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EXPOSIÇÃO ANTOLÓGICA - 14 a 29 de Setembro de 1996

HÁBEIS MÃOS
Maria Lobato Guimarães – pág. 7

Não podia o Museu de Aveiro deixar de se associar a esta justa homenagem. Sendo uma instituição que se pretende viva e actuante no seio da comunidade em que está inserida, tem por inerência a responsabilidade de apoiar e promover os valores culturais e artísticos da região. José Augusto é, e será sempre, uma referência, numa arte em que Aveiro tem tradição multissecular e à qual sabe impor a sua marca inconfundível que cativa até o observador menos atento. O museu integra com orgulho no seu espólio várias das suas obras: Presépios e Santos, Joana, Gonçalo, António... convivem familiarmente connosco, sacras figuras humanizadas de forma peculiar pelas suas hábeis mãos, tomadas assim mais próximas e acessíveis, transmitindo a ternura com que ele próprio as vê. A sua imaginação não se esgota porém nos temas religiosos, o "profano" interessa-o também: o amor à sua terra leva-o a perpetuar nas suas criações os usos e costumes que por certo com pena, vê perder.

A cidade, vaidosa, agradece-lhe. Nós partilhamos com muito gosto este momento.

 

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