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Parabéns

Muitos parabéns à Com­panhia dos Bombeiros, que hoje festeja o seu quinquagésimo aniversário, por ter durado tanto tempo, não havendo morrido na casca, como sucede a quase tudo que de bom aparece em Aveiro.

No número 7 de “O Povo de Aveiro”, de 12 de Março de 1882, vem esta local:

Uma parte das cartas, mandadas pela comissão que promove hoje um benefício no Teatro Aveirense, a fim de auxiliar a compra do material para o serviço dos incêndios, têm sido devolvidas pelos principais cavalheiros que se destacam nos grupos constituinte e regenerador.

A que rebaixamento nós tocamos!

Até se faz política com isto, política reles, indecen­te e de taberna. Porque meia dúzia de pessoas se lembraram de fazer algum bem em favor desta terra e de interesse público comprovado, levantam-se logo os sacristas leprosos da po­litica, com os seus esgares negativos, no intento de inutilizar uma ideia que, por não ser da iniciativa deles, se deve impedir e embaraçar! Consiste nestes expedientes, miseráveis e grosseiros, o fundo da política monárquica.

Foi sempre assim!

Há, pois, motivo de so­bra para felicitar uma benemérita instituição que, com tal gente, e os filhos ainda são piores do que os pais, conseguiu, em Aveiro, viver cinquenta anos!

Em Aveiro!!!

Não conheço acto mais heróico.

Homem Christo

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