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Calendário Histórico de Aveiro
— Séc. XIX —

 

1830-07-02 — Gabriel Lopes de Morais Mariz Picado de Figueiredo Leão Balacó, administrador de um antigo vínculo instituído numa capela da igreja matriz de S. Miguel, foi nomeado capitão-mor das Ordenanças de Aveiro, sendo o último que exerceu este cargo (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pg. 525) – A.

1830-08-15 — Realizados alguns trabalhos de beneficiação e de adaptação na igreja do extinto Recolhimento de S. Bernardino, para aí foi transferida a cadeira episcopal, que deixou a igreja da Misericórdia (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 121; João Gonçalves Gaspar, A Diocese de Aveiro – Subsídios para a sua História, pg. 125) – J.

1830-10-23 — Nasceu o ilustre aveirense Bernardo Xavier de Magalhães, filho do Dr. Luís Rodrigues de Melo, cirurgião-mor do Regimento de Milícias de Aveiro, e de D. Maria Clementina Xavier de Magalhães. Professor liceal, bom escritor e bom poeta, tornou-se muito notável pela sua vida aventurosa (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro dos Baptismos da freguesia de S. Miguel, n.º 12, fl. 328v) – A.

1831-05-26 — Nasceu em Aveiro Joaquim da Silva Melo Guimarães, ilustre escritor de cuja obra literária se salienta o volume Instituições de Previdência, fundadas no Rio de Janeiro – Apontamentos e dados estatísticos (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, II, fls. 42-44) – J.

1831-11-26 — Nasceu em Eixo o Dr. Manuel Gonçalves de Figueiredo, filho do Capitão Sebastião Gonçalves de Figueiredo Lima e de D. Liberata Ludovina da Rosa Vidal, médico dedicado que, de 1863 a 1895, também desempenhou o cargo de reitor do Liceu de Aveiro (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos da freguesia de Eixo) – J.

1832-07-08 — José Estêvão Coelho de Magalhães, cabo do corpo de artilheiros académicos, desembarcou em Pampelido com o exército liberal (José Estêvão, Discursos Parlamentares, pg. 374) – A.

1832-07-13 — Professou no Convento das Carmelitas, de Aveiro, D. Ana Rita do Espírito Santo, natural de Vila do Conde. Esta foi a última profissão religiosa aí realizada (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, V, fl. 291) – A.

1832-09-30 — A guarnição da cidade de Aveiro – constituída pelas Ordenanças, cujo capitão-mor era Gabriel Lopes de Morais Mariz Picado de Figueiredo Leão Balacó – auxiliada por tropas regulares, repeliu, valorosamente, junto ao forte da barra, uma tentativa de desembarque de forças constitucionais, de que faziam parte seiscentos homens do Batalhão de Caçadores n.º 2, que, vindos do Porto, navegavam no vapor «London Merchant» (Gazeta de Lisboa, 17-10-1832; Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 525-526) – A.

1832-10-01 — Durante este mês, iniciou a sua actividade o Colégio Nacional de Aveiro, para o sexo masculino, cuja iniciativa se ficou a dever a um grupo de pessoas interessadas na formação da juventude (Correio do Vouga, 22-10-1932) – J.

1832-10-09 — Nasceu o ilustre aveirense José da Silva Melo Guimarães, que em 1845 saiu para o Brasil com os seus irmãos Joaquim e Manuel, dedicando-se ao comércio e granjeando meios de fortuna. Colaborou assiduamente nos jornais de Porto Alegre e a ele e àqueles seus irmãos deve o «Dicionário Bibliográfico Português», de Inocêncio Francisco da Silva, continuado por Brito Aranha, «o melhor quinhão das notas relativas aos livros e escritores brasileiros» (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos de S. Miguel, n.º 13, fl. 338v) – A.

1832-11-23 — Nasceu na Oliveirinha do Vouga – então povoação da freguesia e concelho de Eixo – o Conselheiro Francisco de Castro Matoso da Silva Corte-Real que, formado em Direito, seguiu a magistratura judicial; militou no Partido Progressista, foi deputado por Aveiro e par do Reino. Era irmão do estadista José Luciano de Castro e, pela sua dignidade e distinção, bonomia e magnanimidade, desfrutou do respeito e simpatia dos seus patrícios (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos da freguesia de Eixo, fl. 35; Arquivo, XXXIV, pg. 30 e XL, pg. 82) – J.

