Mensário do 7º D

  Sal de Aveiro  ▲

Março 93

Nº 2


O SALGADO NA

ECONOMIA

Na área da Geografia, observámos e visitámos:
a) - a localização do Salgado;
b) - as marinhas em actividade e as abandonadas;
c)- a unidade de produção piscícola "Delvis".

Mapa das salinas de Aveiro. Clicar nele para acesso aos mapas do salgado de Aveiro.

1. Do alto das Agras do Norte, esperava-nos uma vista panorâmica lindíssima: a Laguna recheada de ilhas palpitantes, onde o homem construiu as salinas, transformadas em espelhos de água pelo Sol.

De repente, o nosso olhar esbarra com uma moderna auto-estrada que parece querer cortar um horizonte sem limites... é preço do progresso.

As salinas são formadas por vinte ilhas, que estão divididas em cinco grupos, distribuídos pelas seguintes freguesias:

Grupos Monte Farinha e S. Roque – Vera-Cruz

Grupo do Mar – Glória

Grupo Norte – Esgueira

Grupo Sul – S. Salvador, Ílhavo

2. Na paragem seguinte, foi-nos dado a conhecer o modo de construção duma salina e o processo de fabrico do sal, segundo a tradição aveirense.

3. Por último, chegámos a uma área do Salgado do sul onde a produção do sal foi substituída pela produção de peixe. Algumas salinas foram transformadas em viveiros de peixe. A unidade produtiva que visitámos pertence a uma empresa luso-holandesa "Delvis", praticando-se a criação intensiva do robalo para exportação.

Está, também, em estudo a reconversão de uma outra parte do Salgado para a aquacultura.

4. Durante todo o percurso fomos falando com o senhor Regala. Homem bem disposto e com boa memória, lembra-se perfeitamente do tempo em que, por alturas de Agosto, se via o Salgado transformado num ondulado branco.

Em 1970, 268 salinas estavam em produção, actualmente só 50 estão activas. As obras e a expansão do Porto de Aveiro, sem dúvida de grande importância para o desenvolvimento da cidade, vieram interferir no sistema do Salgado:

a) - o aumento da amplitude das marés provoca a destruição sistemática dos muros divisórios dos diferentes compartimentos do Salgado;

b) - a alteração na salinidade das águas provoca modificações na fauna e na flora.

Por outro lado, a evolução da indústria e as suas novas necessidades reflectiram-se numa menor procura do sal aveirense, sal fino, feito pelo marnoto, não competitivo a nível de custos de produção com os outros salgados, nacionais e Internacionais.

O equilíbrio ecológico e a preservação da cultura regional tornam-nos responsáveis pela defesa da manutenção da produção do sal, juntamente com a piscicultura e a aquacultura.

   

CABE-NOS A NÓS, JOVENS, A SUA DEFESA

 

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14-12-2013