Desde
muito nova senti prazer em descobrir novas personagens e histórias secretas nos
livros. Assim, ler tornou-se uma necessidade básica, tal como comer e dormir. A
disciplina de Português ensinou-me a sonhar, os poemas e textos lidos na aula
levavam-me para outros mundos, quer de realidade quer de fantasia.
Nem
sempre foi fácil compreender o sentido dos épicos, escrito pelos nossos
antepassados, mas com a motivação certa,
passando por muitas peças de teatro, feitas por nós ou apenas como
espectadores e realizando visitas a casas de autores famosos, cheguei a “bom
porto”.
Com
o Latim, a ideia principal foi a curiosidade. Como aprender uma língua que não
se fala? Uma língua morta? A ideia de um “clube secreto” fascinou. Sim,
porque esta disciplina é mais do que aprender uma língua, é conhecer os usos
e costumes de um povo que está na nossa origem. Também neste caso, fizemos
visitas a centros históricos, em ruínas ou não, onde podíamos encontrar
inscrições latinas, pondo à prova os nossos conhecimentos.
Todos
estes conhecimentos se tornaram bastante benéficos no dia-a-dia, quer no que
diz respeito a saber escrever correctamente e sem erros - revelando-se
importante o Latim quanto à origem das palavras -, quer para saber articular um
discurso coerente. Isto porque, no decurso do meu estágio de Psicologia
no Hospital da Força Aérea, todos os dias lido com pessoas e sensibilidades
diferentes e é necessário, além de sermos compreendidos, conseguirmos
entender o que os outros nos querem transmitir, sem dúvidas e “ses” pelo
meio.
Não
posso terminar sem agradecer à Prof. Fátima Bóia que nos acompanhou durante
seis anos e sempre nos motivou para “as letras”, tornando a disciplina de
Português em algo fascinante, cheia de histórias e aventuras.
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