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A
FLORA |
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A
cobrir as várias zonas da Serra da Freita, encontramos
uma vegetação diferente. Assim:
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o
Topo, cimo da serra, é desprovido de árvores,
salvo algumas zonas mais húmidas, devido à retenção
de água. No entanto, este solo pobre tem um conjunto de
diversas urzes (Erica cinerea L.)
e carqueja (Chamaespartium
tridentatum L.) com o hábito em cochim, característico
das regiões agrestes, ventosas e secas. |
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Podem
encontrar-se alguns exemplares de arbustos como o Plantago
coronopus L., bolbosas e uma ou outra gramínea
nanizada. Este nanismo acentuado está bem evidente em
espécies aí existentes, como Prunella
vulgaris L. e Erodium cicutarium L’HÉR.,
que ali atingem apenas um décimo das suas dimensões em
condições normais de temperatura e solo. |
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Na
vertente sul da serra, em transição para o pinhal,
podemos encontrar medronheiros (Arbutus
unedo L.) e geófitos bulbosos, que são plantas
remanescentes da mata de carvalhal primitiva e
actualmente destruída. Em
certas áreas do topo da serra, como na Senhora da Lage,
pouco mais há que um pobre manto graminoso. No Inverno,
Romulea
bulbocodium L. e Narcissus
bulbocodium L. dão um aspecto encantador,
parecendo tapetes naturais. |
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Em
locais com solos mais frescos e profundos, em áreas
mais ou menos sombreadas, encontram-se as giestas (Genista florida L. a par com o amieiro negro (Frangula alnus MILLER). Nas zonas mais alagadas,
encontra-se Erica
tetralix L., que se salienta entre um estrato arbóreo
relativamente variado, composto por espécies típicas
de solos húmidos. |
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Em
zonas de diversas altitudes, mais planas – Rechãs
–, podemos encontrar árvores e tufos descontínuos de
arbustos onde sobressaem os tojais (Ulex spp). Uma das rechãs, situada a mil metros de altitude,
desperta particular interesse devido a alguns dos seus
elementos do estrato herbáceo: Gentiana
pneumonanthe L. e Merendera
montana (L.) LANGE, espécies normalmente
relacionadas com homólogas subalpinas, que resistem
devido aos Invernos bastante frios. |
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O
Miradouro, local de excelente paisagem visível
até ao mar, junto a S. Pedro Velho, é uma zona pouco húmida,
o que se torna notório pela dominância da cor verde baça
ou acinzentada da folhagem. |
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Na
zona escarpada do Miradouro, crescem extensas e
encantadoras manchas de flores carmim (Silene
foetida SPRENGEL), o que significa secura
e erosão crescente do solo. |
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No
lugar de uma vasta e importante floresta primitiva, quase
desaparecida, avultam os pinhais de pinheiro bravo (Pinus pinaster AITON), em povoamentos puros ou misturados
com eucaliptos (Eucaliptus
globulus LABILL). |
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Na
Mizarela,
bela queda de água onde a vegetação mantém
minimamente as suas características iniciais, o verde
viçoso do alvarinho (Quercus robur L.), que
existe ao longo das linhas de água, mistura-se com o
verde pardo do negral (Q. pyrenaica WILLD.).
A base do vale é dominada por sobreirais (Quercus
suber L.) e, já mais acima, com o aparecimento dos
afloramentos rochosos, encontra-se a rústica azinheira (Quercus
rotundifolia LAM.),
acabando por se encontrar tojais
higrófilos (Ulex
spp.) no topo deste vale. |
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