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        6.º 
        Reitor –
        Francisco Augusto da Fonseca Regala, oficial de Marinha, reformado. 
        Nasceu em 1848 e faleceu em 1917. 
        
        
        
        
         Esteve à 
        frente do Liceu desde 1895 até Outubro de 1910. Este Reitor tomou 
        assento, pela primeira vez, no Conselho Escolar, no dia 2 de Novembro de 
        1895. Nessa sessão, o Reitor cessante, Manuel Gonçalves de Figueiredo, 
        pede a palavra «para lembrar o quanto era indispensável e urgente, para a 
        regularidade do serviço das aulas e execução do ensino, que se augmentasse o numero de casas para as mesmas aulas, visto como as 
        actualmente disponiveis bem longe estavam de satisfazer convenientemente 
        ás necessidades do serviço. Que o estabelecimento do novo regimen 
        d'lnstrucção Secundária tornava para já, e ainda mais nos futuros anos, 
        indispensavel dividir em dois ou tres compartimentos cada uma das salas 
        Norte e Sul, da frente do edificio, parecendo-lhe conveniente que se 
        interrompesse a sessão, por um pouco, para todos irem ao local 
        informar-se por inspecção directa do que melhor conviria fazer, como com 
        efeito foram. Depois do que se concordou que cada uma das referidas 
        salas se dividisse em tres compartimentos, dois iguais e um maior, 
        lembrando o Reitor que ficasse o professor Maia Romão encarregado 
        d'apresentar, na sessão seguinte, o pensamento do conselho reduzido a 
        planta, para em vista della, se solicitar do Governo a necessaria 
        auctorização para a execução da mesma planta». Essa planta foi 
        apresentada ao Conselho em 2 de Dezembro desse mesmo ano. 
        
        
        
        Os seis primeiros anos da reitoria de Francisco Regala são seis longos 
        anos de desesperança e arrelia: o Liceu, materialmente, não fazia 
        progressos! 
        
        / 26 / 
        
        
        De 1901 
        por diante, porém, modifica-se a situação. Da acta de 2 de Dezembro 
        desse ano conclui-se que o Liceu acabara de sofrer reparações. 
        Infelizmente, como deixou de se publicar o Anuário, certamente por falta 
        de dinheiro, apenas temos as informações das actas, que só nos podem dar 
        uma pequena ideia da actividade do Reitor na ânsia de melhorar as 
        condições materiais do Liceu, e das arrelias sofridas. 
        
        
        
        Da acta, 
        pois, de 2 de Dezembro de 1901, consta que o Reitor (declarou que, 
        achando-se quasi concluidas as reparações a que se estava procedendo no 
        edificio do lyceu e estando proxima a mudança da repartição do Governo 
        Civil, das salas que occupa no mesmo edificio, para caza que o Governo 
        mandara alugar para sua installação, lhe parecia chegado o momento de 
        propor que na acta fosse lançado um voto de reconhecimento aos Ex.mos 
        Conselheiros Albano de Melo Ribeiro Pinto e José Coelho da Motta Prégo, 
        digno Governador Civil do districto, pelo modo como concorreram para se 
        realisar a referida mudança e mencionadas reparações. O Ex.mo 
        Conselheiro Albano de MeIo chamou opportunamente, na Camara dos Senhores 
        Deputados, a attenção do Ex.mo Ministro das Obras Publicas 
        para o estado vergonhoso em que se achava o edificio do lyceu; e obtendo 
        de S. Ex.ª ordem para se proceder ao projecto e orçamento das obras a 
        fazer, particularmente conseguiu que o Ex.mo Presidente do 
        Conselho de Ministros e Ministro do Reino fizesse inscrever no orçamento 
        do Estado a verba necessária para o arrendamento da caza em que ia ser 
        installada a repartição do Governo Civil. Por estes meios secundara S. 
        Ex.ª expontaneamente a requesição que elle reitor fizera á Direcção  
        
