Henrique J. C. de Oliveira, Computador e Ensino, Viseu, 2003.
6 – Utilizações do computador
Para a reconversão de um diaporama tradicional para computador são necessários os requisitos indicados para a produção do diaporama tradicional e em computador, na medida em que é necessário conhecer perfeitamente o diferente software com que se vai trabalhar e poderemos vir a precisar do projector de diapositivos e de um leitor de cassetes. Teremos de ter o seguinte material:
1 – O diaporama completo, com todos os diapositivos, a cassete com a faixa sonora e o guião.
2 – Um scanner específico para imagens em película fotográfica. Na falta deste scanner especial, será possível a utilização de um scanner A4 dotado de um adaptador para diapositivos. Embora a digitalização não seja a ideal e bastante inferior à digitalização com scanner para diapositivo, as imagens ficam geralmente com qualidade aceitável.
Uma solução possível, embora trabalhosa, para a passagem das imagens do diapositivo para o formato digital, consiste em utilizar um bom projector de diapositivos, em projectar as imagens sobre uma folha branca de papel com superfície lisa e brilhante e fotografá-las, recorrendo a uma boa câmara de vídeo digital, com sistema de acoplamento ao computador, para gravação das imagens no formato JPG.
3 – Digitalizadas as imagens dos diapositivos, a etapa seguinte consiste na conversão da faixa sonora para um ficheiro digital, ligando um leitor de cassetes à entrada de linha da placa de som do computador. Para isso, é necessário que a placa de som do computador venha dotada com esta entrada, sendo também de toda a conveniência utilizar um software de boa qualidade para a edição e tratamento da faixa sonora, no estilo de um Cool Edit Pro, por exemplo.
4 – Digitalizadas as imagens e a faixa sonora, a etapa seguinte consiste na montagem do diaporama utilizando o programa PowerPoint. Esta montagem deverá ser feita sequencialmente, de acordo com o esquema seguinte:
4.1 - Inserção de todas as imagens respeitando a ordem do guião;
4.2 – Inserção da faixa sonora, cujo ficheiro, de preferência em formato WAVE, deverá ficar na mesma pasta em que se encontra o ficheiro do PowerPoint, identificável pela extensão PPT;
4.3 – Temporização das diferentes imagens, de acordo com o guião;
4.4 – Inserção do som a partir da primeira imagem, o qual deverá manter-se continuamente ao longo de toda a projecção.
4.5 – Visionamento de todo o diaporama, para verificação de uma rigorosa sincronização entre a faixa sonora e o avanço das imagens. Esta é, geralmente, a parte mais difícil, porque obriga a frequentes pequenos ajustes do tempo e a uma aborrecida e frequente repetição de toda a sequência, tanto mais demorada quanto maior for o tamanho do diaporama.
Uma técnica alternativa à fase 4.5 consiste, mediante utilização de um bom programa de edição sonora, em fraccionar a faixa sonora, de acordo com o guião, em pequenos excertos. Todavia, o resultado final não será tão bom como o sistema anterior, na medida em que irão verificar-se breves interrupções na audição. Outra alternativa a este problema será a reformulação do guião, adaptando-o às novas características dos programas informáticos.