1832-12-17 — Na luta contra as forças constitucionais distinguiu-se o Regimento de Milícias de Aveiro, postado em Vila Nova de Gaia, obrigando aquelas a retirar com notáveis perdas (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pg. 599) – J.

1833-02-06 — Deflagrou em Aveiro uma doença epidémica alarmante, o «cholera-morbus», que atacou inúmeras pessoas e causou bastantes vítimas, tanto na cidade como nas povoações vizinhas, e que durou por alguns meses (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 63) – A.

1833-02-20 — Em Aveiro, na freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, nasceu o insigne escritor, jornalista e professor Augusto Pereira Soromenho, filho de Manuel Álvares Lima e de D. Maria José Pereira Soromenho, naturais de Valença do Minho então residentes naquela freguesia aveirense; seria baptizado na respectiva igreja paroquial no dia 2 de Março seguinte, pelo Padre Manuel Rodrigues Tavares de Araújo Taborda (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, Aveiro, anos de 1819-1859, fl. 116v; Rangel de Quadros, em Aveirenses Notáveis, I fl. 87, erra a data do nascimento) – J.

1833-04-04 — José Estêvão Coelho de Magalhães passou ao Exército de linha, por proposta do seu comandante, sendo nomeado segundo­tenente de Artilharia (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 157) – A.

1833-06-23 — Em consistório deste dia, foi confirmado pela Santa Sé como bispo de Lamego D. Frei José da Assunção, religioso franciscano natural de Nariz (Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Tomo IV, Parte IV, pgs. 195-196) – J.

1833-07-25 — José Estêvão Coelho de Magalhães, que já em 9 de Abril entrara na tomada do reduto do Covelo, distinguiu-se novamente na defesa da «Flecha dos Mortos», sendo por isso promovido a oficial da Torre e Espada (Marques Gomes, Aveiro – Berço da Liberdade, pg.145) – A.

1833-08-29 — Faleceu o aveirense João Marques Saraiva de Figueiredo, famoso ourives e capitão de Ordenanças (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 239) – J.

1834-03-29 — Foi criada legalmente em Aveiro a «Guarda Nacional», cuja banda, formada daí a pouco, pode considerar-se como o início da «Filarmónica de Aveiro» que, em 1856, passou a denominar-se «Banda Amizade» (Arquivo, VII, pgs. 100-103) – J.

1834-04-07 — Nasceu em Aveiro Manuel de Melo – ou Manuel da Silva Melo Guimarães – filólogo de extraordinário merecimento, autor das obras Da Glótica em Portugal – 1873-1889 e Notas Lexicológicas – 1880 (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, II, fl. 39) – A.

1834-05-12 — Nos Paços do Concelho, D. Maria II foi solenemente aclamada como rainha de Portugal, tendo-se jurado obediência e fidelidade àquela augusta Senhora e à Carta Constitucional, de tudo se lavrando um curioso auto (Arquivo, XIII, pgs. 185 e ss.) – A.

1834-05-14 — Nasceu o ilustre aveirense José Eduardo de Almeida Vilhena, escritor e jornalista de muito apreciáveis qualidades (E. Pereira e G. Rodrigues, Portugal-Diccionario, VII, pg. 480) – A.

1834-05-26 — Realizou-se na Câmara Municipal de Aradas o seu último acto solene, antes da extinção do concelho e da sua incorporação no de Aveiro: a aclamação da Rainha D. Maria II (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 104) – J.

1834-05-28 — Pelo decreto do ministro e secretário de Estado dos Negó­cios Eclesiásticos e da Justiça, Joaquim António de Aguiar, foram extintos em Portugal e nos seus domínios todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e quaisquer casas de religiosos de todas as Ordens Religiosas, sendo incorporados os seus bens nos Próprios da Fazenda Nacional. Em Aveiro foram suprimidos os três conventos de religiosos que então existiam: – o dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, o franciscano de Santo António e o do Carmo. Os conventos das religiosas, por decreto anterior, não podiam admitir novas candidatas e fechariam à morte da última religiosa (Chronica Constitucional de Lisboa, 31-5-1834; Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Tomo IV, Parte I, pgs. 376-377, n.º 1) – J.

1834-06-21 — Foi passada provisão de delegado do físico-mor do Reino na Comarca de Aveiro ao Dr. Lourenço José de Morais Calado (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Maria II, livro 2, fl. 57v) – A.