        
        / 27 
        /
        Geral d'lnstrução Publica relativamente á necessidade de se findar 
        reparações e mudança. O Ex.mo Conselheiro Motta Prégo, tendo 
        tomado posse do Governo Civil do districto e visitado o edificio do 
        lyceu e vendo a necessidade de ser satisfeita, o mais breve possivel, a 
        mesma requesição, conseguira do Ex.mo Ministro das Obras 
        Publicas, que dotasse a obra a fazer com as verbas orçadas e que 
        ordenasse a sua realisação. Alem disto pedira e obtivera que depois das 
        reparações projectadas fosse ordenada a installação da canalisação para 
        iluminar o edificio a gaz. Com relação á mudança da repartição do 
        Governo Civil, facilitara com a melhor vontade a realisação do contracto 
        d'arrendamento da casa onde aquella repartição ia ser instalada». 
        
        
        Mas a 
        mudança do Governo Civil só mais tarde, como vamos ver, se havia de 
        fazer. Vejamos o que nos dizem as actas acerca disso. 
        
        
        Na sessão 
        de 6 de Outubro de 1902, o reitor lembrou (os bons serviços e a boa 
        vontade que o Ex.mo Director das Obras Publicas do Districto 
        prestara a este edificio na realisação dos recentes e grandes reparos 
        que soffreo o mesmo edificio, havendo-se aquelle cavalheiro interessado 
        por tal modo no assumpto, que entendia de justiça ficar aqui consignado 
        um voto de louvor e d'agradecimento ao Ex.mo Sr. Diniz 
        Theodoro d'Oliveira, ao tempo e ainda então investido n'aquelle elevado 
        cargo». 
        
        
        Na sessão 
        de 4 de Novembro do mesmo ano, «pedio a todos os professores lhe 
        fornecessem, no mais curto praso de tempo possivel, uma relação 
        d'objectos para estudo prático que cada um julgasse mais conveniente no 
        ensino da sua cadeira a fim de solicitar da Direcção Geral d'Instrução 
        Publica o fornecimento dos mesmos objectos». 
        
        
        Pela acta 
        de 1 de Maio de 1903, ficamos sabendo que haviam saído do Liceu as 
        repartições de Fazenda: o reitor «propoz... um voto de agradecimento aos 
        Senhores Director das Obras Publicas d'este districto e Governador 
        Civil, pelos serviços prestados em favor da remoção da repartição de 
        Fazenda». 
        
        
        
        Entretanto, prosseguiam as obras no edifício do Largo do Terreiro para 
        instalação do Governo Civil e outras repartições, mas nem por isso 
        cessaram as instâncias do Reitor, para que as salas do rés-do-chão do 
        edifício do Liceu fossem restituídas. 
        
        
        Na sessão 
        de 1 de Fevereiro de 1907, «propoz que o conselho escolar fosse, 
        encorporado, representar ao Ex.mo Governador  
        
        
        / 28 /
         Civil do Districto, no sentido de esse magistrado se empenhar para que o edificio 
        das repartições seja concluido o mais breve possivel, pois que o Lyceu, 
        caso aquellas repartições publicas continuem no seu edificio, não terá 
        os compartimentos necessarios para as aulas, as quaes augmentarám, dada 
        a possibilidade de desdobramento da terceira classe, no proximo futuro 
        ano lectivo». 
        
        
        
        Mas agora 
        aumentam as aspirações de progresso. No Relatório do Anuário do Liceu de 
        1906-1907, escreve Francisco Regala: – «Sendo-lhe entregues e adaptadas 
        aos serviços que funcionam em compartimentos provisórios, as salas 
        presentemente occupadas pelo Governo Civil; modificada a mobília das 
        aulas; adquirido para recreio, o terreno adjacente à fachada posterior 
        do edificio, o Lyceu de Aveiro ficará installado nas melhores condições 
        hygienicas e pedagogicas. A aquisição d'este terreno é essencial, não só 
        para a boa disciplina escolar, como para a educação dos alunos». E nota 
        também a necessidade da construção dum ginásio, para que a Educacão 
        Física não tivesse de se fazer em edifício diferente, como se fazia. 
        
