O SALGADO NA
ECONOMIA
Na área da Geografia,
observámos e visitámos:
a) - a localização do Salgado;
b) - as marinhas em actividade e as abandonadas;
c)- a unidade de produção piscícola "Delvis". |
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Mapa
das salinas de Aveiro. Clicar nele para acesso aos mapas do salgado de
Aveiro. |
1. Do alto das Agras do
Norte, esperava-nos uma vista panorâmica lindíssima: a Laguna recheada
de ilhas palpitantes, onde o homem construiu as salinas, transformadas
em espelhos de água pelo Sol.
De repente, o nosso olhar
esbarra com uma moderna auto-estrada que parece querer cortar um
horizonte sem limites... é preço do progresso.
As salinas são formadas por
vinte ilhas, que estão divididas em cinco grupos, distribuídos pelas
seguintes freguesias:
Grupos Monte Farinha e S.
Roque – Vera-Cruz
Grupo do Mar – Glória
Grupo Norte – Esgueira
Grupo Sul – S. Salvador,
Ílhavo
2. Na paragem seguinte, foi-nos dado a conhecer o modo de construção
duma salina e o processo de fabrico do sal, segundo a tradição
aveirense.
3. Por último, chegámos a uma área do Salgado do sul onde a produção do
sal foi substituída pela produção de peixe. Algumas salinas foram
transformadas em viveiros de peixe. A unidade produtiva que visitámos
pertence a uma empresa luso-holandesa "Delvis", praticando-se a criação
intensiva do robalo para exportação.
Está, também, em estudo a
reconversão de uma outra parte do Salgado para a aquacultura.
4. Durante todo o percurso fomos falando com o senhor Regala. Homem bem
disposto e com boa memória, lembra-se perfeitamente do tempo em que, por
alturas de Agosto, se via o Salgado transformado num ondulado branco.
Em 1970, 268 salinas estavam em produção, actualmente só 50 estão
activas. As obras e a expansão do Porto de Aveiro, sem dúvida de grande
importância para o desenvolvimento da cidade, vieram interferir no
sistema do Salgado:
a) - o aumento da amplitude
das marés provoca a destruição sistemática dos muros divisórios dos
diferentes compartimentos do Salgado;
b) - a alteração na
salinidade das águas provoca modificações na fauna e na flora.
Por outro lado, a evolução da indústria e as suas novas necessidades
reflectiram-se numa menor procura do sal aveirense, sal fino, feito pelo
marnoto, não competitivo a nível de custos de produção com os outros
salgados, nacionais e Internacionais.
O equilíbrio ecológico e a
preservação da cultura regional tornam-nos responsáveis pela defesa da
manutenção da produção do sal, juntamente com a piscicultura e a
aquacultura. |