1834-06-24 — Por força do decreto da extinção das Ordens e Congregações Religiosas em Portugal, deixaram o Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia, até esta data, todos os religiosos que o habitavam; apenas ficaram, durante alguns dias, dois clérigos e um leigo, para ajudarem a fazer o inventário dos móveis (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 115) – J.

1834-07-10 — Foi passada carta de director da Alfândega de Aveiro a Custódio José Duarte Silva (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Maria II, livro 6, fl. 61) – A.

1834-11-22 — Data convencional em que, para efeito da comemoração anual – por ser o dia litúrgico da celeste padroeira dos músicos, Santa Cecília – se fixou o início da actividade da «Banda Amizade», também conhecida por «Música Velha» (Vd. 29-3-1834) – J.

1834-12-14 — Nasceu no antigo solar da Oliveirinha do Vouga – ao tempo da Freguesia e concelho de Eixo – o Conselheiro José Luciano de Castro Pereira Corte-Real, eminente homem público dos últimos tempos da Monarquia (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Baptismos da freguesia de Eixo, 1834, fl. 371; Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 177; Arquivo, XXXIV, pg. 30) – A.

1835-03-01 — Na igreja matriz de S. Miguel, de Aveiro, realizou-se o último casamento, que foi o de Domingos Simões Peixinho com Rosa Angélica (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 104) – J.

1835-05-19 — Nas Quintãs, lugar da actual freguesia da Oliveirinha do Vouga, mas então da de Eixo, no local da Praça da Palha, foram cruelmente assassinados o capitão de Ordenanças Manuel António Freire Craveiro e seus cinco filhos, pela força ida de Aveiro para os prender. O infeliz militara nas fileiras miguelistas e fora denunciado por Bento Fragoso, seu compadre, a cuja casa se acolhera (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 178) – J.

1835-07-25 — O Governo de Sua Majestade nomeou José Joaquim Lopes de Lima, oficial da Marinha, como primeiro governador civil do Distrito de Aveiro (Arquivo, XXXV, pg. 53; Marques Gomes, em Monumentos – Retratos – Paysagens, cols. 111 e 115, indica outras datas, sem fundamento) – J.

1835-08-13 — Na igreja de S. Miguel, de Aveiro, fez-se o último enterramento, que foi o do cadáver do Capitão João Dionísio, da freguesia da Vera-Cruz (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 104) – J.

1835-09-14 — O capitão-de-mar-e-guerra, José Joaquim Lopes de Lima, tomou posse do cargo de primeiro governador civil do Distrito de Aveiro – funções que desempenhou até 15 de Dezembro do mesmo ano (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 111) – J.

1835-09-16 — Ao entrar no exercício da administração do Distrito de Aveiro, o primeiro governador civil, José Joaquim Lopes de Lima, dirigiu nesta data aos aveirenses uma proclamação – que foi impressa – em que declarava o seu programa à frente dos destinos do mesmo Distrito (Arquivo, III, pg. 234, e XXXV, pgs. 53-54) – J.

1835-09-25 — Começou a funcionar o Governo Civil de Aveiro, sendo primeiro magistrado do Distrito José Joaquim Lopes de Lima, mais tarde Governador da Índia (Arquivo, VIII, pg. 283) – A.

1835-09-26 — Na igreja de S. Miguel realizou-se o último baptizado, que foi de Maria do Rosário, filha de António Pereira da Cunha e de D. Emília Rosa Cândida (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 104) – J.

1835-10-03 — Na igreja do Espírito Santo fez-se o último casamento, que foi o de António João de Sousa, da freguesia de S. Miguel, com D. Joana Máxima de Melo, da vila de Águeda (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 195) – J.

1835-10-05 — Na igreja do Espírito Santo fez-se o último baptizado (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 195) – J.

1835-10-08 — Faleceu o ilustre aveirense Padre António dos Santos Regala, músico famoso e compositor de grande merecimento; é bastante conhecida e muito apreciada a música de um «Stabat Mater» da sua autoria (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de Óbitos da Freguesia da Vera-Cruz, n.º 32, fl. 124v, assento n.º 5; Rangel de Quadros, em Aveirenses Notáveis, I, Manuscrito, fl. 40, equivocou-se na data) – J. 15-10-1960) – J.

