BOLETIM CULTURAL E RECREATIVO - SECUNDÁRIA JOSÉ ESTÊVÃO - AVEIRO


 

Actualidades Breves

 

Ceia de Natal

No final do primeiro período, dia 19 de Dezembro, as aulas encerraram na Escola Secundária José Estêvão, em Aveiro, com a tradicional Ceia de Natal, em que funcionários e docentes conviveram saudavelmente. Ao contrário do São Martinho, faltou o repórter fotográfico para nos permitir aqui o registo do acontecimento por meio das imagens.


Google e Arqueologia

Todos os que lidam habitualmente com a Internet, a moderna forma de comunicação à escala planetária, sabem o que é um motor de busca. E, de entre os mais usuais, destaca-se talvez o Google, um motor rapidíssimo e poderoso, que consegue, em vez de uma, descobrir grande quantidade de agulhas num palheiro, obrigando-nos a abrir várias páginas para tecermos as nossas teias de informação.

Actualmente, o Google apresenta algumas variantes com interesse. Uma delas, o «Google Earth», permitiu, há relativamente pouco tempo, descobrir uma vila romana. Como é que isto aconteceu? Quando e onde?

Em Itália, em finais de Setembro, quando utilizava o programa «Google Earth» para visualizar imagens de satélite dos arredores do seu domicílio, um informático ficou intrigado com uma forma insólita que se destacava num campo de milho. Tendo alertado os especialistas do Museu Nacional de Arqueologia de Parma, deslocaram-se ao local e, segundo parece, depararam com os vestígios de uma vila romana da época do nascimento de Cristo. Falta agora efectuar uma pesquisa mais profunda para confirmar esta invulgar descoberta.

Se quiseres mais informações acerca deste achado, consulta o endereço da Internet que te indicamos. Embora o artigo esteja escrito em italiano, cremos que não apresenta grandes dificuldades de compreensão para um falante de língua portuguesa.

www.emeraldion.it/articoli/2005/09/19/193854/


Tabaco e cegueira

De há uns anos para cá começa o sexo forte a ser tão ou mais fraco que o pseudo forte. Que disparate vem a ser este? Não é disparate! O sexo forte, na realidade, não é o masculino, como estás a pensar. Ao que parece, a mulher está muito mais bem dotada que o homem a vários níveis. Mas a sua superioridade, exceptuando a numérica, começa a reduzir-se ao nível do homem. Talvez um certo complexo de inferioridade, uma falsa ideia de igualdade entre os sexos, esteja na origem deste fenómeno. E é talvez isto que tem feito com que, de há alguns anos para cá, a mulher procure imitar todas as burrices em que o homem parece ser fértil. E a maior burrice é a que está ligada ao tabagismo.

Ao contrário do que seria desejável, começa a verificar-se uma inversão de polaridade. O homem começa a deixar de fumar; a mulher fuma cada vez mais. É ver o número de mulheres fumadoras a aumentar de dia para dia. E esta epidemia começa a verificar-se com os anos ainda em número reduzido. É olhar e ver a quantidade de miúdas penduradas no cigarro, julgando ficar mais adultas pelo simples facto de imitarem os vícios dos adultos. E com isto aumenta o prejuízo para a saúde pública, para gáudio dos que vivem à custa do tabaco.

Além dos problemas já conhecidos inerentes à prática do tabagismo, estudos recentes parecem revelar que o tabaco tem outras complicações que, até à data, eram desconhecidas. Uma delas ataca sub-repticiamente o fumador, podendo levá-lo à cegueira. Esta descoberta recente irá certamente alterar os recentes avisos colocados nos maços de cigarros. Além da informação de que o tabaco é prejudicial para a saúde, terá de ser acrescentado o facto de poder levar à cegueira.

Como é que se chegou a esta conclusão? Compilando os resultados de dezassete estudos sobre a relação entre o tabagismo e a degenerescência macular ligada à idade, o médico inglês Simon Kelley confirmou, na revista “Eye”, que fumar aumenta duas a quatro vezes o risco do desenvolvimento de uma doença que conduz à cegueira, cuja forma incurável representa 90% dos casos. Inversamente, deixar de fumar diminui estes riscos.

Outra constatação feita é a de que a maioria das pessoas desconhece completamente a relação entre o vício do tabaco e a perda da acuidade visual tendente à cegueira. Daí que o Real Instituto Nacional da Cegueira e a Associação Médica Britânica tenham pedido ao governo inglês a organização de uma campanha nacional de sensibilização para este problema.

Logo, pela sua saúde e de todos nós, especialmente dos não fumadores, deixe de fumar. E se continuar a fumar, faça-o sem pôr em risco a saúde dos outros.


Sono e Cogumelos

Qual a relação existente entre o sono e os cogumelos? À primeira vista, parece não haver nenhuma, a menos que tenhamos o hábito pouco provável de sonharmos com cogumelos. Ao contrário do que pareceria lógico, há uma elevada relação, porque todos os dias dormimos com a cabeça em cima de milhares.

