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"Patrimónios" – n.º 5, Julho 2005, Ano XXVI, 2ª série, 158 páginas.


EDITORIAL

Lançar mais um número da "Patrimónios" constitui, para além de uma certa coragem, um acto de ambição que, número após número, tem recebido com expectativa da comunidade científica e do "mercado" natural, as suas críticas, os seus conselhos e os seus incentivos. Assim, dando continuidade ao esforço empreendido, surgiu o presente volume concluindo as comemorações do 25º aniversário da ADERAV.

Uma vez mais, obtivemos o imprescindível apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, através da Fundação para a Ciência e para a Tecnologia, sem o qual teria sido praticamente impossível concretizar este nosso desejo.

A Região de Aveiro, reúne uma diversidade de património cultural e natural, tanto tangível como intangível, com uma riqueza de ambientes históricos e paisagísticos que se estendem desde a Ria de A veiro e do litoral atlântico até às zonas mais serranas do distrito, oferecendo uma multiplicidade de ofertas que, em nosso entender, se encontram manifestamente subaproveitadas. Essa multiplicidade extremamente rica, vai desde o património arqueológico de épocas pré-históricas, romanas, medievais e industriais, ao património artístico, arquitectónico, religioso, etnográfico, náutico e gastronómico, entre outros, passando pelo múltiplo património natural inerente a uma geografia tão díspar como a da nossa região.

Todo este incrível património deveria estar ao alcance de todos, contribuindo, de forma elementar, para a fruição, para o bem estar e para o desenvolvimento não apenas da sociedade nas suas múltiplas vertentes como também ao serviço do desenvolvimento económico, devido às suas potencialidades turísticas. Em vez disso, assistimos à sua consecutiva e gradual descaracterização e destruição, e a uma ausência quase total ao seu acarinhamento, como que se de um entrave ao desenvolvimento e ao progresso se tratasse.

E do património natural? Depois de um inverno extremamente seco como aquele que tivemos, vamos ver como "sobrevive" este património ao verão que se avizinha. Quantos serão os hectares ardidos, as espécies mortas e quais os prejuízos sociais, ambientais e económicos?

Tentando dar o nosso modesto contributo para o combate a esses flagelos, vimos, uma vez mais, dar à estampa uma publicação que apresenta uma maior diversidade e equilíbrio entre as vertentes relacionadas com o Património Natural e o Património Cultural e que conta, uma vez mais, com um leque de especialistas nas temáticas versadas.

Dos autores que nos honraram com a sua participação neste número da "Patrimónios" não há que nomeá-los e valorizá-los aqui. Veja o leitor o sumário, que os nomes falam por si. E leia, se a isso se dispuser, os textos que aqui ficam como prova de mais um contributo que quisemos prestar à nossa região.

Delfim Bismarck Ferreira


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