1835-10-11 — Por um alvará de José Joaquim Lopes de Lima, primeiro governador civil do Distrito de Aveiro, foram reduzidas a duas as quatro freguesias da cidade: a da Vera-Cruz, compreendendo o território desta e o de Nossa Senhora da Apresentação, e a de Nossa Senhora da Glória, compreendendo a área das extintas freguesias de S. Miguel e do Espírito Santo. O mesmo alvará ordenou a demolição das igrejas de S. Miguel e do Espírito Santo (Marques Gomes, Memórias de Aveiro, pg. 126; Pinho Leal, Portugal Antigo e Moderno, vol. I, pg. 263; Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 157) – A.

1835-10-13 — Por uma portaria desta data, o bispo de Aveiro, D. Manuel Pacheco de Resende, conformou-se com a redução das freguesias da cidade, imposta pelo alvará do governador civil do Distrito, de 11 do corrente mês de Outubro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 103; Pinho Leal, Portugal Antigo e Moderno, vol. I, pg. 263) – A.

1835-10-13 — Fez-se o último enterramento na igreja do Espírito Santo; foi o do cadáver de Manuel, de dois anos de idade, filho de António de Sousa, morador na Rua das Olarias (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 78) – J.

1835-10-18 — Foram conduzidos processionalmente para a igreja do extinto Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia – sede da nova freguesia de Nossa Senhora da Glória – as principais imagens da antiquíssima matriz de S. Miguel. Antes da procissão, um orador sagrado procurou convencer o povo de que devia conformar-se com as determinações das autoridades, sendo frequentemente interrompido com choros e alaridos (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, fl. 104) – A.

1835-10-19 — Começou a demolição da antiquíssima igreja matriz de S. Miguel, que uns dizem ser coeva da fundação da nacionalidade portuguesa e outros pretendem que era anterior a esta. Sendo difícil encontrar em Aveiro operários que procedessem aos trabalhos da demolição, utilizaram-se para isso os presos que se encontravam no forte da Barra (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 105) – A.

1835-11-12 — Na igreja paroquial da nova freguesia de Nossa Senhora da Glória, realizou-se o primeiro baptizado (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 193) – J.

1835-11-22 — Na igreja paroquial de Nossa Senhora da Glória fez-se o primeiro casamento, que foi o de Tomás Gasparinho com Maria Teresa Tomás Gasparinho; o contraente foi um dos mais notáveis sapateiros do seu tempo (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 193) – J.

1835-11-30 — Faleceu o egrégio aveirense Padre Dr. Jerónimo Saraiva de Figueiredo, cónego prebendado e mestre-escola da Sé de Coimbra, que foi um orador insigne e um músico famoso (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fl. 236, em apontamento manuscrito do autor) – A.

1835-12-12 — Fez-se o primeiro enterramento no cemitério público de Aveiro, apesar de ainda não estar benzido e mesmo mal preparado; procedeu-se à sepultura do cadáver de Francisco de Almeida, carpinteiro que fora morador na Rua do Espírito Santo – actual Rua de Eça de Queirós. Antes da inumação, o povo amotinou-se e, atendendo à vontade da família do defunto, chegou a abrir sepulturas em duas igrejas... mas a autoridade impôs-se (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 309; Arquivo, IX, pgs. 326 e 327) – J.

1835-12-22 — Em portaria desta data, o ministro do Reino, Luís da Silva Mousinho de Albuquerque, censurou asperamente «a obra vandálica da destruição da igreja de S. Miguel», de Aveiro (Campeão das Províncias, 6-5-1905) – A.

1836-01-14 — Nasceu o ilustre aveirense João da Silva Melo Guimarães, que teve o título de visconde da Silva Melo e prestou relevantes serviços como provedor da Santa Casa da Misericórdia (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 105) – A.

1836-01-31 — Foi desafecta do culto a igreja do Espírito Santo, que se erguia no sítio das «Cinco-Bicas» ou largo de Luís de Camões; o templo seria demolido mais tarde (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I. fl. 196) – J.

1836-02-09 — O Estado ordenou que o edifício e as propriedades do extinto Recolhimento de S. Bernardino, das religiosas franciscanas capuchas, excepto a igreja (que era a sé), passassem para a administração e posse da Direcção dos Próprios Nacionais (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, VI, fl. 116) – J.