        
        Na sessão 
        de 5 de Abril de 1907, «apresentou o Reitor e leu ao Conselho um 
        projecto d'uma «Caixa Escolar», denominada «Caixa Escolar do Lyceu 
        Nacional de Aveiro», em forma de associação, tendo por fim constituir 
        capital destinado ao pagamento das despezas a fazer com excursões 
        escolares de estudo e subsidiar estudantes pobres que frequentarem o 
        mesmo Iyceu, fornecendo-lhes livros, pagando-lhes propinas de matricula 
        e, quando fôr possivel, conceder-lhes pensões para a sua alimentação». 
        
        
        Em 
        Novembro desse mesmo ano sentia-se que se avizinhava a saída da 
        repartição do Governo Civil. Na sessão de 4, fala o  
        
        
        / 29 /
        Reitor da 
        necessidade de «mobilar com bancos-carteiras, no decurso do anno actual, 
        as salas d'aula a estabelecer nos compartimentos em que está o Governo 
        Civil, logo que esta repartição os desocupe: adquirir um armario para a 
        collecção de material de ensino de historia e geografia, que está 
        prometida ao lyceu, e um quadro preto para uma aula; e proceder ás obras 
        d'adaptação e limpeza de que precisarem aquelles compartimentos». 
        
        
        É muito 
        importante a acta do dia 13 de Dezembro do mesmo ano de 1907. 
        
        
        O Reitor 
        apresenta a seguinte proposta: – «Tendo começado a mudança das 
        repartições do Governo Civil para a casa do Terreiro, ficando o Lyceu, 
        com a mudança, finalmente, depois de 43 anos, de posse do seu edificio, 
        proponho que o conselho escolar lance na acta d'esta sessão um voto de 
        louvor e de agradecimento aos cavalheiros que ultimamente mais 
        diligencias fizeram para vencer as difficuldades que, já d'há muito, se 
        teem opposto à referida mudança. Esses cavalheiros sam: o Ex.mo 
        Sr. Leopoldo Machado que, como Governador Civil do districto, tomando em 
        consideração a representação que o conselho escolar lhe dirigiu no 
        passado anno lectivo, deu então os primeiros passos para a mudança; e o 
        Ex.mo Sr. Dr. Casimiro Barreto Ferraz Sacchetti Taveira, 
        actual Governador Civil do districto, que, logo ao tomar posse do 
        elevado cargo que exerce, prometteu ordenar, com a maior brevidade, a 
        desoccupação das salas onde o Governo Civil funcciona e que, para 
        cumprimento d'esta promessa, diligenciou vencer os ultimos obstaculos 
        que se oppunham, como de facto venceu, conseguindo do governo os meios 
        necessarios e ordenando a mudança immediata. S. Ex.ª prestou assim à 
        instrucção do seu districto e ao Lyceu um serviço relevante que lhe 
        parece a elle proponente dever ser reconhecido desde já pelo conselho». 
        
        
        Na sessão 
        de 6 de Março de 1908, o Reitor Regala, que era, ao mesmo tempo, 
        Presidente da Caixa Económica de Aveiro, comunica ao Conselho Escolar a 
        instituição pela Caixa Económica, do prémio anual e pecuniário de 
        30$000, denominado – «Prémio do Governador Civil Nicolau Anastacio 
        Bettencourh – que será annualmente conferido ao alumno ordinario da 5.ª 
        classe do Lyceu Nacional de Aveiro e que, ao mesmo tempo, o houver sido 
        das demais classes, que, com mais distinção, termine o Curso Geral do 
        Lyceu». 
        
        
        
        Na sessão 
        solene da abertura das aulas, em 16 de Outubro de 1908, presidida pelo 
        Governador Civil, dirigiu-se o Reitor ao «Ex.mo Presidente, 
        Sr. Conde de Agueda, pedindo-lhe,  
        
        
        / 30 /
        em seu nome e no do Conselho 
        Escolar, a que presidia, a sua valiosa coadjuvação e indiscutivel 
        boa-vontade para a realisação de progressos a introduzir nos serviços 
        d'este instituto, nomeadamente a rapida aquisição de grande parte do 
        terreno particular adjacente ao edificio, a fim de n'elle se estabelecer 
        um horto botanico e, sobretudo, um gymnasio ao ar livre e à altura da 
        actualidade, tendente a concorrer poderosamente para o rejuvenescimento 
        da raça, por uma scientifica e bem entendida educação physica da 
        mocidade das escolas; problema, cuja solução definitiva não é licito 
        adiar por mais tempo». (1) 
        
