Àquele que foi meu segundo pai

No leito de moribundo
olho-te com tristeza.
Já te foge a vida...
espelho és da saudade
— num «olhar» de eterna despedida.


Patriarca
dum clã que amaste
levas atravessadas imagens
dos que te foram queridos
e já te choram.


Arrepia-me
a ideia da separação:
sincero foi o teu carinho;
meigo, bondoso... sempre lembrado,
digo-te «adeus» meu querido e bom velhinho.
Aqui fica a eterna saudade
da Lena que te chora
e que foi, na vida, tua dedicada nora.

       Coimbra, 25 de Dezembro de 1990

     (um não esquecido triste dia de Natal)

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