Paulo C. Martins
(6.º Ano)
TU passaste
no teu Universo ilimitado de esperança
e não paraste.
Fugiste p'ro cansado da lembrança
e só aí descansaste.
E à tua volta eu arquitectei um poema especial:
Um Universo saudoso, irreal
com fulgores dos teus olhos sonhados por mim...
E uma ponte muito
estreita
ligava o meu Universo ao teu.
E a minha ânsia insatisfeita
tornava-me impossível o Céu.
E agora a saudade do teu voo fresco
no meu Universo cansado
e queimado
pela matéria,
refresca-me a existência
e alimenta-me a esperança...
...Tu passaste
no meu Universo limitado de esperança
e não paraste... |