Dia de anos

À mesa à hora do almoço
a moça fez um peditório.


                   Uma razão lançada a jeito;
                   e teceu sua história.


Suspirou ela a preceito.
Que teria na memória?


                   Queixou-se da sua sorte.
                   (não tinha o que precisava).


Queria uns «cobrezitos»
para comprar umas flores.


                   Faz anos o namorado;
                   quer ela presenteá-lo.


O que faz o amor!
O aniversário chegado
e cumprir-se-á um desejo.
Não chega «um muito obrigado».
Dar-lhe-á também um «beijo»!
Será dado com fervor:
e são duas PRIMAVERAS
abraçadas ao AMOR...

                   Aveiro,24 de Maio de 1996

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