Maria Luísa Monteiro
(5.º ano)
HUMILDE e
simples como qualquer homem
vulgar, o Papa foi a Fátima trazendo uma
mensagem maravilhosa não só para nós, Portugueses, mas para todo o
Mundo.
Fazia naquele mesmo dia cinquenta anos, que, naquele mesmo sítio,
tinha aparecido a Virgem
implorando com a inocência de três crianças a Fé para o Mundo. E foi
nesse dia que o sucessor de Pedro aí foi orar.
Encantou todos quantos o viram com a sua tocante simplicidade, o
seu sorriso bondoso. Mais do que isto, penso que nenhum coração
ficou surdo ao apelo que Paulo VI fez, não só a nós, como a todo o
Mundo: «Homens, sede Homens». Foi esta frase curta que fez com que
muitas almas se erguessem e envergonhassem.
No seu discurso, o Sumo Pontífice falou também da guerra,
em que a Humanidade se debatia, na incompreensão e materialismo
dos homens, que tantas desgraças traziam. Centenas de crianças
morrem à fome, aparecem muitos jovens com instintos assassinos, mães torturadas pela morte dos seus filhos e tantas outras
misérias que não haveria, se houvesse fé.
Acho que se revestiu de muito significado a visita de Paulo VI e
também me comoveram as suas palavras.
Incitou-nos a nós, o povo desde há séculos honrado pela sua
valentia e nobreza, a sermos um
verdadeiro e pacífico povo de Deus. E no dia seguinte, quando todos
tinham partido já, no silêncio piedoso de Fátima, parecia ouvir-se
ainda as palavras: «Homens, sede Homens». |