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UMA CERTEZA!

SOLICITADA a colaboração desta Liga, para o número comemorativo do 75.º aniversário da Corporação dos Bombeiros de Aveiro, não podíamos ficar nem indiferentes, nem inaptos a tão honroso convite.

É sempre nossa obrigação moral, acompanhar as nossas federadas, nos seus momentos de alegria e de sofrimento, estar em todo o momento junto delas.

Cabem bem pois as nossas palavras, de alegria e de incitamento, pelo caminho já percor­rido pela Vossa gloriosa Corporação e para que possam continuar a fazer mais e melhor.

Todo o vosso passado está cheio de ensinamentos, de renúncia, de sacrifícios e de caridade cristã, e, podem aparecer agora que festejam o vosso 75.º aniversário com as consciências de bem terem cumprido a vossa missão de homens e de soldados da paz.

A Vossa missão, das mais elevadas que conhecemos, não tem preço, porque parte do coração, e, destina-se a todos — amigos ou inimigos, ricos ou pobres, bons ou maus — e é prestada, muitas das vezes, com risco da vossa vida.

 
 
 
 

Francisco Augusto Duarte
Membro do Conselho Fiscal

 

António Folhadela de Melo
Comandante de 1948-1950

 

Mas essa dádiva total não pode nem deve ser desbaratada, sob pena de perder muito do seu significado; tem de ser antes fruto de um amadurecimento moral e não consequência de uma acção intempestiva, sem produto para ninguém.

O Bombeiro tem de ser calmo, bravo e fiel ao seu ideal, e, como tal, deve medir o perigo, tomar todas as precauções para a sua segurança, defender também a sua vida tão útil para todos.

Estamos em presença de uma época em que o Bombeiro tem preponderância destacada e isso obriga-o a não estagnar, a sair da rotina, e preparar-se intensamente para a luta contra o fogo.

Se na época actual o número de incêndios diminuiu pela aplicação de muitos materiais incombustíveis na construção civil, o progresso aumentou os riscos de incêndio pelo uso da electricidade, do aquecimento e dos carburantes, o que obriga a uma vigilância constante.

Outros perigos existem também, e esses requerem conhecimentos técnicos, que têm de ser ministrados a todos os que militam no voluntariado.

O trabalho realizado na vossa Corporação, atestado pelos 75 anos da vossa existência, são a garantia plena da maneira como trabalhais, e que merece todo o nosso apreço e respeito.

Podem os Aveirenses estar descansados, por terem como sentinelas vigilantes das suas vidas e haveres abnegados Bombeiros como são os da sua Corporação.

MOURA E SILVA
Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

 

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