Se a
Pombal por bem vens turistar
Ou se
acaso passas só por passar
Sobe
ao velho castelo em teu vagar
Deixa
correr em teu redor o olhar
De
modo a toda a vastidão abarcar
Lembrando que estás entre a Sicó e o mar
Com a
cidade com mil pombos a arrulhar
Cortada pelo rio Arunca a deslizar
Desces e vais a torre do relógio fotografar
Ao
lado da casa que viu o marquês se finar
Anda
por becos ruas e praças a esmiuçar
Cruza
o cardal entra no convento a orar
Vai à
pérgula e percorre a avenida a magicar
Visita cafés, lojas, mercados a vaguear
Se
tens fome podes correr a petiscar
Em
restaurante famoso ou tasca singular
Revê
a pombalina história bela e peculiar
Nela
topas gente nobre, ilustre, ímpar
E um
povo de não torcer mas antes quebrar
Entra
num calmo jardim para descansar
Ouvindo música ou alguém a cantarolar
Canções que as flores hão-de perfumar
Alentando aqueles que andam a trabalhar
E se
vires “in love” algum apaixonado par
Projeta nele a tua juventude sem ajuizar
Agora
com o sol no horizonte a declinar
Desfruta a magia de uma noitada até raiar
Para
partires com Pombal em ti a brilhar
Guardando a máxima que deverás honrar:
“Visitante quando de Pombal se apartar
Qualquer dia a saudade o fará voltar”...
Julho de 2025 |