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farol n.º 20 - mil novecentos e sessenta e cinco ♦ sessenta e seis, pág. 8.

«O ninho e o pardal»

José Joaquim de Melo Órfão
(2.º ano)

Que desgraça,
Quando o pardal vê a sua casa tombada.
Pensa, pensa e diz:
– Já não serve para nada!

 


Vem aí o Carnaval

Júlio Manuel Moita das Dores
(2.º ano)
 

Sim, vem aí o carnaval! E que alegria, que movimento! Tudo anda atarefado. Uns comprando as vestimentas carnavalescas, outros adquirindo enfeites para as suas casas e outros ainda as tradicionais pistolas de água, as serpentinas, as perigosas bombas e outros objectos de carnaval.

Só os pequenos pobrezinhos, descalços, calças remendadas, cabelo desgrenhado e camisa desfraldada, contemplam com êxtase as montras dos bazares. Que pena não terem dinheiro!
– Se tivesse mil escudos – dizia o mais pequenito – comprava isto tudo!

– Estás tolo, pá – respondia um dos do grupo, o Zé, com a carita muito magra. No seu rosto via-se bem que não comia há alguns dias.

Coltaditos! Lá foram sempre, até que os perdi de vista.

E é assim o povo português, o humilde povo português, quando se aproxima o Carnaval.


ANEDOTA

Vítor Manuel Bilhau Pinto Amaral
(2.º ano)
 


– Sabias que o meu filho é um grande caçador de raposas?

– Não, não sabia! Quantas já caçou?

– Já caçou cinco... no liceu!

 

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08-06-2018