BREVE HISTÓRIA DO PÓLO DE EXTENSÃO EDUCATIVA DO SEUC – E. S. JOSÉ ESTÊVÃO EM S. BERNARDO

 

Há cinco anos em pleno Verão a representante da Coordenação Concelhia, professora Ofélia, o presidente da Junta de Freguesia, Doutor Hélio Maia e o então presidente da escola Secundária José Estêvão, Doutor Arsélio Martins, desenvolveram várias diligências no sentido da população de São Bernardo usufruir de um espaço na sua própria freguesia, que lhes permitisse dar continuidade aos seus estudos no secundário. O interesse manifestado, naquela altura, pelos cerca de 40 alunos e a persistência de esforços pelos representantes das instituições acima mencionadas possibilitou um protocolo entre as várias entidades e o CAE/DREC. Assim, no dia 16 de Outubro de 2000 as aulas tiveram início na Escola E132,3 de São Bernardo segundo ordens do CAE.

A vontade e interesse de começar as aulas era significativa, como se verificou naquele primeiro dia de apresentação, onde ninguém faltou à abertura; e as boas vindas decorreram em ambiente de alegria. Como era o dia Mundial da Alimentação, não deixámos de divulgar um panfleto sobre princípios a seguir para uma boa alimentação. A recepção foi excelente e a equipa de docentes já então colocados sentiu um ambiente acolhedor para iniciar o ano lectivo 2000/2001.

A população escolar deste Pólo tem vindo a aumentar com o tempo e com características ligeiramente diferentes, embora permanecendo alguns aspectos em comum, como sejam: a grande assiduidade, na maioria são estudantes-trabalhadores, têm objectivos bem definidos e regra geral têm consciência das suas limitações, quer na aprendizagem, quer na disponibilidade de tempo para estudar. Presentemente, a maioria trabalha no sector secundário e terciário e nasceram e vivem em São Bernardo. Um grupo significativo vive em freguesias próximas de São Bernardo (Glória, Santa Joana, Aradas, Eixo, Nariz, etc.).

Este ano a turma inclui mais alunos que recentemente deixaram o ensino diurno devido a insucesso escolar ou causas económicas. O trabalho e a responsabilidade familiar acompanha-os no seu dia a dia e os reflexos são bem evidentes no espaço sala de aula: cansaço, boa vontade, algum desânimo, falta de tempo, um interesse em saber aliado a uma pressa em fazer. Enfim, aspectos que os professores neste sistema bem o sentem e consequentemente se reflecte no quotidiano da sua actividade pedagógica-didáctica. A solicitação permanente do professor na sala de aula, visando cumprir objectivos de cada aluno, e a heterogeneidade da turma a todos os níveis: etário, sócio-económico e matriculados em diferentes unidades da mesma disciplina, implica um trabalho exaustivo nem sempre reconhecido e apoiado pela própria Instituição.

Ao longo dos anos constata-se uma maior representação do sector feminino (Tabela 2 - pág. seg.). Os professores reconhecem que muitos destes alunos precisam de apoio individual, de um reforço, pois já não estudam a alguns anos e frequentemente subestimam as suas capacidades.

Nestes anos a maioria dos professores deste Pólo luta contra o tempo no espaço sala-de-aula para contemplar ao máximo os seus alunos. É claro que há sempre momentos gratificantes, pois, com mais ou menos esforço, os resultados sucedem-se e o entusiasmo e as perspectivas de futuro dão um certo brilho.

Paralelamente a um trabalho lectivo, há um suporte logístico bem pesado que dá corpo a este modelo de Ensino, e para o qual muitos contribuem, e uma preocupação de incluir algumas actividades extracurriculares como visitas de estudo, palestras, exposições e momentos gastro-Iúdicos, uma suave mas persistente Educação Ambiental.

A nível de funcionários Administrativos e de Administrativos é de salientar o apoio prestado pela secção do pessoal, chefe da Secretaria e o trabalho a primor das Administrativas Cláudia Guerra e Rosa Otília. Não posso esquecer a excelente colaboração dos Auxiliares Educativos da Reprografia, reconhecida pelos próprios alunos, a eficiência no trabalho de comunicação e divulgação de serviços prestados pela Auxiliar administrativa Maria do Céu junto de docentes alunos e entidades implicadas na existência e dinâmica dos Pólos. E finalmente, a disponibilidade e o apoio assegurado todas as noites pelo auxiliar educativo senhor Mário da Escola EB/2.3 de São Bernardo. > > >
 

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