A meu pai (a quem tudo devo)

          IN MEMORIAM

Teu coração que era de ouro
Guardou-me, logo que nasci;
chamavas-me «meu tesouro»,
muito me querias... eu o senti.


Teu amor tudo ascendeu!
Fizeste-me mil vontades.
Não houve um Pai como o meu
que hoje... é apenas saudades.


Ter tal Pai foi uma glória;
ganhá-lo, foi uma vitória;
o que sou, me deu e tive


está presente e veio do passado.
E tudo isto tenho guardado!
Pai! Imagem que em meu peito vive...

                 Aveiro, 1962

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