          
          
          São da 
          alocução proferida pelo reitor na aludida sessão da abertura das 
          aulas, que pode ler-se no Anuário de 1908-1909, as seguintes palavras, 
          em que se dá conta dos progressos realizados nas instalações liceais: 
          – «Alcançado este desideratum (saída do Govêrno Civil), que constituiu 
          uma lucta de muitos annos, contra difficuldades que surgiam a cada 
          passo – reaes e até phantasiadas – effectuadas, á custa da dotação do 
          Iyceu, as obras de limpeza e da adaptação das salas que nos foram 
          entregues, aos serviços a que iam ser destinados; realizados pela 
          Repartição d'Obras Publicas do Districto os melhoramentos, ha muito 
          requisitados, para facilitar a renovação do ar nas differentes salas 
          d'aula, tais como – abertura de ventiladores nos tectos das salas do 
          pavimento superior e modificação nas bandeiras de todas as janellas, 
          por fórma a permitir a sua abertura, quando seja necessaria; 
        guarnecidas as salas 
          
          / 31 / 
        
         que não teem amphitheatro, com mobilia apropriada ao seu destino – 
        bancos-carteiras – modelo Retig, modificado por esta reitoria, de forma 
        a permitir, a cada alumno, que possa levantar-se e conservar-se de pé no 
        seu logar, independentemente do companheiro de banco, tive finalmente a 
        intima satisfação de ver as aulas d'este Iyceu, funccionando em 
        condições do melhor proveito para o ensino e offerecendo aos alumnos as 
        commodidades necessarias, para evitar a sua deformação physica e poderem 
        permanecer alli, sem o menor prejuizo da suasaude» (pág. 6). 
        
        
        É da acta 
        da sessão do Conselho Escolar de 2 de Dezembro de 1908 a seguinte 
        proposta do reitor Regala: – «Proponho que na acta d'esta sessão seja 
        exarado um voto de louvor e agradecimento ao Ex.mo Sr. Conde 
        d'Águeda, Governador Civil d'este districto, pelo empenho com que tem 
        tratado de conseguir uma solução favorável á pretenção que, na sessão 
        solemne da abertura das aulas, expuz e para a qual pedi a valiosa 
        protecção de S. Ex.ª, relativa á remodelação da divisão interior do 
        edifício do Lyceu e á acquisição do terreno adjacente á sua fachada 
        posterior, para campo de exercícios de educação phygica, jogos sportivos 
        e recreio dos alumnos». 
        
        
        A seguir, 
        informa que, graças às diligências do Sr. Conde de Águeda, o Governo «já 
        ordenou a elaboração do projecto e orçamento das obras a effectuar no 
        edifício e pediu... a avaliação do terreno a adquirir para ser 
        organisado o necessario processo d'expropriação». 
        
        
        Na acta 
        do C. Escolar de 16 de Outubro de 1909, consta que o Reitor rememorou 
        «os bons serviços que d'ha muito vem prestando a este estabelecimento 
        scientifico o Ex.mo Conde de Agueda, illustre Governador 
        Civil d'este districto, principalmente durante o anno escolar findo, em 
        que S. Ex.ª, a solicitações do Ex.mo Reitor do mesmo 
        estabelecimento, obteve do Estado dois importantissimos melhoramentos, 
        em via de realisação, quaes foram uma profunda remodelação do interior 
        d'este edificio e a construcção d'um gymnasio no terreno adjacente à 
        fachada do mesmo edificio. Pelo que, disse, lhe era grato e, por certo 
        tambem a este conselho escolar testemunhar, publicamente, mais uma vez a 
        sua gratidão, da qual tam prestante cavalheiro se torna credor». 
        