Um professor da Medicina da Universidade de Manchester contou mais de um milhão. É este o número médio de esporos de cogumelos que poderá ser encontrado em almofadas utilizadas para dormir durante um período de utilização de vinte anos. Ao todo, este médico investigador recenseou uma vintena de espécies, sendo o grosso da «manada» constituído pelo Aspergillus fumigatus, responsável por importantes alergias. Importa acrescentar que esta espécie referida prefere as almofadas sintéticas, evitando as que são enchidas com plumas.

Qual a possível solução para evitar dormir sobre esta flora vegetal microscópica? Apenas esta: substituir frequentemente as almofadas por outras novas.


Recorde do Calor

De acordo com dois estudos surgidos recentemente, parece que o ano de 2005 foi um dos três mais quentes registados desde 1860.

Segundo a NASA, a temperatura na superfície do globo terrestre, em 2005, terá ultrapassado em 0,75º C a temperatura média no período compreendido entre 1951 e 1980, destronando o anterior recorde de 0,04º C alcançado em 1998.

Os outros anos mais quentes foram 2002, 2003 e 2004, confirmando-se a tendência para um sobreaquecimento climático.

Igualmente 2005 terá sido o ano com maior número de catástrofes, um ano especialmente rico em tornados e furacões, dos quais um elevado número fustigou de maneira trágica e destruidora o continente norte-americano.


Armazéns musicais inconvenientes

Alguns dos muitos modelos de leitores de música no formato mp3.

Nos finais da década de 1990, por altura do aparecimento dos sistemas de compressão de ficheiros musicais, efectuámos uma apologia de um formato que permitia armazenar elevadas quantidades de música num simples CD de 640 MB. Na altura, ainda não estavam disponíveis os discos de 700 MB e os actuais discos de 4,7 GB, utilizados actualmente para o cinema, estavam ainda na fase de concretização. Dissemos então que o MP3 era o formato ideal para ouvirmos música em viagem, durante cerca de dez horas seguidas, utilizando um CD e um leitor compatível com o novo formato ligado à aparelhagem dos carros através de uma cassete especial de adaptação. Deste modo, tornava-se possível efectuar longas viagens com boa música, sem necessidade de andarmos constantemente a mudar de discos ou termos de andar frequentemente a mudar de estação, para evitarmos certos locutores narcisistas, apaixonados pela própria voz, que interrompem a qualquer minuto a música que nos fazem ouvir sem consideração pelos ouvintes.

Cinco a seis anos depois, em começos de 2006, proliferam no mercado verdadeiros armazéns de música em formato MP3, com tamanhos e formatos variados, de acordo com os gostos e as carteiras de cada um de nós. Alguns, os mais pequenos, fazem concorrência em tamanho às pequenas caixas de fósforos, com capacidade para algumas horas de música com razoável qualidade. São a delícia de todos, novos e menos novos, mas especialmente dos primeiros, que se dão ao prazer de andar sempre com os auscultadores enfiados nos ouvidos, não raras vezes com a música em níveis altíssimos, sem o mínimo respeito pela sua própria saúde. Talvez por irreflexão ou por desconhecimento das possíveis consequências.

Que se deliciem com a música, é natural. O que não é natural é que o façam durante horas seguidas, com o volume no máximo ou demasiado elevado, martelando desapiedadamente o aparelho auditivo e caminhando para uma surdez futura sem hipóteses de reversibilidade.

Ouçam a música à vontade, mas tomem em conta os seguintes conselhos, no interesse próprio:

1º — Evitem audições a níveis elevados durante demasiado tempo. Em breve, às vezes mais cedo do que previsto, começarão a ter sérias lesões no aparelho auditivo, podendo mesmo conduzir à surdez total;

2º — Evitem ouvir a música em situações de aprendizagem. Não é possível estar com plena atenção nas aulas àquilo que é ensinado e obter, no final, o rendimento desejado. Alguns alunos chegam mesmo a disfarçar os auriculares, para evitar que os professores os detectem e os mandem tirar.

3º — Quando em convívio com os amigos, mais importante que a música é a comunicação entre os diferentes elementos do grupo. Não é com os ouvidos tapados e o som exterior abafado pelos sons musicais que será possível participar activamente nas conversas. Por outro lado, é prova de um certo egoísmo, até porque os outros também gostam de música e esta, sendo ouvida por todos num nível reduzido, até poderá contribuir para ajudar a criar um melhor ambiente de convívio.

4º — Quando em condução — e isto é especialmente para os mais velhos — não utilizem os auscultadores. Liguem o leitor de MP3 à entrada de som da aparelhagem do carro, quando existente, e ouçam a música através dos altifalantes. Mas façam-no colocando o som num nível baixo. Não se esqueçam que a música, ouvida a níveis altos, aliada com os ruídos próprios da viatura e da estrada, são um factor de aumento da fadiga na condução.

Se não têm hipótese de ligar o aparelhómetro musical à aparelhagem do carro, prescindam dele e limitem-se ao rádio. Lembrem-se que, além de perigoso, é expressamente proibida a condução com auscultadores nos ouvidos, podendo dar lugar a elevada multa.

Outros conselhos poderiam aqui ser acrescentados. Ficamo-nos por estes quatro, os mais importantes, até porque o bom-senso de cada um deverá bastar para estabelecer as regras compatíveis com as diferentes situações na vida activa e social.


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7 - Separar o Lixo     8 - Demonstração de Força   9 -Um poeta na voz doutro poeta
10
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