O
ensino recorrente é uma modalidade especial de educação escolar,
constituindo uma segunda oportunidade de formação para os que não
usufruíram na idade própria ou abandonaram precocemente o ensino
regular.
O ensino
recorrente baseia-se no sistema de unidades capitalizáveis, constituído
numa concepção inovadora do ensino, que se prende com o sistema de
avaliação: os alunos não transitam de ano, mas sim de unidade, fazendo a
progressão de acordo com o seu próprio ritmo. Daí que o cumprimento dos
programas curriculares não é considerado.
No Pólo
de S. Jacinto o ensino recorrente trata-se de um desafio estimulante e
deveras trabalhoso para todo o corpo docente.
A relação
pedagógica com os alunos é positiva, baseada no respeito mútuo em que os
professores utilizam um diálogo franco e aberto.
Os alunos
na globalidade, isto é, no secundário e básico, mostram-se motivados e
interessados pelos conteúdos programáticos, pelo que mantêm uma
assiduidade razoável. É de referir que o relacionamento se caracteriza
por uma grande interacção entre professores e alunos.
Outro
aspecto importante e difícil de gerir é o facto de na mesma sala de aula
existirem alunos em diferentes unidades. Esta situação teve de ser
contemplada na preparação das aulas, para que os 45 minutos de aula
sejam rentabilizados no sentido de os repartir equitativamente pelos
alunos, já que a maior parte dos alunos têm serviço a realizar na base
ou são estudantes-trabalhadores, e não têm possibilidade de dispor de
tempo para aprofundar os conhecimentos nas diferentes disciplinas.
Em suma,
os professores consideram esta experiência em S. Jacinto muito positiva,
nomeadamente o óptimo ambiente detectado no relacionamento com alunos e
colegas – o que lhes permite um enriquecimento e investimento pessoal, e
uma nova atitude face à formação.
Prof.ª Manuela Martins |