Vilar, Doce e Poético Cantinho

PONTOS DE REFERÊNCIA 

 

...Quando alguém em Aveiro queria ir para o extremo de Vilar, logo um conhecedor diria “vai pela estrada fora e quando chegar à «Caixa d’Água» vire à esquerda...”. Infelizmente já não existe essa referência, mas convém aqui lembrar aquela casinha em forma de capela que, ainda em 1927, com os tubos à vista do lado oposto, alimentava a Fonte das Cinco Bicas; é que a água canalizada só chegou em 1949! Depois a Caixa d’Água começou a alimentar o Albergue, extinto em 1977, passando para o Centro de Saúde Mental.

Por cima da única porta em ferro tinha uma lápide com a seguinte inscrição: “1870 a Câmara Municipal de Aveiro mandou construir esta obra segundo a planta e direcção do 1º engenheiro distrital João Donorato da Fonseca Regala” (havia outra igual próxima da Fábrica do Azul); foi demolida em 1983.

...Virando, chegamos à Capela de S. Eufêmea (1922) com as suas duas belíssimas palmeiras. Se viramos para as Cilhas lá encontramos a Fonte de S. Antoninho (1910?) e a Capelinha do mesmo nome, da qual não sabemos a data da sua construção, o tanque de lavar roupa e sobranceira a Escola Primária (1970) e, lá longe, no aido do António Rei e Prazeres Matias, a esbelta e esquisita “Pinheira Mansa”.

...chega à Caixa d'Água e vire à esquerda

Se da S. Eufêmea voltamos para baixo por aquela rua que na nossa meninice era de terra batida e cheia de buracos, e que Álvaro Sampaio (1944/57) mandou calcetar “à antiga portuguesa” com a pedra vinda do Largo da Praça do Peixe, e que por sua vez tinha vindo dos Açores em barcos a fazer de lastro, passamos pela Cabine Eléctrica inaugurada em 1947, passando pela casa em ruínas do Rei que deve ser muito antiga, mas que no lagar muito mais recente tem a data de 1916...

Vindo por ali abaixo encontramos a viela da Fonte do Gordo (1910?) — que dava acesso à azenha do João Vieira.

Num muro próximo da nascente da Fonte ainda se distingue “Silva... 1917”.

Voltando à rua principal, chegamos à escola (1937), onde há o desvio para a Agrinha. Mais abaixo o desvio dos Carreiros, e um pouco antes a casa que foi de António Duarte dos Santos Gamelas Júnior e que hoje é o Patronato.

Depois quase ao pé da Capela do S. Amaro, fica a casa dos “Chochas” que foi moradia de Sarricos e Vieiras da Silva (1910) e também fábrica de velas de cera, escola (1912), posto de bois de cobrição, barbearia e local de ensaio de teatro (1939) e pastoras.

A capela, a ladeira e o Largo da Fonte das Pedras (1878) e os seus álamos, com desvios para a Choisa e para o Caseiro.

A seguir, o sobe e desce da ladeira da S. Rita até à Fonte do mesmo nome ou Fonte dos Moleiros (1910), sim, que a água canalizada só chegou em 1976!

Depois, abruptamente, a estrada chamada de Variante corta a sequência...


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