Prisão
M. A. F. O.
Em espasmos de dor, numa agonia
Debato-me entre grades que não
quebram,
Cega-me o brilho intenso da alegria
Meus olhos numa prece ao Céu se
elevam
Tenho a alma ferida de lutar
Contra esta prisão que só eu vejo,
Procuro a liberdade sem a achar
E é constante o ruir do meu desejo.
Todos os dias, o amanhecer
Mais uma nova esp'rança vem trazer
Ao meu triste e cansado coração
Mas, quando o sol começa a declinar,
Sem ninguém me ter vindo libertar,
Sinto jamais transpor esta paixão.
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