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Com a inteligência
artificial como dominante
Estaremos na eminência de uma nova era
Ao relegar para insignificantes desígnios
As proclamações sociais desde Marx a Marcuse
Como pilares de sustentação das sérias lutas
Dos operários e outros dito oprimidos pelo capital
Visando a partilha do poder político e económico
Mas cuja força foi perdendo vencimento
Pela aparição de um populismo heterodoxo
Fruto da uma política alienada e incipiente
Que sempre foi entendida como o suposto élan
Do paradigma em que o nosso mundo se revê
Agora a claudicar sob a pressão das circunstâncias
Facto bem visível no binómio economia-finanças
O qual se posiciona para a substituição do sistema
Arvorando-se como o pilar de novo contrato social
Portador de um holístico programa de mudança
Cuja aurora já se adivinha nesta noite de incerteza.
E, face ao lento afundar dos valores reinantes
A serem reduzidos à expressão mais simples
Resta-nos então o cultivo do milho, da batata,
Do feijão, das couves, da nabiça, da beterraba
E da ida à fava enquanto a ervilha enche.
Novembro de 2025 |