conceito apresenta pequenas 
        divergências de escola para escola[4] 
        ‑, poderemos verificar que existem diferentes tipos de gramática e, como 
        tal, diferentes perspectivas para o seu estudo. Façamos um balanço dos 
        diferentes tipos referenciados: 
          
            | 
            gramática | /|
 |
 |
 |
 | | <|
 |
 |
 |
 |
 |
 \
 | 
            
            descritiva 
            
            tradicional ou normativa 
            
            histórica 
            
            comparativa 
            
            estrutural 
            
            gerativa ou generativa 
            
            contrastiva 
            
            funcional 
            
            valencial 
            
            relacional 
            de 
            correspondência 
            do 
            emissor e do receptor 
            de 
            interpretação de frases |  
        Qualquer um destes tipos de gramática tem como objectivo um melhor 
        conhecimento de todas as regras ou princípios que regem uma determinada 
        língua, nas suas diversas perspectivas, permitindo ao sujeito falante 
        uma tomada de consciência da actividade que realiza e permitindo‑lhe uma 
        melhor comunicação com os seus semelhantes. Em suma, todas visam uma 
        maior competência do sujeito falante no domínio da comunicação. E, assim 
        sendo, teremos de formular toda uma série de questões a que teremos de 
        responder: o que se entende por comunicação?  Como é que esta se 
        processa?  Limitar‑se‑á apenas aos seres humanos?  Caso contrário, em 
        que se distinguirá a linguagem humana da linguagem animal?  Que tipos de 
        factores entrarão em jogo no acto da comunicação?  Que funções lhes 
        serão inerentes?  Qual o resultado dos actos de comunicação?  Que tipos 
        de textos poderemos encontrar?  Como e quando surgiu o instrumento de 
        comunicação que hoje utilizamos, ao qual damos o nome de Português, e 
        que permite que toda uma vasta comunidade, espalhada por vários 
        continentes, possa comunicar entre si?  Que tipos de textos poderemos 
        produzir durante os nossos actos de comunicação?  Haverá regras ou 
        técnicas que permitam melhorar a nossa capacidade de comunicar e que 
        permitam também enriquecer e tornar mais expressivos os textos criados 
        por nós? 
        Temos, em conclusão, toda uma série de questões, todas elas pertinentes, 
        que irão constituir a matéria dos capítulos seguintes e que nos 
        permitirão uma melhor consciencialização e aumento da nossa competência 
        comunicativa. 
                       
        
        
        COMUNICAÇÃO 
        Em 
        vez de recorrermos a um dicionário da língua para a definição deste 
        vocábulo, será preferível iniciarmos a nossa reflexão começando por 
        encontrar palavras da mesma família. Na origem de comunicação 
        encontramos o vocábulo comum.  Para indicarmos o acto de tornar 
        comum, temos o verbo comunicar. E temos comunicado para 
        indicar aquilo que se comunica; comunidade para indicarmos a área 
        onde a comunicação se processa: 
        comum  ‑ 
        comunicar ‑ comunicação ‑ comunicado ‑ comunidade 
        Comunicação é, pois, a 
        actividade que consiste em tornar comum uma ideia, um desejo,  uma 
        informação, uma ordem. Esta actividade implica, por isso, a existência 
        de mais do que um indivíduo: aquele que comunica e aquele ou aqueles a 
        quem é transmitido o comunicado.   
        Mas, para que a comunicação possa processar‑se, é necessário um conjunto 
        de factores diversos, que não se limita à simples existência de dois 
        sujeitos comunicantes. Significa isto que o fenómeno da comunicação é 
        uma actividade bastante complexa, cujos mecanismos frequentemente nos 
        escapam, apesar de, a todo o momento, estarmos a realizar actos de 
        comunicação.  
        Antes, porém, de começarmos a enriquecer os nossos conhecimentos e de 
        passarmos a adquirir uma maior consciência de uma actividade tão 
        frequente e tão indispensável para todos nós, vejamos que informações 
        nos são fornecidas por outros estudiosos deste assunto. 
          
