joão barge
De um teu olhar desprendida
A mentira em mim poisou.
... Como esperança renascida
Da cinza que a queimou,
E vai poisar, dolorida,
No peito que a não buscou...
(Uma ânsia desmedida
Em minha carne deixou).
. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Estender para ti meus braços,
Cobrir-te de mil abraços
Onde sepultar te vais,
É – talvez – em ti, mentir:
– Que ao teu corpo vou pedir
Um só gesto... e nada mais. |