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No ângulo morto do medo
serôdio
A certeza quer ultrapassar a incerteza
Mas é barrada pela caótica cancela
Que esconde o cinismo e a traição
Enquanto aponta o caminho do desvio!
Por ele seguiu evitando rota de colisão
Com o medo residente na incerteza;
Perdeu-se e abrigou-se no medo de si
E aguarda em silêncio a sua libertação
A qual emergirá das alfurjas tenebrosas
Antro de artistas de um circo manhoso
Tão burlesco como intrigante e trágico
Onde se exibem sem rede os trapezistas
E o domador dos serventuários a soldo.
Dezembro de 2025 |