1836-02-25 — Nasceu o insigne e desafortunado aveirense Agostinho Duarte Pinheiro e Silva, escritor, dramaturgo e jornalista, fundador e presidente da Associação Aveirense de Socorros Mútuos das Classes Laboriosas, provedor da Santa Casa da Misericórdia, procurador à Junta Geral, conselheiro do Distrito e presidente da Câmara Municipal (Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, I, fls. 177-184) – A.

1836-03-07 — O bispo de Aveiro, D. Manuel Pacheco de Resende, man­dou passar uma provisão para dar efeitos canónicos à determinação de 13 de Outubro de 1835 sobre a redução das freguesias da cidade de Aveiro, ficando como párocos da Glória e da Vera-Cruz, respectivamente, os Padres António Dias Ladeira de Castro e Manuel Rodrigues Tavares de Araújo Taborda (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fls. 157-158) – J.

1836-03-11 — Nasceu em Lisboa D. Maria Inês Champalimaud Duff, filha de Roberto Aleixo Duff e de sua esposa D. Ana Umbelina Champalimaud de Sousa Lixa e Castro, que, tendo professado na Congregação das Irmãs Terceiras Dominicanas de Santa Catarina de Sena, viria a ser a directora do Colégio de Santa Joana Princesa, em Aveiro, desde 1884 até 1909 (Domingos Maurício Gomes dos Santos, O Mosteiro de Jesus de Aveiro, I, pg. 485) – J.

1836-06-08 — D. Manuel Pacheco de Resende, terceiro bispo de Aveiro, foi nomeado pela Rainha D. Maria II como arcebispo de Braga, dignidade para a qual já não obteve confirmação pontifícia, porque algum tempo depois viria a falecer (Diário do Governo, n.º 140, 15-6-1836) – J.

1836-08-22 — O provedor do concelho de Bemposta oficiou ao governador civil de Aveiro, participando-lhe que, depois da extinção das Ordens Religiosas em 1834, já haviam sido arrematados e vendidos em hasta pública, por diversas vezes, os bens que o Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia possuíra em Canelas e Fermelã, do actual concelho de Estarreja (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 68) – J.

1836-10-19 — A Câmara Municipal resolveu suprimir a antiga feira anual de Santo André, que se realizava em Esgueira (Arquivo, II, pg. 324) – A.

1836-11-06 — Foi extinto o concelho de Esgueira, sendo incorporado no de Aveiro, o qual, na ocasião, se compunha das freguesias de Cacia, Esgueira, Nariz e Palhaça (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 173; Arquivo, XXXV, pg. 56) – J.

1836-11-06 — Foi suprimido o concelho de Aradas e incorporado no de Aveiro (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 104; Arquivo, XXXV, pg. -56) – J.

1836-11-08 — José Estêvão Coelho de Magalhães concluiu a sua formatura na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (José Estêvão, Discursos Parlamentares, Apêndice, pg. 374) – A.

1836-11-20 — O egrégio aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães foi, pela primeira vez, eleito deputado (Arquivo, XI, pg. 136) – A.

1837-01-13 — Por uma ordem de serviço deste dia, foi organizado o Batalhão de Caçadores n.º 28, aquartelado em Aveiro, que pela Ordem do Exército de 16 de Dezembro de 1842 passou a ter o n.º 7 e, em 26 de Agosto de 1850, foi transferido para Guimarães. Tinha uma banda de música e uma charanga, dizendo-se... que esta era melhor do que aquela (Arquivo, VII, pg. 101) – A.

1837-01-30 — Extinto o concelho de Esgueira em 6 de Novembro de 1836, fez-se a entrega do arquivo municipal à Câmara de Aveiro (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 133) – J.

1837-02-08 — Nasceu na Murtosa João Pedro Soares que veio a casar e fixar residência em Aveiro, por quem se afeiçoou de tal forma que não havia aqui melhoramento ou festa a que não associasse o seu nome ou para que não contribuísse com o seu dinheiro (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 151) – J.

1837-02-17 — Pelas seis horas e três quartos da tarde, faleceu D. Manuel Pacheco de Resende, terceiro bispo da Diocese de Aveiro, que foi sepultado na Sé (igreja de S. Bernardino), junto do altar de Nossa Senhora das Dores. Mais tarde os seus restos mortais foram trasladados para o jazigo da Diocese, no cemitério central (Arquivo Distrital de Aveiro, Livro de óbitos da Freguesia de S. Miguel, fls. 131v-I32) – J.

