Vidas Atribuladas: Condessa de Taboeira e D. Arcelina Valente Moreira, Aveiro, 2013, 254 págs.

Conclusão

Depois da elaboração destas 254 páginas, o autor sente que algo ficou por ser dito. Há duas razões, ou seja, a incapacidade para ir mais longe, ou não se conseguir encontrar, nos arquivos, o material necessário. De qualquer forma, sentimos que, apesar desses hiatos, demos a conhecer, ainda que não com total profundidade, o caráter físico e mental de duas senhoras que, pelos dados adquiridos, praticaram o filantropismo, através das ações mais variadas. Repartiam o seu tempo cuidando de si e dos outros.

Questiona-se, ou poderá questionar-se, e sobretudo no caso da condessa, se não havia uma certa prepotência, quando defendia os seus interesses, o que não invalidaria, de forma alguma, os factos descritos nestas páginas.

Descer do pedestal obriga a afivelar uma máscara diferente que se perde, quando se retoma o lugar.

Nota-se no que encontrámos, que nunca é mencionado o facto das personagens femininas andarem ou terem andado a estudar. Por serem mulheres, talvez aprendessem em casa.

No cômputo geral, a vida dos mencionados deixa um rastro do invocado altruísmo, e é isso que importa.

3.6.2012
João de Lemos

 
 

21-03-2014