        
        Em 1909, 
        ano do 1.º centenário do nascimento de José Estêvão 
        (2), o 
        Conselho Escolar associa-se às festas que por esse motivo se realizaram. 
        Na sessão de 3 de Novembro, «o  
        
        
        / 32 /
        professor Alvaro 
        d'Athayde leu e mandou para a mesa a seguinte proposta: – Proponho que o 
        Lyceu Nacional d'Aveiro se manifeste, por ocasião das festas em honra de 
        José Estevam, pela forma seguinte: 1.º – Descerramento, no atrio do 
        Lyceu, de uma lápide de marmore, por meio de rateio entre todos os 
        professores do conselho, e da qual conste que a construção do edificio 
        se deve á propugnação tenaz e valiosa do eminente tribuno; 2.º – Sessão 
        solemne, em que se lerá o elogio historico de José Estevam e na qual se 
        apresentará o Orpheon académico». 
        
        
        
        O 
        Conselho aprovou a proposta e «deliberou nomear uma commissão, composta 
        de tres membros presentes, com poderes para alterar ou ampliar a 
        referida proposta, devendo, em tempo opportuno, dar conta dos seus 
        trabalhos a este conselho; commissão essa que ficou composta do Ex.mo 
        Reitor, Alvaro de Athayde e José Maria Soares». 
        
        
        A este 
        respeito, nada, porém, consta dar actas subsequentes. A lápide foi 
        colocada na parede da direita do átrio. 
        
        
        Em sessão 
        extraordinária do dia 23 de Janeiro de 1910, o Reitor dá «ao conselho 
        conhecimento d'um telegramma que, no dia anterior, havia recebido do Ex.mo 
        Governador Civil do Districto, Conde de Agueda, e que gostosamente 
        passava a ler, vista a alta importancia que o assumpto do mesmo 
        telegrama tinha: – «Lisboa, 27 de Janeiro de 1910. Ex.mo 
        Reitor Lyceu Aveiro: Com a maior satisfação comunico a V. Ex.ª que acaba 
        de ser approvado emprestimo onze contos de reis para as obras Iyceu 
        d'essa cidade». Depois do quê, o conselho, reconhecendo o alto alcance 
        do serviço prestado a este instituto e á instrução do districto pelo Ex.mo 
        Conde d'Agueda, digno Governador Civil  
        
        
        / 33 /
        do Districto, a cujos 
        esforços e pertinaz desejo de bem servir causa tão sympathica se deve a 
        realisação do grande desideratum d'este conselho, gostosa e unanimemente 
        deliberou que na acta fosse exarado um caloroso voto de louvor e de 
        sincero agradecimento a S. Ex.ª, pelo relevantissimo serviço que acabava 
        de prestar ao Lyceu e á instrução do districto que superiormente dirige, 
        e d'este facto se desse logo, por communicação telegraphica, 
        conhecimento ao mencionado Ex.mo Conde d'Agueda». 
        
        
        Não 
        descansa o reitor Francisco Regala na consecução dos melhoramentos do 
        Liceu que dirigia. Ao relatório que figura no anuário do Liceu, relativo 
        a 1909-1910, pertencem estas palavras na nota da pág. 16: – O «emprestimo 
        foi, de facto, auctorisado e contratado pelo Estado com a Caixa Geral 
        dos Depositos, na importancia de 11:260$000 reis em que foram orçadas as 
        obras, já iniciadas, e a expropriação do terreno, destinado a campo de 
        desportos e à construcção do edificio do gymnasio. Está, assim, 
        assegurada a realização do projecto de melhoramentos, que, elaborado 
        pelo snr. José da Maya Romão, conductor das Obras Publicas, sob as 
        indicações fornecidas pela reitoria, foi adoptado sem modificações pelo 
        conselho escolar». 
        
        
        Este 
        reitor não chegou a presidir à realização dos melhoramentos. O decreto 
        de 17 de Outubro de 1910 demitia os reitores de todos os liceus. 
        
        
        ____________________________ 
        
        
        
        (1) – 
        Nessa sessão, em resposta, o Sr. Conde de Águeda prometeu «empregar 
        todos os seus esforços e boa vontade no sentido de, por sua parte, 
        concorrer para os progressos d'este instituto». 
        
        
        
        (2) – 
        O célebre tribuno nasceu a 26 de Dezembro de 1809. 
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