1837-03-13 — Foi nomeado vigário-geral da Diocese de Aveiro, que lhe ficou devendo importantes reformas, o Padre Joaquim José Coelho de Sequeira, bacharel em Direito Canónico, antigo vigário-geral da Diocese de Viseu e capelão do Real Mosteiro de Jesus de Aveiro (Sínodo Diocesano de Aveiro, 1944, pg. XXIX) – A.

1837-04-01 — Nasceu o ilustre aveirense Dr. Luís Augusto da Fonseca Regala, médico muito distinto que El-Rei D. Luís honrou, em 1878, nomeando-o médico da Real Câmara (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col. 74) – A.

1837-04-05 — O grande tribuno José Estêvão Coelho de Magalhães, então deputado pelo Círculo de Aveiro, fez a sua estreia parlamentar, proferindo o discurso que ficou conhecido pelo nome de «Profissão de Fé» (José Estêvão, Discursos Parlamentares, pgs. 1-9) – A.

1838-01-23 — Em Lisboa, com Manuel António de Vasconcelos, José Estêvão Coelho de Magalhães fundou o jornal O Tempo, que durou pouco (José Estêvão, Discursos Parlamentares, pg. 375; Rangel de Quadros, Aveirenses Notáveis, Manuscrito, I, fl. 211) – J.

1838-02-06 — A pedido de José Estêvão Coelho de Magalhães, foi passada uma portaria, autorizando a demolição da capela de S. João do Rossio – a que a Câmara por então não deu cumprimento (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 266) – J.

1838-07-05 — Achando-se aberto concurso para o provimento do lugar de professor da cadeira de Economia Política, Direito Administrativo e Direito Comercial na Escola Politécnica de Lisboa, José Estêvão Coelho de Magalhães apresentou o seu requerimento, no qual foi lançado, neste dia, o seguinte despacho: – «O Conselho da Escola não achou o candidato com as qualificações necessárias para ser admitido a concurso. J. Costa» (Prof. Dr. A. C. Ressano Garcia, Escola Politécnica de Lisboa – A 10.ª cadeira e os seus professores, pgs. 8 e ss.) – A.

1839-08-25 — Nasceu em Aveiro Francisco António de Resende Júnior, engenheiro distintíssimo, folhetinista, dramaturgo, orador e poeta de apreciáveis méritos (Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pgs. 158-159) – J.

1839-10-20 — Em sessão da Junta de Paróquia de Requeixo, obedecendo ao Código Administrativo, fez-se o recenseamento dos cidadãos (homens) que estavam em circunstâncias de votar e ser votados como membros daquela Junta, para o ano de 1840 – o que deu por resultado: Requeixo – 65; Taipa – 45; São Paio – 3; Carregal – 16; Sanguinheira, – 10; Mamodeiro – 58; Perajorge – 7; Granja – 3; Póvoa do Valado – 67 (Cartório Paroquial de Requeixo, Livro das Sessões da Junta de Paróquia, fls. 27v-30v) – J.

1839-11-09 — Em sessão da Junta de Paróquia de Requeixo, obedecendo ao Código Administrativo, foi feito o recenseamento dos cidadãos – homens – que estavam em circunstâncias de votar e ser votados como membros da Câmara Municipal do concelho de Eixo – o que deu como resultado: Requeixo – 52; Taipa – 38; Carregal – 11; Sanguinheira – 6; Mamodeiro – 39; Perajorge – 7; Póvoa do Valado – 48 (Cartório Paroquial de Requeixo, Livro das Sessões da Junta de Paróquia, fls. 33-35) – J.

1839-11-10 — Com a assistência da Câmara Municipal e das autoridades locais, foram liturgicamente benzidos por Frei Francisco do Rosário, religioso de S. Domingos, o cemitério público e a sua respectiva capela, construídos em parte da cerca que fora do extinto Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia. A Missa, porém, foi celebrada pelo Dr. Gonçalo António Tavares de Sousa, vigário-geral e governador do Bispado de Aveiro (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, IV, fl. 116, e Aveiro – Apontamentos Avulsos, Manuscrito, fl. 308) – J.

1839-12-27 — Após o respectivo concurso, José Estêvão Coelho de Magalhães foi escolhido para o lugar de lente da 10.ª Cadeira – Economia Política e Direito Administrativo e Comercial – na Escola Politécnica de Lisboa (Marques Gomes, José Estêvão, pg. 73) – J.

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17-05-2018