        Comunicação, segundo J. 
        Mattoso Câmara, op. cit., pág. 77, é o «intercâmbio mental entre os 
        homens feito por meio da linguagem [o destaque é nosso] ou 
        da mímica. A TEORIA DA COMUNICAÇÃO a estuda em todos os 
        seus aspectos, que são muito complexos no mundo moderno (cfr. telefone, 
        telégrafo, rádio, fala ao microfone, etc.).  Essa teoria, que é um ramo 
        da Engenharia, desenvolveu certos conceitos, que são aproveitados em 
        linguística, como  ‑  mensagem, código, redundância,  
        encodização, decodização (sic), ruído.» 
        Se recorrermos ao Dictionnaire de Linguistique, verificamos que 
        os dados fornecidos sobre comunicação já não apresentam a 
        condensação informativa encontrada na citação anterior;  encontramos, 
        pelo contrário, quatro páginas relativamente desenvolvidas sobre o 
        assunto, que não iremos transcrever. Limitar‑nos‑emos a umas breves 
        citações, já que todo o assunto terá de ser por nós analisado de maneira 
        pormenorizada. Diz‑nos este dicionário (pp. 96‑97)  que a comunicação é 
        um intercâmbio «verbal entre um sujeito falante, que produz um 
        enunciado destinado a um outro sujeito falante, e um interlocutor de 
        quem solicita a escuta e/ou uma resposta explícita ou implícita.» E, 
        no plano psicolinguístico, é «o processo durante o qual a 
        significação que um locutor associa aos sons é a mesma que o auditor 
        associa a esses mesmos sons.»  Após esta breve definição de 
        comunicação, o mesmo dicionário desenvolve alguns aspectos ligados à 
        mesma, tais como a situação de comunicação, o estatuto da comunicação, 
        etc. 
        Feita esta primeira abordagem do conceito de comunicação[5], 
        estamos já sensibilizados para a complexidade e, sobretudo, para a 
        importância de conhecermos, com uma certa profundidade, toda a série de 
        conceitos fundamentais relacionados com o fenómeno da comunicação.  No 
        entanto, na vida prática, no nosso dia‑a‑dia, para podermos comunicar 
        com eficácia,  é‑nos indispensável, não apenas o conhecimento teórico, 
        mas igualmente a aquisição de técnicas de trabalho que nos permitam o 
        acesso aos conhecimentos, tais como: saber onde adquirir as informações 
        e conhecimentos que nos são indispensáveis, ou seja, saber informar‑se, 
        adquirir algumas técnicas simples para arquivo da informação, utilizar 
        adequadamente os meios auxiliares que nos permitem uma utilização 
        correcta da nossa língua (dicionários, prontuários ortográficos, 
        gramáticas, etc.), saber ouvir, ler e tomar notas adequadamente, 
        aprender a descobrir num texto a estrutura de desenvolvimento seguida 
        pelo seu autor, aprender a distinguir o fundamental do acessório, 
        reduzindo‑o às suas ideias‑chave, ou seja, aprender a resumir ou 
        condensar as informações contidas nos textos, conhecer o conjunto de 
        regras ortográficas vigentes na língua em que nos expressamos, etc. 
          
        
        
        Sugestão de trabalho 1 
        
        Após a leitura de todo o primeiro capítulo, controle a sua aquisição de 
        conhecimentos procurando responder às seguintes perguntas: 
        1 ‑Qual 
        a origem e o sentido original do vocábulo  «gramática»? 
        2 ‑Quais 
        os sentidos referentes ao vocábulo «gramática» segundo o Dictionnaire 
        de Linguistique? 
        3 ‑O que 
        entende por gramática tradicional? 
        4 ‑Quais 
        os outros nomes dados à gramática tradicional? 
        5 ‑Quais 
        as críticas feitas à gramática tradicional? 
        6 ‑O que 
        entende por gramática estrutural? 
        7 
        ‑Quando surgiu e quem criou a chamada gramática gerativa ou generativa? 
        8 ‑Quais 
        as teorias tidas em conta  por Chomsky ? 
        9 
        ‑Defina cada uma das duas teorias anteriores. 
        10 
        ‑Quais os dois grandes princípios em que se baseia a gramática gerativa? 
        11 
        ‑Refira outros tipos de gramáticas. 
        12 
        ‑Escreva todas as palavras da família de «comunicação» que conhece e indique o sentido de cada uma. 
        13 ‑Dê 
        uma definição de «comunicação».
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